quarta-feira, 30 de junho de 2010

[EVENTO] The Joy Of Nature - último dia para reservas

Hoje é o último dia para fazerem as vossas reservas para os eventos com The Joy Of Nature - relembramos que as reservas têm direito a uma surpresa especial, a ser revelada apenas na data dos eventos, e que podem ser feitas através do email lurkersrealm@gmail.com.

A primeira data é já na 6ª feira (daqui a 2 dias), na Caixa Económica Operária em Lisboa, com o suporte dos Plateau Omega. No dia seguinte, será a vez da Fábrica de Som no Porto receber o evento, com o suporte dos Terra Oca.

Ambas as datas terão a presença da Antagonista Editora e da HellOutro Enterprises, que terão disponíveis nas salas uma selecção do seu catálogo, e os nossos DJ's convidados irão animar os presentes pela noite fora.

Não se esqueçam também que todos os presentes terão direito ao novo disco dos The Joy Of Nature entitulado "A Evasão Das Fadas", por isso marquem presença no que serão duas noites muito especiais.

terça-feira, 29 de junho de 2010

[NOTICIA] Uma bomba da Bielorússia

Não há memória de muitas bandas da Bielorússia, pelo menos marcantes, mas os Svalbard parecem bem lançados para alterar esse panorama. Pela mão da Lichterklang lançam o seu primeiro longa-duração (depois de um EP em 2009) entitulado "Heimkunft".

A própria editora é relativamente recente, tendo iniciado operações no ano passado e sendo este o seu segundo lançamento, sendo portanto os Svalbard uma das suas principais apostas. E este disco tem o potencial de catapultar também a editora para outros voos.

Um disco enraízado nas matrizes Marcial, DarkPop e NeoFolk, com todas as suas características: ritmos marciais, crescendos heróicos e bombásticos, arranjos neoclássicos e momentos ambientais etéreos. A nível vocal, a particularidade de existirem faixas cantadas em Alemão, Inglês e Russo. Recomendado a todos os interessados nestas sonoridades.

O alinhamento completo é o seguinte:
  1. Zeitwende
  2. The Mist That Hides Your Trace
  3. Timelessness
  4. Das Schweigen
  5. Abschied Von Der Jugend
  6. Endless Fall
  7. Eclipse
  8. Stalker
  9. Herbstgestalt
  10. Heimkunft

segunda-feira, 28 de junho de 2010

[ANÁLISE] Dernière Volonté - "Immortel" [CD - 2010]

DERNIÈRE VOLONTÉ

Immortel [CD]
Hau Ruck!

Descontando alguns singles, edições ao vivo e lançamentos similares, este "Immortel" é o primeiro álbum de Dernière Volonté em 4 anos - isto considerando que Geoffroy Dreux nos tinha antes dado 4 longas-duração em 8 anos. Fazendo uma média simples, passamos de um disco novo a cada 2 anos para ter que ficar 4 anos à espera - mas aritmética também não é algo que possamos facilmente associar ao projecto Francês. Seja como for, a pergunta que se impõe é: valeu a pena a espera?

E a resposta, depois de devidamente "digerido" este trabalho, só pode ser uma: não só valeu a pena, como foi penosa esta espera! Isto porque "Immortel" é um excelente disco, e a julgar pelo padrão qualitativo que Geoffroy nos tem proporcionado, seria um prazer tem uma maior regularidade mantendo a mesma bitola. A não ser possível, ter um disco deste calibre a cada 4 anos continua a ser um bom negócio para quem está deste lado do processo criativo. Mais qualidade e menos quantidade, e inverteríamos o paradigma corrente da indústria musical.

Depois de uma pequena introdução (que, pese a verdade, é tão dispensável como a última faixa do disco), temos a primeira grande "bomba" de "Immortel". "Languissant" é daquelas faixas clássicas de Dernière Volonté, misto de batida marcial e electrónica quase dançável, numa sensibilidade melódica invulgar e com um ritmo que não é capaz de nos deixar indiferentes. Pequenos pormenores entrelaçam-se com o principal veio da composição para nos proporcionar uma experiência fantástica, sempre com as vocalizações em Francês de Geoffroy em destaque. Não é só a delicadeza da língua (como se costuma dizer, até um insulto em Francês soa bem), é a subtileza das letras e das mensagens que são passadas. É um prazer completo, que se aprecia na simplicidade de uma grande música.

E a melhor notícia é que ainda é só a primeira faixa a sério. Enquanto vamos prosseguindo no disco vamos encontrando novas pérolas, como a suavidade e delicadeza de "Mon Orage" (logo a seguir) ou a tocante "Rien A Aimer" (que fecha um trio de abertura de luxo). "Impossible" é talvez a faixa mais electrónica deste trabalho, num ritmo hipnótico que resulta na perfeição, quase roçando o SynthPop, e a primeira parte do disco fecha com "Le Plus Secret", novamente numa toada ritmada.

A meio, encontramos "Fragile" que funciona como um interlúdio ambiental mas que corta algum do momentum que o disco tinha vindo a criar até então. "Trop Tard" volta a construi-lo, para em "Maintenant" termos talvez o melhor momento de "Immortel" - um ritmo contagiante, uma faixa vibrante de plenitude e um ímpeto que não conseguimos resistir sem acompanharmos o movimento que induz, seja com o pé, a cabeça ou todo o corpo. É aqui (como na abertura) que Geoffroy revela todo o potencial dos Dernière Volonté em escrever faixas que são verdadeiros ícones e que funcionam tão bem ao vivo como em disco ou em qualquer clube que se preze pela boa música.

"A Jamais" será porventura a faixa mais marcial deste disco, que recupera a electrónica na faixa título (com alguns bons momentos, mas sem ser a estrela do disco). A fechar "Peut Etre" e "Le Mal Que Tu Me Fais" vão buscar algumas raízes do cancioneiro Francês, típico cabaret fumarento versus femme fatale (pelo menos deste lado do imaginário) para encerrar em bom tom um disco que dispensava "Au Loin", a última faixa - totalmente inútil.

Quando tudo acaba, e o silêncio se instala, não podemos evitar percorrer mentalmente esta viagem, e perceber quão agradável foi - mesmo olhando para a capa ficamos com essa noção, de percurso que continua. É nesse momento que carregar novamente no play se torna imprescindível, e se percebe a carga aditiva que este disco nos vai induzir.

Não tenho por hábito percorrer discos faixa a faixa, mas não consegui evitar esse subterfúgio em "Immortel" - é um disco que justifica conhecermo-lo em detalhe, como um bom companheiro que nos vai acompanhar durante muito tempo. Tem os seus problemas, mas em muito são suplantados pelas suas virtudes.

Não sei o que se passa com 2010, mas é capaz de ser um dos melhores anos deste século em termos de edições. Mais discos como "Immortel" e a suposição passará a afirmação sem margem para dúvida.

Lurker

domingo, 27 de junho de 2010

[NOTICIA] Nada morre, tudo se transforma

Foi já em 2004 que a Terra Fria editou "Pessoa / Cioran", um split entre Von Thronstahl e The Days Of The Trumpet Call para celebrar a passagem de ambos os projectos pelo nosso país, numa sequência de eventos organizados pela editora que marcou o panorama nacional.

Esse disco é agora reeditado pela Infinite Fog Productions, num digipack de 6 painéis. Dedicado a Fernando Pessoa e Emil Cioran, com letras invocando a sua obra, apresentando uma sonoridade neoclássica ambiental e melancólica, com um ligeiro toque marcial, num dos discos mais interessantes de ambos os colectivos Germânicos.

O alinhamento completo é o seguinte:
  1. The Days Of The Trumpet Call - Das Ewige Begräbnis
  2. The Days Of The Trumpet Call - Rendez Vous
  3. The Days Of The Trumpet Call - Viriato
  4. The Days Of The Trumpet Call - Nevoeiro
  5. Von Thronstahl - The Musicians Of Our Time
  6. Von Thronstahl - Flut, Trance, Traum, Nacht
  7. Von Thronstahl - Interregnum
  8. Von Thronstahl - O Quinto Império
  9. Von Thronstahl - O Encoberto / The Concealed
  10. Von Thronstahl - O Encoberto / The Hidden One
  11. Von Thronstahl - The Whole Great World In Flames
  12. Von Thronstahl - The Death Of The Trumpet
  13. Von Thronstahl - L'Amour De La Solitude

sábado, 26 de junho de 2010

[NOTICIA] Novidades da Terra Média

Difícil seria que uma banda como Lugburz não fosse inspirada na obra de J. R. R. Tolkien, e este não é esse caso. Este é um projecto de Sathorys Elenorth (também dos Narsilion e Der Blaue Reiter), e regressa agora às edições depois da estreia em 2003.

Pela mão da Ars Musica Diffundere, "Songs from Forgotten Lands" recria de uma forma muito bem conseguida a envolvência da Terra Média, as lendas de terras perdidas e sonhos de liberdade e escuridão. Inspirado nos Cavaleiros de Rohan e nos últimos dias antes da batalha do anel, a sonoridade lúgubre também alude ao nevoeiro de Morgul e à escuridão que rodeia os seus domínios.

Um disco que não é só recomendado a todos os apreciadores do imaginário da Terra Média mas também a todos que apreciem este tipo de sonoridades. Apresentado num digipack, tem o seguinte alinhamento:
  1. Somewhere in the Middle Earth (Gollum's Song)
  2. The Return to the Dark Ages
  3. The Ring Goes to South
  4. The Shire
  5. Morgul's Night
  6. The Riders of Rohan
  7. Waters of Nimrodel
  8. Towards the Fields of Pelennor
  9. Edoras
  10. Tears for a New Beginning

sexta-feira, 25 de junho de 2010

[NOTICIA] Segundo tomo da loucura Folk

Depois de uma primeira edição muito bem recebida, a Steinklang Industries lança agora "Pagan Folk Und Apocalyptic Psychedelia - Kapitel II", uma nova compilação contendo músicas de bandas lançadas pela editora Austríaca.

A única desvantagem desta série de compilações é de contarem apenas com faixas dos álbuns lançados por cada banda, sem nenhum material inédito ou raro que realmente justifique a aquisição para quem já tem os discos propriamente ditos.

No entanto, o preço baixo é convidativo, e a compilação é oferecida a quem fizer compras acima de um determinado valor na loja da editora, por isso funciona como um veículo de descobrimento de projectos ainda desconhecidos. E esse papel cumpre-o na perfeição.

O alinhamento completo é o seguinte:
  1. STORMFÅGEL - Håll-lågan-klar!
  2. FRÄKMÜNDT - Wörme
  3. STURMPERCHT - Die Teufelsgeiger
  4. ALLERSEELEN - Wo ist das Leben
  5. WAPPENBUND - Licht ist Leben II
  6. VINTERRIKET - Seelenleere
  7. BIRCH BOOK - Feet of clay
  8. DÂNNÂGÔISCHD - Waldfuir
  9. LARRNAKH - Delictum
  10. MOON FAR AWAY - Deus amet puellam
  11. URUK-HAI - ...does not glitter
  12. ATOMTRAKT - Blut und Erde
  13. HREFNESHOLT - Hexnfeia
  14. IRIJ - Vasilisa
  15. JÄNNERWEIN - Jede Stunde
  16. PHASE II - Sweet lady fair
  17. MIEL NOIR - Honiggöttin
  18. LE TESTAMENT DE LA LUMÍÈRE - Retaliation
  19. DEAD MAN’S HILL - The curse

quinta-feira, 24 de junho de 2010

[EVENTO] The Joy Of Nature - DJ's convidados

Como tinha sido prometido, hoje é dia de falar de quem vos dará música nos eventos de 2 e 3 de Julho, para além das bandas presentes, claro. Estamos a falar dos DJ's convidados que animarão as noites e que nos irão brindar com uma selecção da melhor música.

No dia 2 de Julho teremos na Caixa Económica Operária em Lisboa o João, mentor da Extremocidente, como responsável da selecção sonora. Para além de enriquecerem as actuações dos The Joy Of Nature e Plateau Omega, teremos também presente uma selecção de material da editora, sem dúvida uma das melhores a actuar em território nacional e uma referência também além-fronteiras.

No dia seguinte, 3 de Julho na Fábrica de Som no Porto, a acompanhar a actuação dos The Joy Of Nature e Terra Oca teremos a selecção sonora a cargo do Bilic, no reeditar de outras noites memoráveis que no seu papel de DJ nos proporcionou.

Duas noites, dois amigos, duas excelentes selecções sonoras em perspectiva - mais dois motivos para marcarem presença numa das datas e fazerem parte destes eventos memoráveis!

Durante os próximos dias vamos retomar os conteúdos regulares deste espaço, voltando a estes eventos quando tal se justifique.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

[EVENTO] The Joy Of Nature - entrevista

Permitam-nos recuperar uma entrevista que fizemos com Luís Couto dos The Joy Of Nature há algum tempo atrás, por duas razões: primeiro, porque é uma conversa bastante interessante com um dos melhores músicos do panorama nacional; segundo, porque é sempre melhor conhecermos um pouco mais de quem nos visita dentro de poucos dias. Podem ler a entrevista completa aqui.

Porquê o conceito desta trilogia? O que pretendes transmitir com os 3 discos de “The Empty Circle”?

O que está no centro desta trilogia é o círculo vazio, símbolo e imagem muito poderosa. A concepção de ilusão que surge em diversos textos hindus e que foi perpetuada com o budismo sempre foi a que desde criança tive, antes sequer de saber que religiões existiriam no extremo-oriente. O círculo vazio é símbolo do incondicionado, que é também o estado de iluminação, atingido por muito poucos.

No entanto, esta trilogia é como uma observação das ilusões a partir da própria ilusão. A primeira parte é um olhar sobre os acontecimentos que constituem uma vida, comparando-os a um guião de uma peça de teatro. A segunda é sobre a herança dos nossos ancestrais e da necessidade de não se perder a tradição, de mantê-la viva. A terceira é sobre a impermanência de tudo na vida.

A forma como tudo isto se encaixa e conjuga é algo que a música, mais do que palavras, saberá transmitir.

Fala-nos um pouco sobre as músicas que fazem parte deste trabalho – como foi o processo de composição? Já tinhas as ideias alinhadas desde o disco anterior, ou foi um disco que se foi escrevendo a si próprio?

Os temas para os 3 discos da trilogia começaram a ser compostos e gravados na mesma altura e foram sendo divididos pelos diferentes discos à medida que iam ganhando forma e que o conceito de cada parte da trilogia se ia tornando mais claro. Houve alturas em que houve uma concentração numa parte específica da trilogia. Com o tempo, o alinhamento dos discos foi mudando. Este disco foi inicialmente pensado como a primeira parte da trilogia, mas os trabalhos vão enriquecendo e, por vezes, alteram-se as suas formas.

A nossa tradição e folclore ancestrais são uma grande fonte de inspiração para ti?

SIm, mas considerando o folclore como fonte de elementos tradicionais.

A tradição é uma só, apesar de se revestir de formas diferentes para cada povo. A tradição de um povo adequa-se às suas condições próprias de existência e permite uma compreensão da sua própria condição, por menos visível que se tenha tornado.

Lembras-te ainda das razões que te levaram a criar música? Qual foi a faísca que acendeu essa chama que arde vigorosamente até hoje?

Com 11 ou 12 anos de idade, pouco depois de ter começado a tocar orgão, comecei a compôr os primeiros rascunhos: muito rapidamente me fartei de de tocar músicas de outros. Daí até compôr e gravar temas com princípio, meio e fim foi um processo longo.

Há vezes em que me interrogo sobre o que terá acendido essa faísca. A música, desde muito cedo, tem sido algo muito importante na minha vida, seja como ouvinte ou como criador.

O facto de seres Açoriano tem alguma relevância na música que crias? Usas a beleza natural do que te rodeia como fonte de inspiração, ou criarias a mesma música em qualquer outro local?

A paisagem das ilhas açorianas é recente e fruto de cataclismos naturais, o que sublinha o carácter transitório, não só da beleza, como de todas as coisas. É difícil disassociar a beleza natural das ilhas das destruições a que ela deram lugar. A beleza tem a sua origem no desequilíbrio.

A ilha acaba por ser uma parte de mim que levo para qualquer lado. Os três discos desta trilogia foram compostos e gravados tanto na ilha de São Miguel como em Leiria.

Reparei também que fazes questão em não limitar Joy Of Nature ao mundo Folk, o que é também notório na tua música. Achas que essa etiqueta seria limitativa em relação à música que fazes?

Sim, seria limitativa, porque apesar de a Folk marcar frequentemente a sua presença, há uma estrutura e uma forma de compor mais próxima do psicadélico; várias vezes também aparece o interesse por música medieval e clássica; e não é também de menosprezar a influência que o que ouvímos na adolescência ainda exerce sobre nós, mesmo que de forma inadvertida.

Fazes música para ti ou para ser ouvida por outros?

Se fizesse música apenas para mim, não me daria ao trabalho de passar várias horas a misturar os temas ou a masterizá-los. Nem sequer faria sentido editar discos...

És também um compositor extremamente profícuo, para além de Joy Of Nature – Teatro Grotesco, Aquarelle, Moving Coil, Post Crash High são alguns dos teus projectos paralelos. Podes falar-nos um pouco sobre eles?

aquarelle é uma evolução de Moving Coil. Foram dois projectos que existiram principalmente entre 1999 e 2004, muito mais direccionados para sons "independentes", sendo também mais introspectivos e intimistas. Fez sentido fazer uma compilação destes dois projectos este ano porque muitos temas tiveram os arranjos alterados; foi possível este ano aproximar-me mais do que queria fazer na altura e sempre ficou a sensação de que tinha ficado algo por fazer.

Post Crash High surgiu em 2005 e continua como Teatro Grotesco. Em termos sonoros são principalmente usados instrumentos eléctricos e electrónicos, o que faz todo o sentido porque são um olhar para fora, para uma civilização que agoniza.

Porquê a necessidade de tantos projectos paralelos? Há assim tanta música a fluir na tua cabeça ao mesmo tempo, ou são reflexo de um determinado contexto / período temporal?

Cada projecto tem a sua própria identidade, o seu próprio conceito. Com o tempo, alguns deixam de fazer sentido. Outros simplesmente mudam, nem que seja de nome. Agora é tempo de não utilizar tantas máscaras.

Continuam todos estes projectos activos, ou alguns são já capítulos encerrados?

Post Crash High e Moving Coil são projectos encerrados. aquarelle, em princípio, é também um projecto encerrado. Há coisas que, eventualmente, poderia voltar a assinar como aquarelle, mas a dispersão por muitos projectos diferentes traz uma série de inconvenientes. Parece-me preferível concentrar o trabalho a solo apenas em dois projectos: The Joy of Nature e Teatro Grotesco, mesmo arriscando algum ecletismo.

Pesem todos os lançamentos, actuações ao vivo é algo de que nunca ouvi falar – faz parte do teu plano levar este novo disco para o palco?

Não me vejo tanto como intérprete, mas mais como compositor, daí que as actuações ao vivo não tenham sido até agora uma prioridade. Também há dificuldades de várias ordens para levar The Joy of Nature ao vivo com a qualidade desejada. Ainda assim, é bastante possível que The Joy of Nature venha a actuar ao vivo no próximo ano.

E esta última pergunta tem a sua materialização já nos próximos dias 2 e 3 de Julho, nos eventos que temos vindo a promover ao longo destes últimos dias. As reservas só estão disponíveis até final do mês, por isso não se deixem ficar para muito tarde!

terça-feira, 22 de junho de 2010

[EVENTO] The Joy Of Nature - A Evasão Das Fadas

Na sequência dos eventos com The Joy Of Nature em Julho, hoje vamos falar um pouco mais em detalhe sobre "A Evasão Das Fadas", o novo disco a ser lançado nesses eventos.

Como foi referido, este novo disco estará disponível em exclusivo a todos os que marcarem presença numa das duas datas, 2 ou 3 de Julho. Considerado por Luís Couto como o melhor disco deste projecto até agora, e não por ser o mais recente, apresenta-nos uns The Joy Of Nature no seu pleno de forma, com uma sonoridade mais etérea e atmosférica, preservando toda a magia do projecto Açoriano.

A edição será apresentada também de uma forma especial. Numa embalagem feita e cosida à mão, inclui um insert juntamente com o CD, assim como uma pequena lembrança Açoriana (para preservar as origens), sendo posteriormente lacrada, assinada e numerada.

Sendo a primeira edição da Lurker's Realm, com referência LR001, queremos também por essa via marcar a diferença e editar algo mais do que apenas um disco. Numa época digital, as edições físicas assumem particular importância pela magia que lhes é embebida.

O alinhamento completo é o seguinte:
  1. nuvens cheias de fadas
  2. all the pretty little horses (versão da conhecida canção de embalar com Helena Castro Ferreira na voz)
  3. canção do desassossego
  4. la noche interminable (com Gr Mateo dos Igniis nas vocalizações)
  5. a evasão das fadas
  6. inspirando o teu nome
  7. o sono dos cegos
  8. blood red bird
  9. a outra margem do rio
  10. canção da experiência
Para obterem um exemplar desta edição, basta apenas marcar presença num dos concertos de The Joy Of Nature, os primeiros no Continente. Relembramos que as reservas estão disponíveis através do email lurkersrealm@gmail.com, sendo que quem as fizer tem ainda direito a uma surpresa especial, a ser revelada apenas na data dos concertos.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

[EVENTO] The Joy Of Nature - outros convidados

Continuando a falar um pouco mais em detalhe sobre os concertos de The Joy Of Nature, desta feita queremos trazer-vos outros convidados que marcarão presença. Porque nem só de música de fará o evento, a cultura estará presente em mais do que uma forma.


Um dos exemplos é o da Antagonista Editora, uma editorial independente especializada em micro-edição para nichos de mercado, com destaque para os campos da Ciência Política, Relações Internacionais, Ficção Científica, História Alternativa, Terror Fantástico, Ovniologia e Teoria da Conspiração.

Pensada para ser uma editora militante para leitores militantes, foi fundada por leitores habituados a "bater" todas as livrarias e alfarrabistas, infrutiferamente, à procura de livros cujas temáticas e autores parecem arredadas das grandes superfícies.

Por considerar que num mercado competitivo, como o é o português, fundar uma editora igual a todas as outras seria mera perda de tempo, a Antagonista aposta em grandes nomes da literatura alternativa internacional bem como na descoberta de talentos lusófonos e portugueses, prezando uma relação de proximidade com os seus autores e a concepção de novos formatos.

Outro exemplo é o da HellOutro Enterprises, uma editora e promotora independente dedicada a publicações literárias e audiovisuais, assim como à organização de eventos relevantes no panorama cultural contemporâneo.

Activa desde Setembro de 2007, continua a sua procura por indivíduos extraordinários que tenham criado algo artisticamente relevante. Com o lema "Pensamos de forma diferente – e você?", marcam o panorama nacional com edições únicas e diferentes do tradicional, tendo até à data um interessante catálogo dividido pelas vertentes audiovisual e literária.

Nos próximos dias falaremos também sobre quem nos "dará música" em cada uma das noites, e continuaremos a explorar o disco "A Evasão Das Fadas" dos The Joy Of Nature, a ser lançado em exclusivo para estes eventos.

domingo, 20 de junho de 2010

sábado, 19 de junho de 2010

[EVENTO] The Joy Of Nature - 2 e 3 de Julho (Lisboa e Porto)

Para acabar esta apresentação, nada melhor do que os cabeças de cartaz - os The Joy of Nature apresentam-se pela primeira vez no Continente, e logo em data dupla cobrindo Lisboa e Porto, em duas salas míticas de ambas as cidades.

The Joy of Nature é um projecto musical oriundo dos Açores. Foi criado em 1999 com o nome The Joy of Nature and Discipline e reduzido para The Joy of Nature em 2006, no seguimento de uma mudança para um som mais orgânico e acústico. Ainda com o nome prévio editaram em 2003 o disco "The Fog That Life Is Haunted By", que lhes granjeou os primeiros elogios mais abrangentes.

Desde 2006, The Joy of Nature tem editado discos em CD e vinil por editoras como a Ahnstern/Steinklang e Little Somebody Records. De destacar a trilogia "The Empty Circle", iniciada em 2008, continuada no ano passado e que terá na segunda metade de 2010 a sua conclusão, assim como um lançamento repartido com Novemthree.

Os The Joy of Nature sempre tiveram também uma forte componente estética, bem pautada em discos como "Agkaanta Asrti Parasamgate" (de 2008), lançado directamente pela banda numa embalagem feita à mão e em edição limitada. Uma experiência repetida outras vezes, sempre com o mesmo cunho de exclusividade e a mesma magia sonora.

A música de The Joy of Nature absorve elementos da folk, ambient, pós-rock e mesmo da clássica para forjar o seu próprio mundo através da experimentação. The Joy of Nature cria paisagens musicais interiores, pintando com música e som.

Como habitual, fiquem com uma amostra do que podem ver in loco dentro de poucas semanas:


Podem ver uma actuação completa dos The Joy of Nature nos próximos dias 2 e 3 de Julho, a primeira data na Caixa Económica Operária em Lisboa, com o suporte dos Plateau Omega, e a segunda data na Fábrica de Som no Porto, com o suporte dos Terra Oca.

Relembramos que as reservas estão disponíveis através do email lurkersrealm@gmail.com, e que todos os que marcarem presença no evento terão direito à oferta do disco "A Evasão Das Fadas" dos The Joy Of Nature. As reservas têm ainda direito a uma surpresa especial, a ser revelada apenas na data dos concertos.

Durante os próximos dias traremos mais novidades sobre este lançamento exclusivo dos eventos de Julho.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

[EVENTO] Terra Oca - 3 de Julho (Porto)

Continuando com a apresentação das bandas de suporte às actuações de The Joy Of Nature que irão ter lugar no início de Julho, com promoção da Lurker's Realm, desta feita iremos focar-nos nos Terra Oca.

O projecto sonoro Terra Oca materializa-se em 2002 com a composição da música "O corpo trovão rasga o céu inocência" para o bailado "Ser um não ser" de Sónia Albuquerque, apresentado na Escola Superior Artística do Porto e posteriormente na galeria associação cultural Maus Hábitos no Porto, pela mão de J. Pedro R. Pontes e Miguel Oliveira.

Esta composição deu origem ao ambiente powernoise/experimental-ambiental de raízes siderúgicas que caracterizou o projecto desde então, na altura com o nome embrionário de Proletkult-Nihil, mais tarde em 2003 com a criação de "Womb" e "Noisechemistry",começa-se a desenhar o projecto Agharta - mais tarde Terra Oca.

Temas como "When all the animals...", "Thee Whole" e "Terra oca" são desenvolvidos nesta fase em 2004 e 2005, assim como a composição da banda sonora do filme "A máscara de Lucefece" (16mm P/B), de Ricardo Leite em 2005, que encaixou nas perspectivas do projecto sendo mais uma pedra dos seus alicerces.

Daí até aos dias de hoje foi contando com a colaboração generosa e inspiradora de Ricardo Sá (Alrucini), nos elementos mais apolíneos das composições desde então essa colaboração torna-se cada vez mais próxima, sendo neste momento esses os pilares do projecto.

Fiquem também com um excerto de uma actuação ao vivo dos Terra Oca em 2008, como aperitivo do que será o próximo evento:


Os Terra Oca subirão ao palco no dia 3 de Julho, na Fábrica de Som no Porto, para fazer a primeira parte da actuação de The Joy Of Nature, enquadrado nas suas primeiras performances ao vivo no Continente.

Relembramos que as reservas estão disponíveis através do email lurkersrealm@gmail.com, e que todos os que marcarem presença no evento terão direito à oferta do disco "A Evasão Das Fadas" dos The Joy Of Nature. As reservas têm ainda direito a uma surpresa especial, a ser revelada apenas na data dos concertos.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

[EVENTO] Plateau Omega - 2 de Julho (Lisboa)

Na sequência dos concertos de The Joy Of Nature no Continente que estamos a promover, queriamos também deixar-vos uma apresentação mais detalhada sobre cada uma das bandas que marcará presença nos eventos.

Começamos por Plateau Omega, um projecto a solo de M.J., surgido em 2008, e que tem contado com a colaboração de J.A. (Wolfskin, Karnnos), tanto na gravação dos temas que irão ser futuramente editados, como nas aparições ao vivo.

No entanto todo o conceito é algo bastante pessoal, sendo que a composição das estruturas não pode ser partilhada, ou perderia todo o significado. O conceito de Plateau Omega está intimamente relacionado com o shamanismo / estados alterados de consciência, e na procura da total libertação das condicionantes físicas e morais da humanidade através de uma abordagem psicadélica. A procura do todo apenas pode começar quando eliminamos a fronteira do ego e a consciência do corpo como fragmento.

Em breve será editado um split CD (pela Essentia Mundi) com Abbildung da Roménia, que será uma homenagem a Mircea Eliade e a todo o seu trabalho.

Fiquem também com um excerto da única actuação ao vivo até ao momento dos Plateau Omega, para verem o que vos espera:


Os Plateau Omega subirão ao palco no dia 2 de Julho, na Caixa Económica Operária em Lisboa, para fazer a primeira parte da primeira actuação ao vivo de The Joy Of Nature no Continente.

Relembramos que as reservas estão disponíveis através do email lurkersrealm@gmail.com, e que todos os que marcarem presença no evento terão direito à oferta do disco "A Evasão Das Fadas" dos The Joy Of Nature. As reservas têm ainda direito a uma surpresa especial, a ser revelada apenas na data dos concertos.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

[NOTICIA] Trocadilhos e boa música

Os Lark Blames foram fundados em 2005 por Lloyd James (dos Naevus e Retarder) e Marc Blackie (dos Sleeping Pictures e These Papercuts). Como se pode ver, originalidade não foi a palavra chave na escolha do nome do duo, mas felizmente guardaram-na para a música.

Depois de um bem recebido disco de estreia em 2006, regressam este ano com um novo trabalho, desta feita editado pela Ur Muzik. "The Reins Of Life" de seu nome, é menos experimentalista do que o seu antecessor, mas sai reforçado nos planos da consistência e coerência.

Apesar de continuar a ser um projecto de difícil categorização, os Lark Blames assinam aqui o seu disco mais "acessível" até à data, recorrendo a uma forte secção rítmica para dar corpo às composições, enquanto que guitarras acústicas e instrumentos de sopro lhe proporcionam a alma. Por vezes alucinado, por vezes clarividente, texturas orgânicas e sintéticas vão-se alternando para criar um disco que precisa de rodar para se entranhar - e quando o faz, já não nos deixa.

O alinhamento completo é o seguinte:
  1. Cups
  2. Sunday
  3. Hospital
  4. Church
  5. Lunge
  6. Nimbus

terça-feira, 15 de junho de 2010

[NOTICIA] Um olhar sobre toda uma carreira

Claudio Giammarini tem uma longa carreira percorrida, desde os períodos Punk até à criação dos seminais Ain Soph e Circus Joy (na sua fase Industrial), passando pela participação em Malato (uma criatura bizarra electro-experimental), tornando-se num dos mais conhecidos e respeitado músicos Italianos da actualidade.

Em nome próprio (usando o alias ClauDEDI E Nemici), "S.P.Q.R." é lançado pela editora com o mesmo nome - a HauRuck! SPQR - e apresenta uma síntese dos diferentes estilos musicais abordados ao longo da sua carreira.

Este vinil 10'' conta ainda com a participação de alguns artistas convidados das bandas mais emblemáticas em que Claudio esteve envolvido, e inclui duas versões de populares artistas Italianos dos anos 80. Uma curiosa colecção de inflências.

A primeira edição é limitada a 111 cópias numeradas com um insert extra, e apresenta o seguinte alinhamento:
  • A1 - L'Inizio Di Una Nuova Fine
  • A2 - Immobile Sul Freddo Marmo
  • A3 - Lacrime E Santi
  • B1 - LSD Flash
  • B2 - Il Lungo Addio

segunda-feira, 14 de junho de 2010

[EVENTO] Uma boa forma de passar o Solstício

Uma proposta diferente para passar o próximo Solstício de Verão - mais uma sessão das Shelter Nights, como sempre no Covil Bar em Almada, em que a desolação sonora será o prato do dia. Mesmo a calhar para as noites quentinhas da época estival...


domingo, 13 de junho de 2010

[EVENTO] Poster das actuações de The Joy Of Nature

Vamos continuar a falar nos próximos dias sobre os detalhes das primeiras actuações de The Joy Of Nature agendadas para o Continente, pela mão da Lurker's Realm. Haverá várias surpresas para quem marcar presença nos eventos, mas tudo a seu tempo.

Hoje vamos apresentar em primeira mão o poster de promoção aos eventos, que verão também a circular por aí nos próximos dias - se não o virem nos locais que costumam frequentar avisem! As bandas merecem salas cheias para acolher a excelente música que nos vão proporcionar.

Mais notícias em breve, por isso mantenham-se atentos!

sábado, 12 de junho de 2010

[ANÁLISE] Changes - "Lament" [CD - 2010]

CHANGES

Lament [CD]
Hau Ruck!

Os Changes são uma instituição. Assim mesmo, sem prefixos ou sufixos, subterfúgios, complementos ou piadas mais ou menos irónicas. Robert Taylor e Nicholas Tesluk formaram os Changes em 1969, ou seja, há mais de 40 anos (!) e continuam na sua senda musical com a mesma energia de sempre. Senda essa que tem mais um capítulo neste "Lament", um disco que, como vamos poder entender, faz juz a tão grandioso legado.

O duo norte-americano é em si um paradigma: criam música extraordinariamente simples, mas com uma profundidade ímpar; têm em conjunto mais de 100 anos de vida, mas apelam a todo o tipo de público; têm 40 anos de carreira, mas uma energia de quem tem algo a provar. E se calhar são nestes pequenos paradoxos que se encontra a magia dos Changes. Uma guitarra acústica, voz e alguns ocasionais elementos adicionais (como flautas e afins) é tudo o que precisam para destilar alguma da melhor música que emergiu do panorama (Neo)Folk de sempre. E "Lament" enquadra-se precisamente nesta descrição.

O disco está composto como se de uma história se tratasse. Abre com um instrumental, como um prelúdio para o que virá a seguir, e as suas faixas são entremeadas com narrações (cortesia de Axel Frank dos Werkraum) que acompanham o ouvinte na sua viagem. Tudo o que começa acaba, e na última música é o narrador que nos dá as despedidas, apenas para nos convidar a repetir novamente a experiência - o que fazemos com grande prazer, claro está. Mas tudo seria apenas curioso se a música - o que realmente importa - não estivesse à altura. Felizmente que é o caso contrário, já que é nas músicas que reside a força deste disco.

Desde "Lament - Flying" até "The End Of The Road", somos deleitados com um dedilhar de guitarra acústica que nos faz lembrar que não é a complexidade que faz músicas memoráveis, mas sim a capacidade de nos entrelaçar com as notas que saem do instrumento numa harmonia que parece perfeita. E as vocalizações, inconfundíveis e genuínas, perfeitamente enquadradas nas músicas que ouvimos. Grandes músicas umas atrás das outras, mais melancólicas (como em "The Saddest Thing") ou mais vibrantes (como em "The Invisible Man"), sempre com um espírito puro e selvagem que não se consegue explicar por palavras, mas que se sente na música - como se Robert e Nicholas estivessem ao nosso lado, a contar-nos mais uma das suas histórias ao ouvido, e a transportar-nos para um mundo em que tudo parece mais simples, mais natural.

Uma outra curiosidade do disco é "Mountains Of Sorrow", em que a típica sonoridade Der Blutharsch (do "Flying High!", note-se) nos apresenta uma colaboração muito bem conseguida, que apesar de destoar a nível sonoro do resto do disco, funciona como um interessante interlúdio no primeiro terço do trabalho. Se calhar faz falta um outro semelhante lá mais para o final, para criar uma espécie de simetria na composição, mas é um pormenor que pouco interessa.

"Lament" não é um disco inovador, desafiante até, daqueles que nos fazem andar à procura dos detalhes escondidos na composição. É um disco simples, honesto, mas que tem algo que falta a muitos outros - verdadeiras canções. Daquelas que não nos cansamos de ouvir, de repetir, porque têm o condão de serem tão bem compostas que resistem perfeitamente à passagem do tempo, às múltiplas audições, e vão crescendo até se tornarem parte do nosso dia. Daquelas que trauteamos inconscientemente.

Os Changes merecem todo o respeito, e "Lament" reforça esse sentimento - um dos discos do ano, de uma instituição viva que promete ainda ter muito para nos dar.

Lurker

sexta-feira, 11 de junho de 2010

[EVENTO] The Joy Of Nature pela primeira vez ao vivo no Continente

Depois de nos termos associado várias vezes a organizações de eventos, eis chegada a vez de nos apresentarmos em nome próprio, com o primeiro evento Lurker's Realm - esperamos que primeiro de muitos!

E nada melhor para estreia do que apresentar ao vivo The Joy Of Nature, também pela primeira vez a actuarem no Continente, e numa das raras aparições do projecto de Luís Couto em palco. E logo para estreia não quisemos fazer a coisa por menos - duas datas, uma em Lisboa e outra no Porto.

Tudo começará no dia 2 de Julho, em Lisboa, na Caixa Económica Operária (casa mítica da capital), com o suporte dos Plateau Omega. No dia seguinte, 3 de Julho, será a vez do Porto, na Fábrica de Som (outra casa especial), desta feita com o suporte dos Terra Oca.

Para celebrar esta ocasião especial, está a ser preparado um disco de The Joy Of Nature reservado apenas a quem marcar presença nos eventos - uma edição especial para uma ocasião inesquecível!

Mais detalhes sobre evento e edição em breve, basta manterem-se atentos a este espaço e a muitos outros por essa rede fora, que iremos em breve iniciar a divulgação de toda a informação necessária. Entretanto, marquem já na agenda!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

[NOTICIA] Uma compilação americana

Pela mão da Triskele Recordings chega-nos "Manifest Destiny", uma compilação de artistas Americanos que se focam nas sonoridades Pós-Industrial, Experimental e Neofolk.

Se a descrição já é interessante, o alinhamento proposto desfaz qualquer dúvida - estamos perante uma compilação que merece a nossa atenção. Composta por muitas faixas exclusivamente criadas para este lançamento, a compilação apresenta também algumas propostas novas que merecem ser descobertas. Um documento único no seu género.

O alinhamento do disco é o seguinte:
  1. Luftwaffe - The Battle Hymn of the Republic
  2. David E. Williams - The Soil of Langemark
  3. Cult Of Youth - Blackbird
  4. Valence - Stolen Wine
  5. In Ruin - Reckoning
  6. Awen - The Iconoclast
  7. Gnomonclast - Without Corruption
  8. Verdandi - Ragnarok
  9. C.O.T.A - Dream
  10. Eric K. - Enemy Ancestry
  11. H8! - The Hour is Hate
  12. Steel Hook Prostheses - Project MK-Ultra
  13. Deform Uniform - Imminent Death

quarta-feira, 9 de junho de 2010

[NOTICIA] Os espíritos da Natureza

"Les Esprits De La Nature" é um disco nascido da colaboração entre Crista Galli e Daniel Perret (dos Poussières D'Étoile), totalmente dedicado aos espíritos da Natureza, tais como fadas, elfos e gnomos. Com um conceito destes, não é surpresa o disco ser lançado pela Prikosnovénie.

Daniel Perret abre as portas para este mundo fantástico com a sua terapia musical baseada na harpa céltica, muito bem coadjuvado pelas vozes angelicais de Crista Galli, resultando numa sonoridade que nos transporta a ambientes relaxantes de profundo contacto com a Natureza primordial.

A edição é apresenta num digipack com formato diferente do habitual, numa edição limitada apenas a 500 exemplares. O alinhamento completo é o seguinte:
  1. Ton Ressenti Donne l’Accès
  2. L’Appel
  3. Confiant
  4. L’Apparent et le Non Visible
  5. Mémoire Ancestrale
  6. Retour à l’Unité
  7. Tisser des Liens d’Amitié
  8. Dialogue avec les Petits Êtres
  9. Hommes of Donegal
  10. L’Héritage Celte
  11. Le Passage Entre les Mondes
  12. Ouma

terça-feira, 8 de junho de 2010

[NOTICIA] Folk Alpino desta vez da Suíça

O Folk Alpino está decisivamente em alta - depois do excelente disco dos Sturmpercht a "abrir a época", temos agora o disco de estreia dos Fräkmündt que nos chega pela mão da Percht, especialista na matéria.

"Urbärglieder" vai certamente colocar o colectivo Suiço no mapa, depois de uma primeira demo já bem recebida no meio. Reavivando velhas sagas, músicas e atmosferas perdidas nas regiões dos Alpes Suiços, este disco simula uma viagem pelas belíssimas paisagens da região, com o dialecto local como base para as vocalizações.

A nível sonoro, instrumentos acústicos juntam-se ao acordeão, flauta e vários elementos de percussão para dar origam a melodias melancólicas recheadas de nostalgia, mas também puxando a um pézinho de dança. Um disco diversificado que conta também com participações de elementos dos Sturmpercht e de Vinterriket.

Como também tem sido habitual, o disco é disponibilizado em duas versões diferentes: a regular, num digipack com livreto de 16 páginas; a especial, numa caixa de madeira contendo o CD, um autocolante, uma t-shirt, uma garrafa e um copo, pedras do monte Pilatus e um pequeno livro com sagas Suíças. Imperdível.

O alinhamento completo é o seguinte:
  1. D'Jagd a de Rigi
  2. Wuotisheer
  3. Die alte Schwyzer
  4. Mondmöuchloch
  5. Karfriitigsfüür
  6. Herbschtmanet
  7. Sennetuntschi
  8. Simelibärg
  9. S'Gschpeischterhuus vo Stans
  10. Lozärner Totetanz
  11. Wörmer
  12. De Stier vo Uri
  13. Tüüfusbrogg
  14. Beresinalied
  15. Söibannerzog

segunda-feira, 7 de junho de 2010

[NOTICIA] Cuidado com o monstro

Andrew Liles não é propriamente um monstro, mas aproxima-se do contexto com este seu mais recente lançamento, o "Monster Munch E.P.", um vinil 7'' que tem a particularidade de um dos lados poder ser tocado quer a 45 rotações ou 33 rotações, enquanto que o outro é apenas audível a 45 rotações.

Este é também o primeiro lançamento da série "Monster", que vai continuar activa com outros lançamentos específicos ou inter-relacionados, sempre com a temática dos monstros como denominador comum.

O disco é impresso em vinil vermelho e conta com o trabalho gráfico do próprio Andrew Liles, numa edição limitada a 300 cópias - por isso não se deixem guardar para muito tarde se quiserem a vossa.

O alinhamento completo é o seguinte:
    Lado A (45 rotações e 33 rotações)
  1. 2662002
  2. 1931982
  3. 1921980
  4. 2591980
    Lado B (apenas 45 rotações)
  1. Suck It
  2. Fuck You
  3. You Suck
  4. Fuck It

domingo, 6 de junho de 2010

[NOTICIA] Complemento dos Current 93

Para acompanhar os recentes espectáculos que os Current 93 deram no final de Maio, e também como complemento ao recente disco "Baalstorm, Sing Omega", a Coptic Cat lançou um vinil 12'' limitado a 666 cópias e um CD limitado a 999 cópias intitulado "Haunted Waves, Moving Graves".

A versão picture disc conta com uma pintura de David Tibet em cada um dos lados, assim como uma faixa de 25 minutos em cada lado. Tratam-se de meditações halucinogénicas sobre a temática do recente longa-duração, com algumas contribuições especiais e as vocalizações siderais de David em primeiro plano.

Já a versão CD tem uma duração superior (75 minutos em vez dos 50 da versão vinil) e uma mistura também diferente das faixas.

O alinhamento proposto é o seguinte:
  1. She is Naked Like the Water
  2. The Sound of the Storm Was Spears

sábado, 5 de junho de 2010

[NOTICIA] Fadas em versão DVD

"La Nuit Des Fées" é um festival bastante interessante, organizado pela Prikosnovénie, subordinado à temática das fadas e subsequentemente alinhado com sonoridades mais etéreas, ambientais e melancólicas.

Seria um passo natural a edição de um DVD alusivo ao festival, e eis que ele nos chega, embora num formato um pouco diferente. Aqui o destaque todo vai para os Daemonia Nymphe, também por ser a primeira vez que se apresentam neste formato, correspondente à sua actuação na edição de 2009 do referido festival, complementada com um video-clip bónus.

Mas nem só deles vive este disco, uma vez que temos aqui também as actuações dos Corde Oblique e de Djaïma, num DVD que ultrapassa a hora e meia de duração. Uma excelente alternativa a quem não conseguiu marcar presença no festival propriamente dito, e um aperitivo para as futuras edições.


Enter the magic of the ‘Night of Fairies’ fesival organised by the fairy label Prikosnovenie from Clisson (France). This DVD contains 1h30 of video footage presenting the most prestigious performances of the 2009 edition with High-Quality sound. Discover for the 1st time on DVD, the fantastic show of the Greek band ‘Daemonia Nymphe’ (+ video clip). Live the emotions of the Italians ‘Corde oblique’. Fly away with the Bulgarian storm Djaima.

O alinhamento completo é o seguinte:
    Daemonia Nymphe
  1. Physeos
  2. Daemonos
  3. The Bacchic Dance of the Nymphs
  4. Divined by Trophonios
  5. The Calling of Naiades
  6. Summoning Divine Selene
  7. Hymn to Bacchus
  8. Dios Astrapaiou
  9. Ecstatic Orchesis
  10. Tyrvasia
  11. Dance of the Satyrs
    Corde Oblique
  1. La quinta ricerca
  2. Captatio Benevolentiae
  3. Venti di Sale
  4. Normandia
  5. Solo Edo Notarloberti
  6. Flying (versão de Anathema)
    Djaïma
  1. Horo
  2. Mamo

sexta-feira, 4 de junho de 2010

[NOTICIA] Desolação apocalíptica

Dois anos depois do lançamento de "Nuklearchetyp", os Atomtrakt mudam-se para a Steinklang Industries para lançarem o seu novo longa-duração, "Sperrstelle Nordost".

Dizer que é uma bomba é um epíteto apropriado, uma vez que temos aqui um disco no espectro Marcial Industrial Apocalíptico que conseguirá ombrear com os pilares e referências do estilo. Intrinsicamente militante, heróico e sempre bombástico, envolto numa atmosfera ameaçadora e fria, remete-nos a períodos mais negros da recente história bélica dos grandes conflitos armados do século passado.

A nível sonoro, o sintetizador é a base de tudo, com camadas sobrepostas a criarem a matriz onde ritmos marciais e percussão bombástica assentam, havendo espaço para elementos acústicos que apenas vêem reforçar o poder sonoro do disco. Nada de radicalmente novo, mas tudo muito bem feito. As vocalizações alternam entre a limpeza cristalina e obscura até à distorção perturbadora, como fica bem num disco deste tipo.

Como podem ver na imagem, para além da versão regular em digipack de 6 painéis, o disco está disponível numa edição em caixa de metal que inclui, para além do CD, arame farpado, brasões militares Suiços, invólucros de balas, uma t-shirt, autocolantes e postais. Apenas limitada a 100 cópias, esta é uma edição que vão querer ter na vossa colecção. Destaque final para o vídeo incluído no lançamento, a dar o complemento visual perfeito à descarga sonora que os Atomtrakt nos proporcionam.

O alinhamento completo é o seguinte:
  1. Blut und Erde
  2. Befreiungsschlacht
  3. Ins Verderben
  4. Über Grenzen hinweg
  5. Flug in den Tod
  6. Stunde Null
  7. Trauermarsch
  8. Trauermarsch (video)

quinta-feira, 3 de junho de 2010

[NOTICIA] Uma festa ao estilo dos Teatro Satanico

Este novo lançamento dos Teatro Satanico marca o seu regresso à Old Europa Cafe, materializado neste "Kaly Yoga A Go-Go", um picture disc em vinil 10''.

Como o próprio nome indica, há algo de festivo neste disco. Mas, como é apanágio do colectivo Italiano , esta é uma festividade essencialmente satânica. Um ritual industrial, um trance electrónico, tudo serve para o descrever, mas acima de tudo será (mais) um bom exemplo da boa forma que os Teatro Satanico atravessam.


Outro dos grandes atractivos deste disco está nas imagens que o adornam - duas brilhantes obras de arte do mestre Italiano Saturno Buttò, que se enquadram como uma luva neste lançamento. Música e imagem complementadas numa excelente peça de arte, completa como ela deve ser.

O alinhamento completo é o seguinte:
    Lado A
  1. Kaly Yuga a go-go
    Lado B
  1. King Beast
  2. Key of Joy

quarta-feira, 2 de junho de 2010

[EVENTO] Hoje é dia de ir a Leiria!

Mais logo, mais uma edição do festival Fade In em Leiria, desta feita com Joe Black e La Chanson Noire - encontramo-nos por lá?



terça-feira, 1 de junho de 2010

[NOTICIA] Simples e singelo

Não é preciso serem muito complexas e "cheias" as edições para serem relevantes. Por vezes o paradigma less is more aplica-se como uma luva, como neste novo lançamento de Andrew Liles.

"Where The Long Shadows Fall" é um CD single contendo uma versão de Andrew Liles do clássico com o mesmo nome dos Current 93. É mais um lançamento enquadrado nas comemorações dos 25 anos da banda e dos 50 anos de David Tibet, numa colaboração que tem dado muitos e bons frutos ao longo dos anos.

A edição é apresentada numa caixa azul e é limitada a apenas 500 exemplares, por isso apressem-se se quiserem o vosso - não é todos os anos que temos uma celebração deste tipo! Está disponível directamente a partir da loja de Andrew Liles (podem aceder-lhe directamente aqui).