domingo, 15 de fevereiro de 2015

[NOTICIA] Onde o Sol morre mas algo nasce

Com uma carreira já longa e recheada de vários lançamentos, falamos aqui pela primeira vez dos Sol. O motivo é simples: o lançamento do novo disco "Where Suns Come To Die" pela mão da Cold Spring Records. E meus amigos, que belo disco aqui temos.

Todo o sentimento do disco é de nostalgia. Desde logo pela sonoridade, misturando excertos de música clássica do início do século passado com instrumentos também eles clássicos no sentido de tradicionais. Mas acima de tudo pelo conceito, explorando a noção de envelhecimento, de um crescente sentido de dissociação com o mundo, da percepção que - como tudo o resto - também nós morreremos e voltaremos à terra de onde surgimos e nos sustentamos.

Pode não ser o disco mais alegre da vossa discoteca, mas também não é essa a intenção. É uma lembrança que tudo acaba, e que portanto temos que aproveitar todos os momentos como se fossem os últimos. Acaba por ser um sentimento de esperança aquele que emerge de um disco por si só nostálgico e quase lúgubre.

Outro ponto de destaque é a presença de Thomas Bøjden (conhecido pelo seu magnífico projecto Die Weisse Rose) ao longo das quatro (longas) faixas do disco, dando o seu préstimo vocal ao trabalho e ajudando a catapultá-lo para um nível superior. Um disco altamente recomendado.

O alinhamento completo é o seguinte:
  1. This Bitter Earth
  2. I Surrender To The Soil
  3. Hymn
  4. The Grinding Wheels Of Time

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