[NOTICIA] Onde o Sol morre mas algo nasce
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Todo o sentimento do disco é de nostalgia. Desde logo pela sonoridade, misturando excertos de música clássica do início do século passado com instrumentos também eles clássicos no sentido de tradicionais. Mas acima de tudo pelo conceito, explorando a noção de envelhecimento, de um crescente sentido de dissociação com o mundo, da percepção que - como tudo o resto - também nós morreremos e voltaremos à terra de onde surgimos e nos sustentamos.
Pode não ser o disco mais alegre da vossa discoteca, mas também não é essa a intenção. É uma lembrança que tudo acaba, e que portanto temos que aproveitar todos os momentos como se fossem os últimos. Acaba por ser um sentimento de esperança aquele que emerge de um disco por si só nostálgico e quase lúgubre.
Outro ponto de destaque é a presença de Thomas Bøjden (conhecido pelo seu magnífico projecto Die Weisse Rose) ao longo das quatro (longas) faixas do disco, dando o seu préstimo vocal ao trabalho e ajudando a catapultá-lo para um nível superior. Um disco altamente recomendado.
O alinhamento completo é o seguinte:
- This Bitter Earth
- I Surrender To The Soil
- Hymn
- The Grinding Wheels Of Time
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