terça-feira, 30 de novembro de 2010

[EVENTO] Mini Festival Ethereal Folk em Itália

Os eventos para este final de ano sucedem-se, e sempre com excelente qualidade proposta. Desta feita trazemo-vos uma proposta interessante: um mini festival centrado nas sonoridades Ethereal Folk a decorrer em Caivano, perto de Nápoles, ali por volta do tornozelo da bota Italiana.

O evento terá lugar no dia 10 de Dezembro no Auditorium Caivano Arte, um belo teatro, que receberá no seu palco os Daemonia Nymphe (a actuarem pela primeira vez em Itália), os Corde Oblique e os Hexperos (estes dois últimos a "jogarem em casa").

Para além da componente musical propriamente dita, haverá espaço para exposições e outros eventos culturais, e um grupo de DJ's dará continuidade à noite com uma selecção musical apropriada. Tudo o necessário para fazer desta noite especial, por isso se estiverem perto de Nápoles passem por Caivano que vai valer a pena.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

[EVENTO] Festival Rauhnacth parte II

Quando nos falam de um festival dedicado a sonoridades Industrial Marcial e Black Metal Pagão e nos dizem que o mesmo terá lugar numa cave de um castelo, captam imediatamente a nossa atenção.

É o que se passa com esta 2ª edição do festival Rauhnacht, a ter lugar no próximo dia 18 de Dezembro no Festung, a tal cave num castelo Bávaro em Rosenheim, algures a meio caminho entre Munique e Salzburgo.

Nessa noite teremos a partilharem o palco os Natan, Bifröst, Stormfagel, Dead Man's Hill e Café De L'Enfer, numa noite que começa cedo mas que certamente se vai arrastar pela madrugada adentro. Não é perto, não vai estar bom tempo, mas o conceito é muito apelativo - dêem por lá um salto se puderem e contem depois como foi. Infelizmente desta vez não vamos estar presentes...

domingo, 28 de novembro de 2010

[NOTICIA] Contra os canhões, marchar, marchar!

Três anos depois da sua estreia os March Of Heroes regressam com um novo disco, novamente pela mão da Rage In Eden. "Liberation" apresenta-nos uns March Of Heroes mais maduros mas seguindo a mesma via conceptual e musical de sempre.

O projecto Francês continua neste novo disco a explorar a sonoridade Marcial que é seu apanágio, com as percussões bombásticas cravadas nas atmosferas melancólicas que criam um sentimento épico crescente a cada nova audição. Do melhor que se faz deste lado das baterias de canhões a vomitarem fogo.

Mas não é só de som que se faz um lançamento. Desta feita a Rage In Eden apostou em duas edições luxuosas, para além da regular em digipack. A primeira, limita apenas a 40 exemplares, apresenta o disco numa caixa de madeira gravada, forrada a veludo (que podem ver na imagem), acompanhada de uma t-shirt exclusiva do lançamento. A segunda, limitada a 48 exemplares, é semelhante à anterior mas sem a t-shirt. De qualquer forma, um excelente lançamento a que convém deitar a mão antes que esgote.

O alinhamento completo é o seguinte:
  1. Prologue
  2. Liberation (Part I)
  3. Liberation (Part II)
  4. Motherland Calls
  5. Blood on my Hands
  6. Espoir & Foi
  7. Ashes & Memories
  8. The Last Days
  9. La Vie du Soldat
  10. Epilogue

sábado, 27 de novembro de 2010

[EVENTO] Allerseelen nos Estados Unidos

É uma falha grave, mas nunca vi Allerseelen ao vivo. Sei que é apenas uma questão de tempo até ver Gerhard Petak novamente no nosso país (quem sabe até numa organização aqui do burgo), felizmente a nossa localização geográfica não é assim tão longe como alguns querem fazer crer. Pelo menos é muito mais perto do que os Estados Unidos, mas no próximo mês alguns felizardos do outro lado do Atlântico vão ter uma das poucas oportunidade de ver o projecto Austríaco ao vivo.

Gerhard vai visitar os Estados Unidos para uma mini-digressão, mas muito bem acompanhado. Começa no dia 15 de Dezembro em Portland para no dia seguinte estar em Salem, ambas as datas acompanhados dos Waldteufel. Duas excelentes noites de experimentalismo psicadélico Folk em perspectiva.

Depois disso seguem-se quatro datas a acompanhar os Agalloch. Primeiro no dia 17, novamente em Portland e com o suporte dos Aerial Ruin. No dia seguinte em Seattle, com os Alda e novamente com os Waldteufel. Depois no dia 21 em Los Angeles, desta feita com o suporte dos Winterthrall. Finalmente, no dia 22 em San Francisco e com o suporte dos Disprit.

Uma longa viagem pela Costa Oeste dos Estados Unidos, muito bem acompanhados. Uma road trip que também está nos planos deste lado, mas não já neste Dezembro. Fica para a próxima. Se estiverem por lá, apanhem uma das datas que vai valer a pena. E contem depois como foi.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

[NOTICIA] Peter "Sleazy" Christopherson - 1955-2010

Desapareceu ontem um dos maiores ícones do mundo da música das últimas décadas. Peter "Sleazy" Christopherson esteve na génese de colectivos seminais e deixou-nos com uma performance sublime na Casa da Música há pouquíssimos dias atrás. Partilhamos com ele momentos incríveis, e agora deixou-nos. Fica o legado, para todos os que se interessam pelo mundo da música. Tudo o resto não interessa...

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

[NOTICIA] E por falar em Nucleus Torn

Ontem falamos no novo disco de originais de Nucleus Torn, mas "Andromeda Awaiting" não é o único lançamento da Prophecy Productions relativamente à banda Suiça. Para relembrar o início da sua carreira temos também disponível "Travellers", uma compilação dos primeiros lançamentos dos Nucleus Torn numa edição em digipack formato A5.

"Travellers" inclui o EP "Krähenkönigin" (de 2004, embora o seu conteúdo tenha sido gravado em 1998) e os MiniCD's "Silver" (de 2000) e "Submission" (de 2002), no que corresponde a todo o fundo de catálogo anterior à trilogia iniciada com "Nihil" (em 2006), continuada com "Knell" (em 2008) e finalizada agora com o referido "Andromeda Awaiting". Um completar de círculo apropriado.

As faixas de "Krähenkönigin" aparecem aqui pela primeira vez em CD, as de "Silver" foram totalmente remixadas (e em alguns casos regravadas) para este lançamento, e "Submission" só esteve disponível em CDr. Adicionalmente, "Travellers" conta com duas faixas inéditas, criadas nas sessões de "Nihil" e pela primeira vez aqui disponibilizadas ao público. Este é um disco essencial a quem aprecia a música dos Nucleus Torn.

O alinhamento completo é o seguinte:
  1. Krähenkönigin I
  2. Krähenkönigin II
  3. Krähenkönigin III
  4. Krähenkönigin IV
  5. Silver
  6. Witness
  7. Beggar
  8. Nucleus Torn
  9. Neon-Light Submission
  10. Traveller's Rest
  11. Leadless
  12. Lurking

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

[NOTICIA] Uma viagem sonora às estrelas

Quando "Nihil" foi lançado em 2006 os Nucleus Torn começaram a gerar algum interesse em redor da sua interpretação particular de uma sonoridade introspectiva e algo misteriosa. Dois anos depois surge "Knell" e mantendo essa média estão de volta com um novo disco, sempre com a Prophecy Productions como parceira editorial.

"Andromeda Awaiting" é uma incursão em território mais avant-garde que completa a trilogia iniciada com os dois discos referidos anteriormente. Uma mistura de elementos acústicos e eléctricos (mais de quarenta) junta sonoridades progressivas, Folk e Jazzísticas para criar um disco que é talvez dos mais ambiciosos da carreira do colectivo Suiço.

Lançado num belo digipack em formato A5, o disco apresenta o seguinte alinhamento:
  1. I
  2. II
  3. III
  4. IV
  5. V
  6. VI

terça-feira, 23 de novembro de 2010

[NOTICIA] Para os realmente fanáticos

Há malta realmente fanática pelos Current 93, e temos em Portugal um dos maiores coleccionadores do trabalho de David Tibet (além de ser seu amigo pessoal) - um abraço para o José Pacheco se ele estiver desse lado. Informação relevante à luz desta pérola que os C93 colocam à disposição dos interessados que o possam fazer.

Numa edição limitada a 10 (!) cópias, é lançada uma caixa com todas as test pressings (testes de produção de vinil) que foram feitas para a produção das recentes caixas de Current 93 lançadas pela Vinyl On Demand. Temos aqui os oito vinis 12'' e o vinil 7'' que foram incluídos nesses lançamentos, reunídos numa caixa de cartão preto e embrulhados num poster feito propositadamente para esta edição.

Se ainda não fosse suficiente, cada caixa inclui também três das fotos originais que foram tiradas para os livretos que acompanhavam as edições da VoD, sendo também cada caixa assinada e dedicada à pessoa que a comprar. Interessados contactem a Coptic Cat directamente para obterem a vossa cópia. O preço? Não vale a pena falar disso... :)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

[NOTICIA] A beleza em forma de edição

Falamos aqui muitas vezes de compilações, umas melhores do que outras, algumas verdadeiramente especiais. Mas a que nos ocupa hoje é de uma beleza poucas vezes encontrada no passado - e já vão perceber porquê.

Editada pela Maere Music e simplesmente intitulada "Maere Compilation", reúne 15 dos melhores projectos Folk da actualidade sob o tema comum dos contos de fadas, mas contados de uma forma muito particular. Quase todas as faixas são exclusivas deste lançamento, tornando-o também especial por essa via.

Mas a real diferença não está apenas na música, mas também na embalagem. Ou, melhor dizendo, na paixão que levou a que fosse feita. Apresentado numa caixa de madeira, este disco foi criado com uma enorme dedicação e vontade de criar algo verdadeiramente único. Desde a caixa até aos diferentes inserts nela contidos e aos acabamentos das folhas, tudo é exclusivo e feito a pensar no nosso deleite. Um lançamento que apela a todos os sentidos, e altamente recomendado. A edição é limitada a 500 exemplares, por isso apressem-se se quiserem o vosso.

O alinhamento da compilação é o seguinte:
  1. Ainulindalë - "Under May´s Moon"
  2. In Gowan Ring - "Cruel Sister"
  3. Elane - "The Emerald Princess"
  4. Tirill - "Voluspå"
  5. Sattuma - "Varausloitsu"
  6. Lönndom - "Vittra & Väderfolk"
  7. Stormsterk - "Een Verse Sage"
  8. Vurgart - "Die Blume"
  9. Neun Welten - "Aus alter Feder"
  10. Elvellon - "Thron aus Rubin"
  11. Siedler - "Der Teufel mit den drei goldenen Haaren"
  12. Throndt - "Uns zum Geleit"
  13. Hel - "Die Mär des alten Seemann"
  14. Faelwa - "Farewell Sun"
  15. Trist - "Der Froschkönig"

domingo, 21 de novembro de 2010

[EVENTO] X-TG + Ulver - Casa da Música, Porto - 05/11/2010

EVENTO: Throbbing Gristle + Ulver
LOCAL
: Casa da Música, Porto
DATA
: 5 de Novembro de 2010, 22:30

Quando se soube que Genesis P-Orridge não viria actuar com os Throbbing Gristle houve uma nuvem de ameaça de cancelamento naquela que seria uma excelente oportunidade de ver no nosso país um dos mais míticos colectivos deste lado da música Industrial. Felizmente que os restantes membros resolveram manter a actuação sob a denominação X-TG, o que se revelou uma decisão muito acertada.

Há qualquer coisa de mágico no experimentalismo sonoro. Já Boyd Rice dizia, numa entrevista que lhe fiz há alguns anos atrás, que para ele música de computador não fazia sentido. Apesar dos X-TG terem apresentado uma considerável parafernália informática, a manipulação sonora foi uma constante através dos mais variados e retorcidos equipamentos. Assim como a gente gosta.

O ambiente estava criado para uma excelente actuação, que não ficou em mãos alheias. Desfilando composições do reportório Throbbing Gristle, os X-TG ainda nos brindaram com uma música nova, a interpretação da primeira música por eles criada e alguns devaneios mais - como o próprio Peter Christopherson dizia, "nunca sabemos bem o que vai acontecer".

Não é bem possível descrever o que se sente quando se ouve e vê X-TG ao vivo - é preciso estar lá para sentir os harmónicos e frequências a baterem-nos no peito, a improvisação do martelanço num qualquer bizarro instrumento criado para fazer "aquele" som que é impossível de reproduzir novamente, a suave graciosidade de um trompete ou um grito mascarado por camadas de distorção. A única coisa que convém ser dita é que foi sublime, um momento quase-ritualista em que a história veio ter connosco e nos deu um valente murro nos queixos. Como diz o povo, "velhos são os trapos" - e os X-TG provaram-no no palco da Casa da Música.

Mas por muito bom que tenha sido o concerto de X-TG, na verdade estavamos lá era para ver Ulver. Surpresa - a actuação começava por volta das 3 da manhã. Não se percebe muito bem o porquê desta entrada tardia em cena, até porque o conceito clubbing em que este evento estava inserido é precisamente o de existirem várias coisas a acontecer ao mesmo tempo para nos permitir circular por onde preferimos, mas não houve outro remédio que não fosse esperar para ver um dos mais geniais colectivos a emergir dos fiordes Noruegueses.

E quando finalmente Garm e companhia subiram ao palco, percebeu-se o porquê da expectativa. Abrindo com a abertura (passe o pleonasmo) de "Shadows From The Sun" e desfilando durante cerca de 1 hora composições de "Perdition City" para a frente (o passado está definitivamente enterrado, para o bem e para o mal), os momentos de intensidade inigualável estavam lá todos, com grandes temas uns a seguir aos outros.

A passagem pela banda sonora de "Svidd Neger" foi talvez um dos momentos menos esperados da noite, ao contrário de "For The Love Of God" do genial "Blood Inside" ou "Operator". De referir também as passagens pelos trabalhos "A Quick Fix Of Melancholy" e "Teaching In Silence", demonstrando - se ainda fosse necessário - a incrível diversidade e multi-facetismo dos Ulver.

Talvez a sua mais impressionante faceta seja a capacidade de começar uma música com um simples acorde ou ritmo na bateria, complementá-la com camadas sonoras que se vão acumulando ao mesmo tempo que a intensidade vai crescendo, até ao clímax traduzido numa explosão de cacofonia sonora apenas ao alcance dos predestinados. Aqui tem especial destaque a electrónica acrescentada pelos teclados, computadores e sintetizadores que compõem uma das bases em que a música dos Ulver assenta - não demasiada ostensiva, mas omnipresente e capaz de fazer a diferença.

Claro que uma actuação de Ulver não pode ficar completa sem a componente visual. Numa enorme tela foram passados os vídeos que funcionam como elemento fulcral de cada uma das músicas. Desde a Natureza selvagem de "Shadows From The Sun", passando pela ideologia fascista e polémica sexual de "Blood Inside" e terminando na perturbadora "Not Saved", com a imagem de uma criança vestida de branco sobre um fundo branco a fitar-nos directamente nos olhos - foi possível observar mais do que uma cara a afastar os olhos da tela, por não conseguir fitar aqueles olhos penetrantes.

Na verdade, os Ulver funcionam como um todo. Têm a virtude de cada um dos elementos individuais ser extraordinário, mas o que realmente lhes proporciona o factor de diferença face aos seus pares é a capacidade de agarrarem nesses elementos e tornarem o todo com eles criado maior do que o somatório de cada componente individual.

Desculpem-me todos os que não puderam ir, mas este foi um concerto extraordinário, daqueles que fica na memória para a vida. Julguei que nunca os conseguiria ver, mas felizmente enganei-me. Só espero poder repetir a experiência no futuro.

P.S.: Obrigado ao André Henriques pelas fotos de Ulver, bem melhores do que as minhas - como é normal, aliás. :)

sábado, 20 de novembro de 2010

[NOTICIA] Dark Britannica II

Na sequência da excelente e muito bem recebida compilação "John Barleycorn Reborn" lançada em 2007, a Cold Spring Records volta agora com uma nova compilação intitulada "Dark Britannica II" e com o lema "We Bring You A King With A Head Of Gold".

Temos aqui 146 minutos de 34 dos melhores artistas Folk Britânicos dispersos por dois discos, com o verde da Primavera e o amarelo do Verão a dominarem as tendências de uma compilação saída entre o Outono e o Inverno, para nos acompanhar enquanto esperamos o retorno das estações quentes.

O alinhamento completo é o seguinte:
    Disco 1
  1. Barron Brady - 'Earthen Key'
  2. Laienda - 'Little Drummer Boy / Anvil'
  3. The Rowen Amber Mill - 'Blood And Bones (Ciderdelica Mix)'
  4. Tony Wakeford - 'The Devil'
  5. Kate Harrison - 'England'
  6. Drohne - 'The Hooden Horse / An-Dro'
  7. Corncrow - 'The Cutty Wren'
  8. Sproatly Smith - 'I Shall Leave You There'
  9. Tinkerscuss - 'Black Sarah'
  10. Cerunnos Rising - 'Hear It With My Heart'
  11. Mama - 'The Fool Of Spring'
  12. Magicfolk - 'Green Man'
  13. Wyrdstone - 'Lost At Ty Canol'
  14. Emil Brynge - 'Devon Dream'
  15. Kim Thompsett - 'Lords And Ladies'
  16. Dragon Spirit - 'Always Be Ours'
  17. Philip Butler And Natasha Tranter - 'Jack The Mommet'
  18. Touch The Earth - 'Ancient Landscapes'
    Disco 2
  1. Relig Oran - 'Ye Mariners All'
  2. Autumn Grieve - 'Within Hollows'
  3. Ian McKone - 'Searching For Lambs'
  4. John Parker - 'Manningham Blues'
  5. Rattlebag - 'The Tyburn Sisters'
  6. The Fates - 'The Song Of The Fates'
  7. The Hare And The Moon - 'The Three Ravens'
  8. The Kittiwakes - 'Lynx'
  9. Venereum Arvum - 'Robin Sick And Weary'
  10. Telling The Bees - 'Fithfath'
  11. Richard Masters - 'The Wind Knows'
  12. Demdyke - 'Mother Carey's Chicks'
  13. Beneath The Oak - 'Oh Earthly Man'
  14. Sedayne : Sundog - 'A Wee Brown Cow'
  15. Ruby Throat - 'Swan And The Minotaur (Troubled Man)'
  16. Jennifer Crook - 'Ribbons Of Green / The Dream Waltz (Live)'

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

[NOTICIA] Uma lição de História

Depois de dois lançamentos em CDr, os Area Bombardment lançam através da Lichterklang um novo longa-duração. "In Hoc Signo Vinces" de seu nome, é o terceiro lançamento em outros tantos anos, dando continuidade à profícua linha editorial do projecto Irlandês.

O que aqui temos é algum do melhor Marcial Ambiente que se faz deste lado da Europa, com um conceito fortemente enraízado na História Irlandesa e Europeia. Focando vertentes desde a filosofia, a cultura, a guerra e o distanciamento do mundo moderno, o disco apresenta uma aura negra mas positiva, recusando ceder aos valores modernos e preferindo antes aliar-se aos antigos valores de honra e lealdade.

Masterizado por Axel Frank (dos Werkraum) e com trabalho gráfico de HaateKaate, este trabalho apresenta o seguinte alinhamento:
  1. Sons Of Éireann
  2. We Stand Against The Modern World
  3. Edelweiss
  4. Confession
  5. The Sun And The Runes
  6. Fields Of War
  7. Fathers Of Our Nations
  8. Usura
  9. New Europe

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

[NOTICIA] Cuidado quando entrarem na água!

O novo lançamento repartido entre Andrew King e Brown Sierra recupera um dos antigos mitos que faziam os antigos ter tanto medo da água. "The Kraken" é um vinil 12'' que é ao mesmo tempo prequela e sequela de "Thalassocracy". Confusos?

Na prática é simples: este trabalho tem uma faixa que foi gravada antes, outra que foi gravada depois e outras duas que foram gravadas ao mesmo tempo do disco editado pelo mesmo duo em 2008. Paisagens sonoras electro-acústicas, vocalizações tenebrosas e um sentimento secular da antiga Britânia - tudo isto e muito mais podemos aqui encontrar.

Editado pela Americana Dais Records numa edição numerada e limitada a 500 exemplares, o alinhamento apresentado é o seguinte:
    Lado A
  • Andrew King & Brown Sierra: The Kraken (Alfred Tennyson)
  • Brown Sierra: Abysmal Sea
    Lado B
  • Andrew King & Brown Sierra: The Bold Princess Royal [stolen version] (trad.)
  • Andrew King: The Death of Nelson (Nelson’s Monument) (trad.)

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

[NOTICIA] Círculos sobre círculos

Não sou particular adepto do Drone, nem falo muito desse particular subgénero por aqui, mas há qualquer coisa nos Circular que me faz apreciar bastante o seu trabalho. E esse sentimento não muda com este "Cycles Of Remembrance", recentemente editado pela Loki Foundation.

Depois da estreia em 2006 e de um split dois anos depois, a média mantém-se com um disco que é uma evolução notória para o projecto de Johannes Riedel. Em redor de um núcleo orgânico vão multiplicando-se em círculos radiais os referidos drones num pulsar harmónico que cria uma paisagem sonora verdadeiramente bela.

Para além da edição regular está também disponível uma edição especial, limitada a 100 cópias, em que ao disco se acrescenta um CDr com o concerto que deram em Paris no dia 30 de Janeiro deste ano. Uma edição recomendada.

O alinhamento completo é o seguinte:
    CD
  1. Transcending
  2. A Lightning Cycle
  3. Intersection At The Infinite Space
  4. In Grey
  5. The Pathway Downwards
  6. Chromatic Fade
  7. Dream Motion
  8. Terrain Of Remembrance
  9. Closing Circle
    CDr Bónus
  1. Ao vivo no Kosmo Kino Plaza, Paris, 30 de Janeiro de 2010

terça-feira, 16 de novembro de 2010

[NOTICIA] Regresso de um longo hiato

Foi em 2005 que na altura a War Office Propaganda lançou o disco de estreia auto-entitulado dos Son Of Eris. Foi preciso 5 anos para o colectivo Germânico voltasse com um novo disco, desta feita pela mão da Rage In Eden - demoraram tanto tempo que até a editora mudou de nome!

"Kallisti" é o regresso do exílio a que se impuseram, sem qualquer lançamento, notícia ou entrevista neste hiato de tempo. A linha obscura e negra do NeoFolk que praticam, ainda mais misteriosa que o DarkFolk, enquadra-se bem neste curioso colectivo. Guitarras acústicas mescladas com componentes industriais é o que podemos encontrar ao longo da hora de música neste novo disco - esperemos que não regressem agora ao seu covil perdido por mais 5 anos.

O digipack de belo efeito alberga o seguinte alinhamento:
  1. Kallisti
  2. Vom Geheimen Herz Der Erde
  3. Weltkrieg
  4. Diskordia
  5. Fallen Ones Spell
  6. First Order
  7. Welt Weit Krieg
  8. Nichts ist Wahr
  9. Armageddon

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

[EVENTO] La Chanson Noire - Fnac's - Novembro 2010

EVENTO: La Chanson Noire

LOCAL: FNAC Coimbra, Coimbra
DATA
: 12 de Novembro de 2010, 22:00

LOCAL: FNAC MarShopping, Matosinhos
DATA
: 13 de Novembro de 2010, 18:00

Não é muito habitual falarmos de dois eventos juntos, mas também não é muito habitual vermos dois eventos em dois dias seguidos do mesmo artista. Mas Charles Sangnoir merece toda a atenção que lhe possamos dispensar e por isso lá estivemos em Coimbra e Matosinhos para ver um dos melhores artistas nacionais da actualidade.

Estas prestações nas FNAC's são algo limitadas - apenas 30 minutos divididos por 6 músicas não dá para apreciar todo o esplendor de La Chanson Noire ao vivo, mas não é por isso que tivemos direito a menor performance de Charles. Apenas com piano e voz, "Música Para Os Mortos" foi naturalmente a principal fonte de inspiração para os temas que foram agradavelmente desfilando.

Momentos como "Canção Decente" ameaçam juntar-se ao rol de clássicos do qual "O Bordel De Lúcifer" já faz parte, dois dos melhores momentos das noites. Em Coimbra tivemos direito à versão de "Hollow Hills" enquanto que em Matosinhos a escolha recaiu em "Raio De Aventura", sendo que "Esquizofrénico" abriu ambas as noites e ainda tivemos direito a "Caixão À Cova" e "Quand toutes les putes sont mortes", outro momento alto do disco.

Na súmula geral, vale a pena apanhar La Chanson Noire numa das muitas datas que ainda faltam no percurso pelas FNAC's do país. Quanto mais não seja para apreciar em primeira mão as músicas do novo disco num formato diferente, e fazer o "aquecimento" para espectáculos mais alargados que demonstrem a total capacidade de Charles para ser um entertainer e um excelente músico.

P.S.: Obrigado ao Daniel Sampaio pelas fotos.

domingo, 14 de novembro de 2010

[NOTICIA] Melancolia Americana

"Porque quando eu morrer, o universo morrerá comigo... e tudo estará perdido para sempre". Esta é a frase que dá o mote ao novo disco dos Agalloch, "Marrow Of The Spirit" de seu nome. É editado pela Profound Lore Records e trata-se já do quarto longa-duração de originais do colectivo Americano (para além de outros títulos no seu catálogo).

Este disco é muito mais sombrio, frio e agressivo do que qualquer coisa que os Agalloch tenham feito antes, e apresenta também um sentimento épico e cinemático. Ao longo de seis composições é-nos apresentada uma viagem apocalíptica até ao desespero final, onde tudo acaba. É um disco que apresenta também um novo baterista e conta com alguns convidados para criar o que será porventura o melhor momento dos Agalloch até à data.

Lançado num digipack de 6 painéis acompanhado de um livreto de 12 páginas, apresenta o seguinte alinhamento:
  1. They Escaped The Weight Of Darkness
  2. Into The Painted Grey
  3. The Watcher’s Monolith
  4. Black Lake Nidstång
  5. Ghosts Of The Midwinter Fires
  6. To Drown

sábado, 13 de novembro de 2010

[NOTICIA] Longa-duração quase 10 anos depois

Foi em 2001 que Hugin criou os Hrefnesholt, que curiosamente lançaram a sua primeira música numa compilação portuguesa. Desde essa altura até agora foram lançados várias demos e splits, mas é só com "Uraungst" que finalmente o longa-duração de estreia é editado, pela mão da Percht.

Este critério editorial da Percht é um pouco estranho, com tantos lançamentos em simultâneo, mas isso não retira brilho a este disco. "Uraungst" vai buscar inspiração aos mitos arcanos das florestas Austríacas, contando-os através de uma sonoridade Folk ambiental, com toques Black Metal e letras cantadas no dialecto Austríaco. Uma banda sonora apropriada para os tempos de frio que se avizinham.

O alinhamento completo é o seguinte:
  1. Percht (da Einbringa)
  2. I bin da Woid
  3. Hexnfeia
  4. Hoamat
  5. Wurzlmann
  6. Unruahnocht
  7. Fuchtelmandln
  8. Dunklmoos
  9. Stoana (da Aussischmeissa)

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

[NOTICIA] O enigma da pirâmide

Há muitas formas de chegarmos a um disco, desde as mais normais até às mais esquisitas. No meu caso, chegar a um disco apenas pelo fascínio da capa é algo que não me acontece muito, mas é precisamente esse o caso deste "Black Pyramid" dos AUN. Há qualquer coisa de fascinante na simplicidade deste trabalho que me captou a atenção de forma a não pensar em mais nada que não fosse ouvir o que ela escondia.

Livremente inspirado no trabalho de Enki Bilal ("Immortel" é talvez um dos filmes mais belos que vi), ao longo de 7 faixas o projecto Canadiano apresenta-nos uma fina linha entre luz e escuridão, onde a sombra é rainha e onde a guitarra distorcida, as mutações electrónicas e a melodia todas contribuem para a interpretação ambient drones particular dos AUN no qual a força da composição tem toda a primazia.

Editado pela Cyclic Law numa edição em digipack de 4 paineis limitada a 1000 exemplares, o disco apresenta o seguinte alinhamento:
  1. Phoenix
  2. Taurus Ten
  3. Black Pyramid
  4. Ursa Major
  5. 2095
  6. Ursa Minor
  7. Shining

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

[NOTICIA] Memória de uma luta ancestral

Os Àrnica estão de volta com mais um trabalho, depois do longa-duração e dois splits do ano passado. Desta feita trata-se de "Numancia", um MCD editado pela Percht numa embalagem de grande dimensão com alguns inserts adicionais.

Numancia é o nome do pequeno castro Espanhol que lutou contra o Império Romano durante 20 anos sem nunca ceder e cujos habitantes, em 133 A.C., quando os Romanos finalmente conseguiram que o seu cerco tivesse sucesso e entraram no castro, preferiram colocar termo à sua própria vida e incendiar todas as casas do que viver sob o domínio de uma potência estrangeira.

Do ponto de vista sonoro, os Àrnica apresentam aqui um disco apropriado ao conceito que lhe dá origem, com percussão e elementos rituais misturados com temas Pagãos com um resultado semelhante ao Ur-Folk de outras paragens Europeias. Estes Catalães de facto são especiais, e provam-no aqui mais uma vez.

O alinhamento completo é o seguinte:
  1. Castro Arévaco
  2. Corona de Moncayo
  3. Asedio
  4. Bajo la Sombra del Buitre
  5. Humo y Llama
  6. Numancia Invicta
  7. Deiuoreigis

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

[EVENTO] La Chanson Noire em tour

Depois de ontem termos falado sobre o "Música Para Os Mortos", o novo disco de La Chanson Noire, hoje queremos deixar-vos com a lista de datas onde podem ver uma das muitas actuações que Charles Sangnoir dará nos próximos tempos, a promover este fantástico trabalho.

Depois de algumas já efectuadas, incluindo a data oficial de apresentação no passado fim-de-semana e duas datas de suporte aos Moonspell no arranque da tour "Sombra" no final do mês passado, La Chanson Noire ao vivo estará disponível para vosso deleite nas seguintes datas:
  • 12 de Novembro, FNAC Fórum Coimbra (Coimbra)
  • 13 de Novembro, FNAC Marshopping (Matosinhos)
  • 14 de Novembro, FNAC Braga Parque (Braga)
  • 17 de Novembro, FNAC Norteshopping (Porto)
  • 18 de Novembro, FNAC Sta. Catarina (Porto)
  • 18 de Novembro, FNAC Gaiashopping (V. N. Gaia)
  • 19 de Novembro, Control Bar (Barreiro)
  • 21 de Novembro, FNAC CascaiShopping (Cascais)
  • 24 de Novembro, FNAC Vasco da Gama (Lisboa)
  • 27 de Novembro, FNAC Algarveshopping (Albufeira)
  • 4 de Dezembro, FNAC Alegro (Alfragide)
  • 11 de Dezembro, FNAC Madeira Shopping (Madeira)
Entretanto poderão haver mais algumas datas a serem apresentadas, mas já há aqui muito por onde escolher. Certifiquem-se que marcam presença pelo menos numa delas!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

[NOTICIA] Música para todos

Estava para aqui a pensar no que iria escrever hoje, e apercebi-me que ainda não tinha falado do novo disco de La Chanson Noire. Devo ao Charles Sangnoir um pedido de desculpa, de facto "em casa de ferreiro espeto de pau", como o povo sabiamente costuma dizer.

"Música Para Os Mortos" é o fruto da colaboração entre cinco editoras - a saber, HellOutro Enterprises, Raging Planet, Chaosphere, Necrosymphonic Entertainment e Raising Legends - como demonstração de "o resultado final é maior do que a soma das parcelas individuais" (sim, hoje estou virado para os ditados populares).

Editado no passado dia 1 de Novembro, apresenta 13 hinos de Música Impopular Portuguesa (como descrita pelo seu mentor), uma composição de um nível superior e músicas do melhor que se pode ouvir nesta (e noutras) paragens. A edição é dupla, pois para além do disco propriamente dito, Charles Sangnoir decidiu criar um vídeo-clip para cada faixa do álbum, contidos no DVD que acompanha o CD.

O que mais se pode dizer? Se não tiverem este disco não são dignos do ar que respiram! E amanhã vamos falar-vos de onde podem ver o artista ao vivo nos próximos tempos - vão ver que vale bem a pena.

O alinhamento completo é o seguinte:
  1. Caixão á cova
  2. Uma canção decente
  3. Carnaval no cadafalso
  4. Esquizofrénico
  5. O Meu Amor Tem a Força de Uma G3
  6. The king of whores
  7. Loneliness is a common word
  8. Menage a trois
  9. Oceano cor de rosa
  10. Quand toutes les putes sont mortes
  11. Raio de aventura
  12. Sedução Contemporânea
  13. Azabel

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

[NOTICIA] Um disco de um concorrente à Eurovisão

É inédito falarmos por aqui do Festival Eurovisão da Canção, mas é precisamente a esse concurso que os Fräkmündt tentam ser os representantes Suiços. Fräkmündt que lançam agora um novo MCD pela Percht.

De seu nome "Uufwärts E D'Föuse" (qualquer coisa como "Subindo as Rochas"), trata-se de um disco conceptual que ao longo de 27 minutos leva o ouvinte às áreas virgens Alpinas. Esta sua viagem é acompanhada pela banda sonora apropriada a cada passo do percurso, desde a preparação, a subida, o atingir o pico, o passear pelo cume do mundo e o regresso ao vale.

Neste trabalho os Fräkmündt apresentam também um elemento novo, neste caso Anneli dos Eluveitie que se junta ao colectivo Suiço assumindo o baixo, flauta e outros instrumentos. É ainda apresentado numa embalagem especial com dois inserts, sendo uma excelente proposta de Ur-Folk para apreciarmos neste Outono, enquanto percebemos se vamos ver os Fräkmündt no próximo Festival Eurovisão da Canção.

O alinhamento completo é o seguinte:
  1. Aupsääge
  2. Uufwärts e d'Föuse
  3. S'nachtet y
  4. Schyne
  5. Höttehöck
  6. Stouz ond frey
  7. Bärgtröim

domingo, 7 de novembro de 2010

[NOTICIA] Retrospectiva sobre a carreira dos Sophia

Depois de ter editado um trabalho retrospectivo sobre o início da carreira dos Arcana, a Cyclic Law e Peter Bjärgo unem forças novamente para desta feita nos trazerem "The Collective Works 2000 - 2003", focada na discografia dos Sophia.

No entanto, ao contrário do lançamento anterior, este conjunto de 4 CD's reúne de facto toda a discografia dos Sophia entre o período descrito no nome. Temos aqui os registos de longa-duração "Sigillum Militum" (de 2000), "Herbstwerk" (de 2001) e "Spite" (de 2002), aos quais se juntam ainda os singles "Aus Der Welt" e "Death, Dumb And Blind" e o EP "The Seduction Of Madness".

Tudo isto encapsulado num bela caixa limitada a 1000 cópias, através da qual podemos ter novamente acesso à sonoridade Industrial, onde percussão marcial, arranjos orquestrais e passagens atmosféricas fazem também a sua aparição. Recomendado.

sábado, 6 de novembro de 2010

[NOTICIA] O regresso ao início de uma longa viagem

Foi no longínquo ano de 1999 que duas coisas aconteceram - uma importante, outra extraordinária. A primeira, Alex Wieser lançou o seu primeiro trabalho com o projecto Uruk-Hai. A segunda, foi o único lançamento de Uruk-Hai no ano. Ambas as coisas não mais se haviam de repetir.

"In Durin Halls" é agora reeditado via Sturmklang, numa versão remasterizada e apresentada numa caixa de tamanho DVD. O que aqui temos é uma versão crua, épica, obscura e recheada de lendas perdidas da sonoridade que trouxe notoriedade aos Uruk-Hai. E, já desde o início, um conceito fortemente enraízado na Terra Média.

Como bónus temos o vídeo da música que dá o nome a este trabalho, numa edição que não só nos apresenta a origem dos Uruk-Hai mas como é perfeitamente válida por si só. Aconselhado a todos os que apreciam o trabalho de Alex Wieser.

O alinhamento completo é o seguinte:
  1. Luthien
  2. Kortirion
  3. Durins Halls
  4. Uruk-Hai
  5. Moria
  6. Nordhimmel
  7. The Unknown
  8. Over old hills
  9. In Durins Halls (vídeo)

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

[EVENTO] É hoje que vou ver Ulver!

Podia ser melhor se o Genesis P-Orridge não tivesse decidido voltar a casa e se os X-TG fossem realmente os Throbbing Gristle, mas quero lá saber - eu quero é ver Ulver! E vai ser logo à noite, na Casa da Música no Porto. Apareçam se puderem ou arrependam-se para sempre!



quinta-feira, 4 de novembro de 2010

[NOTICIA] Novo disco de originais de Vinterriket

Depois de alguma espera temos nas mãos um novo disco de originais de Vinterriket. "Zwischen Den Jahren" é um MCD com apenas 3 faixas, lançado recentemente pela Sturmklang, e serve portanto apenas para apaziguar o apetite temporariamente enquanto esperamos um longa-duração nos próximos tempos.

Neste disco podemos encontrar a sonoridade atmosférica enraízada no Black Metal que tornou o projecto Vinterriket reconhecido, com particular incidência nos riffs e nas vocalizações inspiradas de Christoph Ziegler. Como sempre a introspecção e a melancolia andam de mão dada com a desolação nesta banda sonora com o cunho particular de Vinterriket, num tributo ao lado mais obscuro da Natureza, criando um disco que vai saber muito bem ouvir no tempo Invernal que se aproxima.

O disco é apresentado numa embalagem de grande dimensão com alguns inserts, contando com o seguinte alinhamento:
  1. Quatembersturm
  2. Modranecht
  3. Winterepiphanie

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

[ANÁLISE] Aires Ferreira - "Ruína" [álbum - 2010]

AIRES FERREIRA

Ruína [álbum]
Sanatório Productions

O género spoken word não é dos mais profícuos no nosso país (ou por esse mundo fora, já agora), com algumas honrosas excepções e - na sua grande maioria - sempre dotadas de uma grande qualidade. É um género onde claramente a qualidade tem primazia sobre a quantidade, e mais deveriam seguir esta máxima. E no meio dessa já alta qualidade, há um nome que repetidamente emerge e se destaca - Aires Ferreira. O artista portuense tem construído uma carreira ímpar de lançamentos incontornáveis, quer no formato escrito quer no formato audiovisual. Desde 2009 que tem lançado alguns "aperitivos" para o longa-duração "Ruína", finalmente agora editado, e que não tem parado de rodar deste lado desde o momento do seu lançamento.

"Est" abre as hostilidades deste disco com uma apresentação do artista para quem não o conhece. Há várias faixas muito introspectivas neste disco, mas esta abertura despe Aires para todos os poderem ver no seu esplendor - acutilante, mordaz, directo (como ele próprio diz, "poeta") e com uma secção instrumental à altura de cativar a atenção dos ouvintes incautos. Verdadeiro mestre de cerimónias, assina ao longo destas 12 faixas momentos verdadeiramente impressionantes - como em "Danças", onde o lado melancólico e quase romântico de Aires faz a sua aparição, em "Carpe Diem O Caralho Que Te Foda", onde temos um diálogo entre várias personagens interpretadas na perfeição, ou em "O Pato", onde a loucura aparece de mãos dadas com um experimentalismo que nunca escapa ao controle.

Talvez o aspecto que mais distingue Aires dos seus "pares" é o extraordinário espectro vocal que a sua interpretação particular de spoken word consegue atingir. Sempre evitando o monocórdio, alarga-se entre sílabas disparadas à velocidade da luz, momentos quase cantados, rima e prosa, sofrimento, gritaria - toda uma parafernália de sentimentos que consegue passar pela vária entoação e emoção que coloca nas palavras que nos atira. Para quem o viu ao vivo isto não é surpresa, já que é no palco que este "animal" ganha uma vida própria e se torna uma entidade aparte de tudo o resto. A voz é também um instrumento, e Aires um virtuoso no seu manuseamento.

O talento de Aires Ferreira para as palavras é impressionante, mas isso já não seria novidade. Onde "Ruína" ganha uma dimensão superior é na musicalidade que o torna melhor do que já seria sem ela. Instrumentos como o baixo, a guitarra e a bateria adicionam profundidade às faixas, quer como quase banda completa (como em "Fundo", com um sentimento quase Black Metal de qualidade superior) quer com a simplicidade do acompanhamento a solo (como no caso do baixo em "Bloco de Assofrimentos"). Mesmo no devaneio mais profundo do disco - o referido "O Pato" - a bateria complementa na perfeição o sentimento de quase-loucura que Aires pretende passar. Temos ainda direito a "Arcanus", uma faixa puramente instrumental, como um tributo ao papel essencial que desempenha a música neste disco. O protagonismo está sempre na voz, mas a instrumentação é o que torna este disco equilibrado e torna a audição repetida um prazer incontornável.

Como se tudo isto ainda não fosse suficiente, o disco está disponível gratuitamente para download no site da Sanatório. A casa apropriada para Aires Ferreira, sem dúvida, mas um trabalho desta qualidade grita por uma edição física especial para se tornar um disco de culto no panorama nacional. De qualquer forma, não há desculpas para todos poderem apreciar o que será porventura um dos discos do ano e a prova cabal que em Portugal cria-se tão bem ou melhor do que em qualquer outro lado. Arruinem-se neste disco, já que depois de o começarem a ouvir será o cabo dos trabalhos parar. Obrigado Aires, por mais esta pérola. Agora desculpem-me, vou voltar para a "Ruína".

Lurker

terça-feira, 2 de novembro de 2010

[NOTICIA] Negro sobre Negro

O projecto Runes Order é um dos melhores exemplos de uma pérola escondida num oceano de pouca divulgação do seu trabalho. Formado por Claudio Dondo em 1988 e adoptando a sua designação actual em 1992, foi nesse ano que iniciaram também uma profícua torrente editorial que tem o seu mais recente capítulo com "Disco Nero".

Com selo Hau Ruck! S.P.Q.R., este disco reforça a veia Psicadélica do Dark Ambient criado por Dondo, numa banda sonora apropriada para um assassinato. Um disco talvez mais caústico que os seus antecessores, este disco negro não tem um final feliz.

Alicerçado em teclados agressivos e com uma honrosa participação da guitarra, o disco conta também com uma longa lista de artistas convidados que funcionam como a proverbial cereja no topo do bolo. A primeira edição limitada conta com um emblema, um autocolante e um postal como bónus.

O alinhamento completo é o seguinte:
  1. Congiura E Maledizione
  2. Voci Dal Profonodo
  3. Fuga (Terreno K)
  4. Chiave Quadra
  5. Tema Dell'Amore E Della Morte
  6. La Strada Per L.
  7. Nuda
  8. Lucida Follia
  9. Anna Ortese (Ballata Per Un Tragico Destino)
  10. Dal Futuro
  11. Solamente Nero
  12. Voci Dal Profondo II

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

[NOTICIA] DIJ x2

Depois de termos falado ontem de uma reedição dos Death In June, hoje repetimos a dose. Desta feita falamos de "Burial", originalmente editado em 1984 ainda com o alinhamento original dos DIJ (Tony Wakeford abandonou o colectivo Britânico pouco tempo depois da sua edição).

Este trabalho já tinha sido reeditado em 1994 e 2006 (ambas as vezes em formato CD, depois de ter sido originalmente editado em vinil), mas a Soleilmoon Recordings disponibiliza-o agora pela primeira vez em picture disc, numa edição limitada a 500 exemplares.

Para tornar esta edição especial, temos ainda a inclusão de um vinil 7'' como bónus, com versões regravadas em 2005 de "Death Of The West" e "Heaven Street" e uma versão diferente da primeira faixa gravada em 2006 especialmente para o disco "Forseti Lebt".

O alinhamento completo é então o seguinte:
    "Burial" Lado A - Estúdio
  1. Death Of The West
  2. Fields
  3. Nirvana
  4. Sons Of Europe
  5. Black Radio
    "Burial" Lado B - Ao vivo em Londres, 6 de Outubro de 1983
  1. Till The Living Flesh Is Burned
  2. All Alone In Her Nirvana
  3. Fields
  4. We Drive East
  5. Heaven Street
    "Death Of The West" Lado A
  1. Death Of The West
  2. Heaven Street
    "Death Of The West" Lado B
  1. Death Of The West