segunda-feira, 30 de novembro de 2009

[NOTICIA] A costela feminina dos Roma Amor

Depois de se terem estreado com um disco homónimo no ano passado, os Roma Amor regressam com "Femmina", novamente pela mão da Old Europa Cafe.

Um disco feito para celebrar o lado obscuro da femininidade, reforça a sonoridade Folk Cabaret que exploraram na estreia e complementa-a com letras em italiano, maioritariamente inspiradas por figuras femininas do folclore Mediterrâneo.

A sonoridade arcana Europeia, com ramificações no tango, cabaret e chanson noire é onde vão também buscar a sua inspiração, tendo compondo um disco que será melhor apreciado bem tarde à noite, no Verão, quando o espírito latino circula pelo ar.

O alinhamento completo é o seguinte:
  1. La Guerriera
  2. La Belda
  3. La Zirinelda
  4. La Borda
  5. Lo Lo Lo
  6. Settimane Spagnole
  7. Azzurrina
  8. Ela Vera
  9. Femmina
  10. Nightporter

domingo, 29 de novembro de 2009

[ENTREVISTA] Oniric

DOS SONHOS PARA A REALIDADE

O projecto Oniric não será dos mais conhecidos, mas se dissermos que é oriundo de Itália e que pratica uma sonoridade enraizada no Cabaret, se calhar algumas sobrancelhas começam a levantar-se com interesse. Percorremos este mundo de sonhos com a ajuda de Carlo e GianVigo para os podermos conhecer melhor e ficarmos viciados nesta síndroma.

Podem apresentar os Oniric a quem não vos conhece?

Os Oniric são um projecto que começou como um duo e tem evoluído a partir daí com o passar do tempo, formados por Carlo De Filippo e GianVigo (Gianpiero Timbro). O primeiro encontro artístico deu imediatamente origem à composição directa e espontânea inspirada por sonhos etéreos, juntando as cordas tristes e o esbatido som obscuro de Carlo com a melodia e a sonoridade vibrante de GianVigo: rapidamente, uma veia nostálgica e intimista nasceu dos primeiros trabalhos. A colaboração regular com Simona Giusti permitiu que o projecto aumentasse as suas peculiares atmosferas, devido à sua voz angelical.

E porquê este nome para a banda? Têm os sonhos um tão grande impacto na vossa música?

“Oniric” é uma palavra que representa o que pertence ao mundo dos sonhos. Faz alusão a sugestões, visões, experiências vividas em sonhos e na ilusão da mente, dando a possibilidade de se distanciar da realidade para a poder perceber melhor.

Começaram a escrever música em conjunto em 2005, mas só agora lançam a vossa estreia – o que estiveram a fazer no entretanto?

Um ano depois, em 2006, fizemos o nosso primeiro EP intitulado “Suggestioni”, depois um par de singles (“Destroy Paranoia” com Simona Giusti (a primeira vez que trabalhamos com ela) e “Blessing”) e no ano passado outro EP chamado “Boulevard Cinéma”. Além disso, temos tido uma intensa actividade ao vivo durante todo este tempo.

E qual foi a centelha que vos levou a criar esta banda?

Bem, para dizer a verdade, quando começamos a tocar juntos não planeamos criar um projecto específico. Por isso não nos preocupamos com as notas que eram criadas quando estávamos a tocar. Permitimos que a natureza seguisse o seu curso, e aqui estamos.

Agora que “Cabaret Syndrome” foi lançado, estão satisfeitos com o resultado final ou mudariam algo se tivessem essa oportunidade?

Estamos satisfeitos com o resultado final porque o que acabamos por realizar foi a matriz original para cada composição. Não seria positivo ter a possibilidade de mudar alguma coisa num período que não é aquele em que a música foi criada.

E qual foi o processo de composição para este disco?

Não estabelecemos qualquer limite temporal para compor. No nosso contínuo processo de improvisação capturamos instantes que nos parecem mágicos e desenvolvemo-los.

Qual é o principal conceito por detrás de “Cabaret Syndrome”? Há um tema central que exploram com a vossa música e as vossas letras?

Por detrás do título Cabaret Syndrome” há um retrato das várias formas de Cabaret do século vinte (em particular o Cabaret Francês), as mais características e evocativas. O termo “Syndrome” indica uma forma de exasperação, um vício para aqueles espectáculos intelectuais e não conformistas, uma tendência artística desapaixonada em direcção a um estilo de vida fora de moda. As músicas e as letras revolvem em redor de sensações espontâneas e temporárias, como uma criança as viveria.

Quais são as principais fontes de inspiração que vos levaram a criar este trabalho?

Não há uma influência principal que é visível nos nossos trabalhos, muitas vezes tiramos o pó a músicas que nos fazem lembrar a nossa infância ou que nos conseguem dar a oportunidade de viver épocas nunca vistas. Acima de tudo, procuramos por algo que nos possa satisfazer a alma, para além dos nossos ouvidos.

Ao ouvir alguma da vossa música, encontro referências a sonoridades típicas das feiras ambulantes do passado – é algo que decidiram deliberadamente incorporar?

Isso não foi realmente intencional, mas pode ser uma boa ideia para os nossos próximos trabalhos! [risos]

Como tem sido até agora a reacção ao disco? Alinhada com a vossa expectativa?

Para já podemos considerar-nos satisfeitos, mas é demasiado cedo para ter uma visão completa sobre as nossas expectativas.

Há outros projectos em Itália a explorar o conceito de Cabaret – acham que é uma sonoridade de alguma forma associada ao vosso país, ou criariam a mesma música se fossem oriundos de outro local?

Não pensamos numa relação entre o Cabaret e o nosso país, por vezes transportamo-nos para outros locais e a nossa música pode sair afectada devido a isso.

Quais são alguns dos mais recentes projectos que captaram a vossa atenção?

Olhamos com admiração para projectos como Ashram, Spiritual Front, Corde Oblique, Argine (nossos vizinhos), Cinema Strange, Ordo Rosarius Equilibrio e, para além deste estilo musical, bandas como Get Well Soon, Beirut ou Devotchka.

Já tiveram oportunidade de levar o “Cabaret Syndrome” para o palco?

Nas próximas semanas devemos começar a apresentar o nosso trabalho em sessões ao vivo, e esperamos obter uma boa atenção por parte do público.

Alguns planos para virem a Portugal num futuro próximo?

Há uma oportunidade de irmos a Portugal, embora não saibamos exactamente quando. Não conhecemos muito sobre o vosso país, seria uma boa oportunidade de o conhecer de mais perto!

E quais são os planos para o futuro com os Oniric?

Neste momento estamos a preparar as próximas actuações ao vivo onde vamos apresentar o novo disco. De seguida vamos começar a recolher material para trabalhar num novo trabalho!

Lurker

[Websites: http://www.myspace.com/oniricband]

sábado, 28 de novembro de 2009

[NOTICIA] Presente de Natal

Como sugestão de Natal, que se aproxima, podem considerar este novo lançamento para comprar, ou para pedir.

Os Death In June lançam a 21 de Dezembro a edição "Symbols & Clouds - Euro Cross Commemorative Edition". Como já vem sendo seu apanágio, as edições de DIJ são sempre excelentes e esta não fica atrás, pois este lançamento é um CD duplo numa caixa de pedra-sabão e cartões redondos, que contém runas prateadas e patch! Assim a acompanhar a música temos cartões duplos de fotos inéditas, uma runa castanha-sobre-castanho, 6 patches para a roupa e 4 runas em pendente, que representam o Nascimento, a Vida, o Destino e a Alegria.

Outro item de colecção, que já não é pequena só em trabalhos de Death In June!

Nesta edição podem então encontrar o melhor de 1992 em "But, What Ends When the Symbols Shatter?" e de 1995 "Rose Clouds of Holocaust", juntamente com 2 músicas raras que saíram em single durante este período de tempo.
O segundo CD contém uma re-gravação acústica do "Totenpop" de 15 clássicos de DIJ, que foram gravados no final da tour de 2005.

O alinhamento desta peça de colecção limitada a 1000 cópias é a seguinte:

Disco 1 (As gravações originais de 1992-1995):
  1. Death Is the Martyr of Beauty
  2. He's Disabled
  3. The Mourner's Bench
  4. Because of Him
  5. Little Black Angel
  6. The Golden Wedding of Sorrow
  7. The Giddy Edge of Light
  8. Ku Ku Ku
  9. Hollows of Devotion
  10. But, What Ends When the Symbols Shatter?
  11. Cathedral of Tears
  12. Lord Winter
  13. God's Golden Sperm
  14. Omen-Filled Season
  15. Symbols of the Sun
  16. Luther's Army
  17. 13 Years of Carrion
  18. The Accidental Protégé
  19. Rose Clouds of Holocaust
  20. Leopard Flowers
Disc0 2 (Re-gravação do "Totenpop" 2005-08):
  1. Death Is the Martyr of Beauty
  2. Omen-Filled Season
  3. He's Disabled
  4. Symbols of the Sun
  5. The Mourner's Bench
  6. Luther's Army
  7. Because of Him
  8. 13 Years of Carrion
  9. Little Black Angel
  10. Rose Clouds of Holocaust
  11. The Golden Wedding of Sorrow
  12. Ku Ku Ku
  13. Hollows of Devotion
  14. But, What Ends When the Symbols Shatter?
  15. Leopard Flowers

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

[ANÁLISE] Subaudition - "Light On The Path" [CD - 2009]

SUBAUDITION

Light On The Path [CD]
Auerbach Tonträger / Prophecy

É oficial - há qualquer coisa na água da Finlândia que torna qualquer banda numa potencial estrela em ascensão. E no caso dos Subaudition, esse potencial é confirmado numa certeza ao segundo longa-duração. "Light On The Path" é um dos discos mais melodicamente intensos do ano, daqueles incontornáveis para quem aprecia música na veia de Anathema ou The Gathering (isto apenas para evitar os seus conterrâneos).

É mais do que conhecida a costela melancólia dos Finlandeses, talvez devido ao extremo de exposição solar a que estão sujeitos durante o ano. Roope Niemelä e Antti Korpinen não fogem a essa regra, mas vivem essa melancolia de forma sublime através da música que criam. "Light On The Path" envolve-nos de uma forma que não esperamos, preenchendo um vazio no mais recôndito canto do nosso ser, mas deixando-nos com um sabor tão doce na boca que apetece voltar a ele assim que acaba.

Guitarras (quer acústicas quer eléctricas) dedilhadas com mestria, ambiências opulentas criadas com recurso a piano e sintetizador, os ocasionais violinos e aquela voz... meus amigos, aquela voz - não será demais compará-la à de Vincent Cavanagh, e isso é dizer muito! A intensidade dos Subaudition é sem margem para dúvida a sua maior mais-valia, sendo surpreendente como é possível criar tanto com recurso a tão poucos elementos - como em "Sinne", em que apenas um piano, um violino e uma voz são capazes de nos levar a um estado mental elevado, num momento de rara inspiração.

Altamente recomendado, "Light On The Path" vai sem dúvida alguma colocar os Subaudition no mesmo patamar que outros nomes grandes da música melódica e emocional se encontram, e reforçar a ideia que da Finlândia há grande probabilidade de encontrarmos do melhor material em qualquer um dos estilos de música que apreciamos. Talvez resultasse encomendar alguma dessa água...

Lurker

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

[NOTICIA] De Portugal para a América do Sul

A Extremocidente tem vindo a construir uma reputação sólida a disponibilizar-nos fundos de catálogo de alguns projectos conceituados, sempre em edições bastante cuidadas. Desta vez agarrou em duas das mais obscuras faixas dos Death In June para nos trazer um interessante vinil 7''.

"Some Of Our Best Friends Live In South America" foi originalmente editada em 1983 em cassete, e até à recente edição de "Lesson One: Misanthropy" era virtualmente desconhecida. Não tinha sido editada até ao momento em vinil, e este lançamento vem colmatar essa lacuna. No outro lado do 7'' temos uma versão alternativa da faixa "Sons Of Europe", também inédita em vinil.

Como é apanágio da Extremocidente, as suas edições não se limitam à música. O vinil (amarelo, por sinal) vem embalado numa réplica da edição original de "Lesson One: Misanthropy", incluindo uma foto original dessa sessão fotográfica. A edição é limitada a 600 cópias e inclui também um postal e dois autocolantes.

Para os coleccionadores, as primeiras 113 cópias estão autografadas por Douglas Pearce e Tony Wakeford, por isso apressem-se se querem ainda ter uma delas.

O alinhamento é então o seguinte:
  • Lado A - Some Of Our Best Friends Live In South America (Black Radio)
  • Lado B - Sons Of Europe (Slaughtered)

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

[NOTICIA] Agarrem a vossa Alma

Depois de um longo interregno devido a forças maiores, volto com algumas notícias e para contradizer o que por aqui se tem escrito... começo com algo electro-gótico.

A notícia prende-se com o lançamento já esta semana (dia 27) do novo trabalho dos Blutengel. "Soultaker" é editado pela já habitual Out of Line e é o acompanhamento proposto para este Inverno, sempre com um espírito animado, que nos leva a querer levantar e aquecer ao som das batidas ritmadas propostas pela banda.

Este trabalho com músicas novas também apresenta 8 remixes que ainda não tinham sido lançados e versões alternativas de algumas músicas. Como um "docinho" extra, este lançamento inclui o disco "Live in Berlin", que contém a gravação de um concerto feito em Berlin na tour "Schwarzes Eis". O som está cru e não foi remasterizado para assim os fans terem acesso a toda a magia e glória de um espectáculo ao vivo.

Assim este lançamento apresenta 2 Cds e vem num formato digipack. Segue-se o alinhamento de ambos os trabalhos:

Disco 1 "Soultaker":
  1. Soultaker
  2. Addicted to the Night
  3. World of Ice
  4. Why Do Even Angels Have to Die?
  5. Engelsblut (Fallen Angel Remix)
  6. Engelsblut (Eternal Life Remix)
  7. Behind the Mirror (Shadow Remix)
  8. The Princess (Princess of Ice Remix)
  9. City Lights (City Nights Remix)
  10. Soultaker (Black Soul Remix)
  11. Soultaker (Lost Area Remix)
  12. World of Ice (Club Mix)
Disco 2 "Live in Berlin":
  1. Behind the Mirror
  2. Dreh Dich Nicht um
  3. Kind der Nacht
  4. The Dream
  5. The Only One
  6. Dancing in the Light
  7. Winter of My Life
  8. My Nightmare
  9. Soul of Ice
  10. Lovekiller
  11. Schneekönigin
  12. Engelsblut
  13. Vampire Romance

terça-feira, 24 de novembro de 2009

[NOTICIA] Os assassinos do Luxemburgo

Os Rome ganharam o gosto aos EP's e também à inflexão que fizeram na sua sonoridade. "L'Assassin" é o seu novo trabalho, pela mão da Trisol, e apresenta um conceito em redor da escravização do homem num mundo em constante transformação.

O que continua a ter um papel reforçado na sonoridade dos Rome é a tradição dos cançoneiros Franceses e Americanos, como Léo Ferré, Jacques Brel, Nick Cave, Johny Cash ou Leonard Cohen. Como é dito pelos próprios, este estilo Chanson Noir apresenta uma mescla dessa tradição vocal com uma aura mais obscura, um folk pós-industrial, alguma electrónica mas sempre o enfoque nas composições e nos arranjos.

Este disco apresenta duas músicas novas e duas versões de faixas do disco "Masse Mensch Material", arranjadas para cordas, e na versão especial temos para além do EP uma t-shirt exclusiva deste lançamento, com os mesmos tons do disco. Para coleccionadores.

O alinhamento completo é o seguinte:
  1. L'Assassin
  2. One Flesh
  3. Der Brandtaucher (Stringed Version)
  4. Der Erscheinungen Flucht (Stringed Version)

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

[ANÁLISE] Oniric - "Cabaret Syndom" [CD - 2009]

ONIRIC

Cabaret Syndrom [CD]
Caustic Records

Há certos movimentos estilísticos que, por alguma razão, parecem centrados em determinada geografia. É o caso dos ambientes fumarentos dos cabaret noir, onde musicalidade apocalíptica e decadente grassa no ar e onde chapéus de feltro, coletes e lantejoulas parecem estar em casa - basta ver o número de colectivos que são oriundos de Itália a praticar esta sonoridade que começamos a perceber alguma relação causa-efeito.

No caso dos Oniric, "Cabaret Syndrom" é o seu disco de estreia, e como é normal nestes casos as influências são mais vincadas. Começa logo no nome do disco, onde pouca margem fica para dúvidas sobre as intenções do colectivo Romano. Continua ao ouvirmos as 9 faixas que o compõem, em que mais do que um piscar de olhos é dado aos Spiritual Front, nomeadamente nas ambiências criadas e na forma como a guitarra é manuseada.

Mas há aqui qualquer coisa mais do que simples repetição de ideias. Quando os Oniric dão azo ao seu esplendor, como em "Un Gris Bord", temos realmente qualquer coisa especial em mãos - composições envolventes, com particular destaque para uma percussão bem conseguida e para a variedade de elementos sonoros. Há aqui também algo de circense, a aludir aos ambientes nómadas em que é a música que conta as histórias, sem nunca perder de vista uma decadência que nada tem de negativo. Pensemos antes nela como a memória de um tempo passado, e uma viagem a um período da História em que a vida parecia mais simples, mas talvez mais trágica.

Todos os elementos contados, é uma estreia promissora. Não é um disco que vai revolucionar o mundo, mas não será porventura também essa a intenção dos Oniric. Antes a de nos envolver numa baforada de fumo, de luzes encarnadas e de música bem tocada, que nos faça sentir tão perto possível de nos sentarmos num cabaret, sem sairmos do sofá. Recomendado a todos os apreciadores do estilo - musical e não só.

Lurker

domingo, 22 de novembro de 2009

[NOTICIA] Um tributo devido às lojas de música

Muito antes da Internet e das encomendas on-line, as lojas de música eram os centros de paragem obrigatória para quem queria conhecer as novidades, saber o que ia acontecendo no mundo da música ou apenas conversar um pouco sobre os seus discos preferidos. Pessoalmente, lojas como a Halloween, Tubitek, Bimotor, Carbono ou Piranha são memórias guardadas com carinho, e algumas das quais (as que ainda existem) continuam a ser locais que visito regularmente.

Precisamente para combater a tendência das lojas de música acabarem, devido à crescente falta de clientes, Steven Stapleton lança agora "Paranoia In Hi-Fi" com os seus Nurse With Wound, apenas disponível nas lojas físicas e não por encomenda on-line. Adicionalmente, o disco terá um preço mais baixo do que o habitual, para promover a visita a esses locais de culto que tantas alegrias e descobertas nos têm proporcionado ao longo dos anos.

Este disco compila cerca de 30 anos de gravações dos Nurse With Wound num único CD, apelando a quem os acompanha e a quem os quer descobrir. Percorrendo as várias mutações a que o projecto foi sujeito ao longo dos anos, incluindo um total desinteresse por estilos musicais ou modas da época, os NWW são um bastião do experimentalismo e talvez um dos últimos projectos verdadeiramente destinados a empurrar os limites da música como a conhecemos. Seja de que forma for, é um disco que vale a pena conhecer - quanto mais não seja para nos "obrigar" a regressar à loja de discos mais próxima.

sábado, 21 de novembro de 2009

[NOTICIA] Dark Ambient à maneira dos Atrium Carceri

Este "Phrenitis" é já o sexto disco de originais dos Atrium Carceri, continuando a espalhar a mensagem que Simon Heath criou em 2003 com a sua estreia, mantendo a Cold Meat Industry como veículo para essa disseminação.

Este disco leva o ouvinte a um local estranho onde as fronteiras entre mundos são abolidas, com um cenário desolador de cidades destruídas por guerras passadas como pano de fundo. Este cenário pós-apocalíptico sempre foi a principal fonte de inspiração de Simon, sendo que o Dark Ambient que nos continua (e muito bem!) a proporcionar é do melhor que ouvimos deste lado do purgatório.

Para aqueles que não se deixam abater pela inevitabilidade, o alinhamento deste disco é o seguinte:
  1. Faces of war
  2. Inside the City
  3. Surfacing
  4. Hypnosis
  5. Floating
  6. Eraser
  7. At the end of time
  8. Time Freeze
  9. The Circle of 12
  10. Through the Loop
  11. The Way Back
  12. Sub Surface
  13. Reunion
  14. Resistance

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

[ANÁLISE] Neun Welten - "Destrunken" [CD - 2009]

NEUN WELTEN
Destrunken [CD]
Auerbach Tonträger / Prophecy

Os Neun Welten são os percurssores de uma sonoridade que sempre caracterizou o catálogo da Prophecy, que teve provavelmente nos Empyrium o seu expoente mais alto. Depois de um disco de estreia bem conseguido em 2006, "Destrunken" é uma incursão num mundo de fantasia muito particular - como se pode ver pelo nome do disco, um termo imaginário cunhado pela banda para descrever uma série de emoções.

E emoção é o principal classificador de "Destrunken". Fortemente enraízado no Folk mais tradicional, este disco incorpora nas suas composições uma série de instrumentos acústicos que induzem uma forte melancolia. Sons naturais que se vão entrelaçando, criando músicas em que a guitarra acústica assume papel principal mas onde cabem também ocasionais vocalizações etéreas, violinos e flautas. Numa sonoridade característica como esta a fluidez da composição assume um papel principal para manter o interesse do ouvinte, mas este é o calcanhar de Aquiles dos Neun Welten.

Após repetidas audições, há poucos elementos que ficam marcados no nosso subsconsciente. As composições tendem a confundir-se umas com as outras, com menor variedade do que seria desejável, sem verdadeiros momentos marcantes. É certo que há pormenores que se vão descobrindo e que vão introduzindo frescura ao disco, mas "Destrunken" não ficará para a posteridade como um marco neste tipo de sonoridade. Não há nada particularmente errado com ele, mas falta-lhe uma centelha de génio que o ajude a demarcar das outras propostas no género. No entanto, trata-se de uma audição agradável que esperamos consiga servir como ponte para os Neun Welten nos trazerem algo verdadeiramente excepcional com o seu próximo trabalho.

Lurker

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

[NOTICIA] A diva regressa

É difícil não se ser tendencioso quando estamos perante uma das melhores vozes femininas que tivemos o prazer de ouvir. Anneke van Giersbergen está de volta com o seu actual projecto Agua de Annique para apresentar "In Your Room", o mais recente trabalho.

A principal diferença, que se vê imediatamente no título, é que se trata de um trabalho muito mais pessoal. Anneke escreveu quase a totalidade das músicas do disco sozinha (10 em 12), tendo ainda participado na composição de uma das outras duas (curiosamente, com Devin Townsend, o verdadeiro mestre-dos-sete-ofícios).

Segundo as palavras da própria, o resultado é um disco transparente, positivo, pop-rock alternativo com a habitual melancolia. Seja de que forma for, qualquer pretexto é bom para voltarmos a ouvir a sua voz.

O alinhamento do disco é o seguinte:
  1. Pearly
  2. Hey Okay!
  3. I Want
  4. Wonder
  5. The World
  6. Sunny Side Up
  7. Physical
  8. Home Again
  9. Wide Open
  10. Longest Day
  11. Just Fine
  12. Adore

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

[NOTICIA] Novo disco de Raison D'Être

"The Stains Of The Embodied Sacrifice" - é este o nome do novo disco de Peter Andersson sob a designação Raison D'Être. Como o próprio nome indica, este não é um disco prazenteiro, fácil ou sujeito a uma audição casual.

Pelo contrário, é um disco intenso, vibrante, agressivo e por vezes opressivo, como uma entidade viva que ataca os nossos sentidos auditivos com uma força tremenda, que nos faz recear pela nossa saúde (pelo menos mental), mas de onde saímos mais fortes depois de uma audição completa... apenas para a iniciarmos novamente, numa viagem de montanha russa que nunca sabemos como vai acabar.

Não é certamente para todos, mas todos os que conhecem o trabalho de Peter Andersson em Raison D'Être vão certamente encontrar familiaridades e pontos de identificação, mesmo que este seja um dos seus trabalhos mais abrasivos. A bela concepção gráfica vem alojada num digipack de 6 painéis, com muito bom gosto como é típico em lançamentos com a chancela Cold Meat Industry.

O alinhamento completo é o seguinte:
  1. If It Bears Thorns Its End Is To Be Burned
  2. Withstand The Fire
  3. The Spirit Will Not Share The Guilt
  4. Desecrated By The Blood
  5. Purified With Fire
  6. Without The Shedding There Is No Forgiveness
  7. Death In The Body But Made Allive By The Spirit
  8. The Temple Is Eternal Sacred

terça-feira, 17 de novembro de 2009

[NOTICIA] Regresso de uma jóia

Lisa Gerrard deixou para sempre o seu marco na história da música, mas a sua carreira não terminou com o fim dos Dead Can Dance. Quer prosseguindo uma carreira a solo, quer colaborando com outros artistas de renome, quer criando bandas-sonoras para filmes e outros projectos semelhantes, continua a deixar um legado que é impossível de ser olvidado.

Legado esse que será enriquecido com o lançamento do seu novo trabalho em nome próprio. "The Black Opal" está já disponível no novo site de Lisa Gerrard para download, incluindo uma versão alargada que inclui para além da música propriamente dita o trabalho gráfico, poemas, faixas extra e um vídeo.

Nada radicamente diferente do que nos tem habituado, mas o que vem das mãos desta senhora é sempre trabalho da mais alta qualidade, e portanto podemos esperar um bom disco para nos acompanhar nos próximos tempos. Não é o puro génio de DCD, mas anda lá perto...

O alinhamento completo é o seguinte:
  1. Red Horizon
  2. The Messenger
  3. Tell It From The Mountain
  4. In Search Of Lost Innocence
  5. The Crossing
  6. Redemption
  7. The Serpent & The Dove
  8. Black Forest
  9. All Along The Watchtower
  10. Solace
  11. The Maharaja
  12. Sleep

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

[ANÁLISE] Der Blaue Reiter - "Nuclear Sun" [CD - 2009]

DER BLAUE REITER
Nuclear Sun - Chronicle Of A Nuclear Disaster [CD]
Ars Musica Diffundere

Os Der Blaue Reiter são um dos colectivos mais interessantes que emergiram do país vizinho. Não sendo particularemente reconhecida por ser profícua, a cena Espanhola é no entanto capaz de produzir algumas pérolas de quando em vez, e os Der Blaue Reiter podem perfeitamente enquadrar-se nessa categoria.

À semalhança dos seus anteriores registos, este seu mais recente trabalho é também um disco conceptual. Desta feita, o conceito revolve em redor do desastre de Chernobyl, tendo o duo Sathorys Elenorth e Lady Nott sido capaz de recriar sonoramente as paisagens desoladas e pós-apocalípticas que seriam de esperar depois de um incidente tão grave. Com uma introdução que nos coloca no estado de espírito certo, o restante disco está dividido em três partes cobrindo o desastre, o período imediatamente a seguir e o difícil futuro de quem o viveu em primeira mão.

Os Der Blaue Reiter habituaram-nos no passado a uma sonoridade marcadamente Industrial, mas têm vindo a incorporar nas suas composições elementos Neoclássicos ou mesmo Neofolk. Neste disco a componente ambiental tem particular destaque, como seria de prever num conceito como este, com vocalizações etéreas e esporádicas, lembrando o terrível incidente e todas as vidas que se perderam. Elementos marciais como em "Radioactive" funcionam na perfeição, mas infelizmente são pouco aproveitados, sendo dada primazia a sonoridades mais neoclássicas, invocando sentimentos mais depressivos e melancólicos.

Ninguém esperaria um disco totalmente épico e bombástico, mas é onde a capacidade de composição dos Der Blaue Reiter se torna particularmente evidente. De qualquer forma, temos aqui 10 faixas de elevada qualidade que nos farão relembrar uma das tragédias da nossa História com o prazer de apreciarmos um belo disco.

Lurker

domingo, 15 de novembro de 2009

[EVENTO] Próximo fds é no Porto

Ainda a recuperar de um fds em Sintra, o próximo local de paragem é no Porto, no próximo dia 21, no Maus Hábitos. Teremos a presença dos Bal Onirique, com uma performance alusiva ao Outuno do Corpo, com a primeira parte a cargo do projecto Osga.

Nada melhor do que deixar os próprios apresentarem o que poderão presenciar no próximo Sábado:

Os BAL ONIRIQUE formaram-se em meados de 2005 no Porto. O projecto é composto por P.A na voz, David T. R. na guitarra, Francisco no baixo e Alberto na bateria. Para este concerto o line up contará com a presença de David Reis (outrora elemento dos Trauma e Phantom Vision e actualmente frontman dos In Tempus) na guitarra e nas teclas.

Herdeiros do Goth da velha urbe, os BAL ONIRIQUE terão como imagem na sua actuação uma viagem entre o sagrado e o profano, um misto fragmentário de ódios, amores profundos, paixões e erotismo, loucura, obsessão e morte, influenciados por momentos e reflexos aqui e ali pintados com paleta simbólica fin de siècle e reminiscências orientalistas.

A primeira parte da actuação estará a cargo de OSGA (outrora músico dos Capela das Almas e que presentemente integra distintos projectos: Mu, Bailebúrdia, Karrossel) e que irá apresentar um discurso performativo e musical (concerto de didgeridoo) intitulado: "para ver o arco-íris é preciso ficar à chuva?".

A noite apresentará ainda um DJ Gothic Set constituído por Lena Kat (LX), Francis Cole (AVR) e Luiz Soncini (POR) e que reunirão as tendências respeitantes ao género.

sábado, 14 de novembro de 2009

[EVENTO] Concerto logo à noite em Sintra

Logo à noite temos a presença do Duo Noir ( Tony Wakeford e Andrew King) na Casa de Teatro em Sintra, por isso planeiem uma viagem à mística vila para ouvir música de qualidade superior. Vemo-nos por lá, mais logo.


sexta-feira, 13 de novembro de 2009

[NOTICIA] Sem cabeça, ou talvez não

Os L'Acéphale começaram por ser um projecto de Set Sothis Nox La, criado para recriar as ideias e motivações do jornal filosófico com o mesmo nome, depois de uma sessão intensa de audição de alguns dos melhores projectos quer no mundo do Metal, ou Black Metal para ser mais exacto, e Folk, ou NeoFolk Marcial para ser mais exacto.

Um caldeirão de ideias interessantes ao qual se juntaram mais tarde vários artistas convidados, entre os quais Markus Wolff (dos Waldteufel, entre outros), para criar este novo "Stahlhartes Gehäuse" que nos chega pela mão da Parasitic Records.

Quatro longas composições (a mais curta da qual está acima dos 12 minutos de duração) introduzem uma sonoridade alicerçada algures no Black Metal vanguardista, misturando elementos de Folk tradicional, Dark Ambient marcial, Paganismo e Etnologia, para criar um lançamento que nos desafia mas que se torna bastante recompensador depois de várias audições.

"Stahlhartes Gehäuse" walks the kindred path with the co-conspirators that lead the Live Actions front of L’Acéphale. This release follows more directly the path illuminated by Black Metal with the aligning stars of Traditional Folk, Martial Dark Ambience, Pagan Black Metal and Audio Ethnology. No less than 9 artists participated in this release, including Markus Wolff (Waldteufel, Blood Axis, Crash Worship etc). Ltd x 1000 copies in a 6-panel digipak with 24-page booklet.

Limitado a 1000 cópias, este lançamento está disponível num digipack de 6 painéis incluindo um livreto de 24 páginas, e apresenta o seguinte alinhamento:
  1. Stahlhartes Gehäuse
  2. Psalm Of Misery
  3. Perdition
  4. The Book Of Lies - Seventh Gate

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

[NOTICIA] Tributo a Kenneth Grant

Ulex Xane presta um tributo a Kenneth Grant com este novo projecto entitulado Aossic S'lba. "PanAeonic Glyphs" surge com a chancela Old Europa Cafe para nos apresentar um mundo muito particular pela visão do seu criador.

Uma sonoridade esotérica, um Dark Ambient focado, obscuro e intensamente ritualista é o que podemos encontrar neste trabalho, que remove todas as influências mais agressivas dos lançamentos anteriores de Ulex para se lançar numa viagem que Grant percorreu com Aleister Crowley nos últimos anos da sua vida.

O alinhamento completo é seguinte:
  1. Atavistic Resurgence
  2. All the Aire behind Him is Gold
  3. Liber Pennae Praenumbra
  4. Babalon - a Bliss Evocation
  5. Voids of Vith

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

[ANÁLISE] ASP - "Wer Sonst? / Im Märchenland" [CD - 2009]

ASP
Wer Sonst? / Im Märchenland
[CD]
Trisol


Os ASP são um daqueles colectivos incontornáveis para quem aprecia sonoridades mais electrónicas, já que têm vindo a inundar as pistas de dança de todo o mundo com trabalhos notáveis uns atrás dos outros. É impressionante a regularidade qualitativa que o colectivo de Frankfurt nos tem vindo a habituar, sempre pautado com uma grande aposta também a nível estético e um cuidado acima do normal em proporcionar aos seus fãs a melhor experiência possível em cada lançamento.

Com mais de 10 anos de carreira, desta feita apresentam-nos um novo single em que as duas faixas que lhe dão nome estão em destaque. "Wer Sonst?" é uma daquelas músicas que nos vai colocar a mexer, com um ritmo compassado e muito bem construída. A participação especial de Micha Rhein (dos In Extremo) dá-lhe um sabor especial, com o seu timbre tão particular a contrastar perfeitamente com a voz de Alexander-Frank Spreng, e um refrão que nos fica na cabeça. Já "Im Märchenland" é uma música bastante diferente, mais introspectiva e menos efusiva, em que o destaque vai para a sonoridade característica que os ASP nos têm vindo a apresentar, mais focada na voz e no trabalho de teclados, muito bem complementados com a guitarra e a percussão. Duas vertentes diferentes da mesma (valiosa) moeda.

Claro que um lançamento de ASP não podia ficar apenas por aqui. Temos também duas versões de músicas de Trio e The Cult (principal destaque para "Rain" - porque é que não se fazem mais músicas assim?), a versão original de "Wer Sonst?" (como é apanágio de qualquer single, com a particularidade que a versão que dá nome a este trabalho é ainda melhor que a original) e duas interpretações das faixas principais por parte dos Project Pitchfork e Clan Of Xymox - não são particularmente brilhantes, mas também não caem na falácia dos remixes feitos em cima do joelho com que muitas vezes somos deparados. Cumprem a sua função e nada mais.

Como se ainda não fosse suficiente, a versão "normal" do lançamento é complementada com um vídeo, num digipack de 6 painéis com um livreto de 12 páginas e duas capas, uma para cada uma das faixas principais. E se ainda for pouco, podem contar com uma versão especial incluindo um livro de banda-desenhada criada especialmente para este lançamento, numa visão peculiar do mundo especial dos APS. É este cuidado e qualidade que os distinguem de todos os seus pares e os colocam na vanguarda de um estilo definido pelos próprios como Gothic Novel Rock. Seja lá o que for, é bom!

Lurker

terça-feira, 10 de novembro de 2009

[NOTICIA] Novo lançamento da Equilibrium Music

Depois de algum tempo com pouca actividade no que diz respeito a edições, a nacional Equilibrium Music tem preparado um novo vinil 10'' repartido entre os Arditi e os estreantes Signa Inferre.

"Statues Of Gods" é a parte dos Arditi neste lançamento, que os vê incorporar as antigas tradições Nórdicas na sua sonoridade militarista. Um decréscimo na capacidade bélica, introduzindo elementos folk e composições mid-tempo, mas sem perder uma pitada da intensidade que os suecos colocam nos seus trabalhos.

Já os Signa Inferre assinam com "Invictis Victi Victuri" a sua estreia discográfica, apresentando a sua sonoridade Neoclássica / Marcial Industrial. Composições fluídas e épicas é o que nos prometem, deixando antecipar uma estreia em grande para o colectivo germânico.

Este lançamento estará disponível em 3 versões:
  • Vinil preto, com capa a prateado sobre preto, limitada a 300 cópias;
  • Vinil cinzento, com capa a prateado sobre verde, limitada a 150 cópias;
  • Uma edição de colecionador, incluindo a versão em vinil cinzento e duas t-shirts, limitada a 50 cópias.
Para qualquer uma das edições, o alinhamento é o seguinte:
  1. Arditi - Introit
  2. Arditi - Statues of Gods
  3. Arditi - Baragi
  4. Signa Inferre - Into the Realm of Hades
  5. Signa Inferre - Resist or Serve
  6. Signa Inferre - Deconstructo Creativae

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

[NOTICIA] Uma luz ao fundo do túnel

Os Subaudition não são propriamente o colectivo mais conhecido oriundo da Finlândia, tendo sido criados em 2003 e editado o seu disco de estreia em 2006. Mas é com este "Light On The Path", recentemente editado pela Prophecy Productions, que prometem colocar-se no mapa.

A criação deste disco durou quase 4 anos, sendo notório o esforço pelo duo por detrás dos Subaudition na sua criação. O que podemos aqui encontrar é uma sonoridade essencialmente acústica, alicerçada nas cordas e tremendamente emotiva, combinando composições simples e etéreas com uma intensidade fora do normal para nos trazerem um disco bastante interessante.

O que é algo estranho é a inspiração do disco ter vindo do lendário compositor Estónio Arvo Pärt, mas qualquer fonte de inspiração é boa se criar este tipo de resultado. Albergado num elegante digipack, este é um disco que merece a nossa atenção.

O alinhamento completo é o seguinte:
  1. Alms Of The Sun
  2. Sínne
  3. Now That We've Spent All The Light
  4. Feathers Fall
  5. The Soul Unto Aether
  6. Human Abstract
  7. Wall Of Water

domingo, 8 de novembro de 2009

[ENTREVISTA] The Joy Of Nature

UM CÍRCULO DE INSPIRAÇÃO SEM FIM

Os Joy Of Nature são um dos melhores representantes nacionais de uma sonoridade que podemos traçar algures entre o Folk e o Psicadélico. Em 2008 deu-se início a uma trilogia, que este ano vê o segundo capítulo sair para os escaparates. Mais do que bons motivos para falarmos com Luís Couto, mentor do projecto e um músico com inspiração aparentemente sem limites.

Antes de mais, uma pergunta obrigatória: qual é a sensação depois de teres finalmente o novo disco cá fora?

Este foi o disco que, até agora, mais tempo me tomou. Além disso, foi de concepção muito difícil e uma série de problemas, a vários níveis, marcaram o processo. A sensação é apenas de finalmente tê-lo concretizado.

Agora que vês o trabalho final editado, corresponde às tuas expectativas?

É muito difícil, senão mesmo impossível, que o trabalho concluído corresponda ao que foi idealizado. Mas não está assim tão longe do que foi primeiramente pensado, apesar de ter tomado direcções inicialmente não previstas.

Regressando um pouco atrás, porquê o conceito desta trilogia? O que pretendes transmitir com os 3 discos de “The Empty Circle”?

O que está no centro desta trilogia é o círculo vazio, símbolo e imagem muito poderosa. A concepção de ilusão que surge em diversos textos hindus e que foi perpetuada com o budismo sempre foi a que desde criança tive, antes sequer de saber que religiões existiriam no extremo-oriente. O círculo vazio é símbolo do incondicionado, que é também o estado de iluminação, atingido por muito poucos.

No entanto, esta trilogia é como uma observação das ilusões a partir da própria ilusão. A primeira parte é um olhar sobre os acontecimentos que constituem uma vida, comparando-os a um guião de uma peça de teatro. A segunda é sobre a herança dos nossos ancestrais e da necessidade de não se perder a tradição, de mantê-la viva. A terceira é sobre a impermanência de tudo na vida.

A forma como tudo isto se encaixa e conjuga é algo que a música, mais do que palavras, saberá transmitir.

Este disco marca também uma inflexão na corrente anglo-saxónica que tens vindo a seguir, apresentando um subtítulo em Português, assim como o nome das faixas. Porque achaste que nesta altura tinhas que seguir um caminho escrito na nossa língua?

Acima de tudo, o conceito do disco assim o exigia. Sendo um disco com um tema relacionado com a herança dos nossos ancestrais, não fazia sentido fazê-lo noutra língua, apesar de assim se tornar menos compreensível para uma boa parte do seu público. Em The Joy of Nature, no entanto, vários línguas têm aparecido além do inglês e português: sânscrito, alemão, latim. E isto acontece porque determinadas línguas expressam melhor determinadas coisas.

Existe um conceito inerente a este trabalho, a nível sonoro ou lírico? Podes explicar-nos um pouco mais sobre esse conceito?

Há mais a sentir do que a explicar. Quem ouvir as músicas e percorrer o booklet do CD terá a sua percepção do trabalho.

Fala-nos um pouco sobre as músicas que fazem parte deste trabalho – como foi o processo de composição? Já tinhas as ideias alinhadas desde o disco anterior, ou foi um disco que se foi escrevendo a si próprio?

Os temas para os 3 discos da trilogia começaram a ser compostos e gravados na mesma altura e foram sendo divididos pelos diferentes discos à medida que iam ganhando forma e que o conceito de cada parte da trilogia se ia tornando mais claro. Houve alturas em que houve uma concentração numa parte específica da trilogia. Com o tempo, o alinhamento dos discos foi mudando. Este disco foi inicialmente pensado como a primeira parte da trilogia, mas os trabalhos vão enriquecendo e, por vezes, alteram-se as suas formas.

Escolheste também 3 faixas tradicionais para versões neste disco. Porquê a escolha destas 3 faixas em particular?

"Tanchão" é um tradicional açoriano cuja letra (desta versão, porque há imensas variantes do tema) sempre me causou uma forte impressão. "Ó Menino Ó" foi uma canção que me mostraram em 2006 e que imediatamente me atraiu; algumas canções de adormecer, como esta, têm letras com enigmas simples e extremamente interessantes. A "Senhora do Almortão" surgiu por causa da letra, mas também pelas impressões recolhidas in loco em aldeias pouco conhecidas da Beira Baixa. As três contêm elementos tradicionais muito importantes e essa é a principal razão para a sua inclusão.

A nossa tradição e folclore ancestrais são uma grande fonte de inspiração para ti?

SIm, mas considerando o folclore como fonte de elementos tradicionais.

A tradição é uma só, apesar de se revestir de formas diferentes para cada povo. A tradição de um povo adequa-se às suas condições próprias de existência e permite uma compreensão da sua própria condição, por menos visível que se tenha tornado.

Podemos dizer que são uma das inspirações por detrás deste trabalho? Quais são as outras?

Sim, sem dúvida que foram e, durante o tempo da sua realização, foram feitas várias recolhas etnográficas, sonoras e visuais. Algumas foram usadas no trabalho final. Fora isso, tudo aquilo que vai acontecendo na vida de um indivíduo, tudo aquilo que ele vai absorvendo – filmes, livros, discos – podem inspirar, mesmo que de forma indirecta.

Lembras-te ainda das razões que te levaram a criar música? Qual foi a faísca que acendeu essa chama que arde vigorosamente até hoje?

Com 11 ou 12 anos de idade, pouco depois de ter começado a tocar orgão, comecei a compôr os primeiros rascunhos: muito rapidamente me fartei de de tocar músicas de outros. Daí até compôr e gravar temas com princípio, meio e fim foi um processo longo.

Há vezes em que me interrogo sobre o que terá acendido essa faísca. A música, desde muito cedo, tem sido algo muito importante na minha vida, seja como ouvinte ou como criador.

O facto de seres Açoriano tem alguma relevância na música que crias? Usas a beleza natural do que te rodeia como fonte de inspiração, ou criarias a mesma música em qualquer outro local?

A paisagem das ilhas açorianas é recente e fruto de cataclismos naturais, o que sublinha o carácter transitório, não só da beleza, como de todas as coisas. É difícil disassociar a beleza natural das ilhas das destruições a que ela deram lugar. A beleza tem a sua origem no desequilíbrio.

A ilha acaba por ser uma parte de mim que levo para qualquer lado. Os três discos desta trilogia foram compostos e gravados tanto na ilha de São Miguel como em Leiria.

Regressando novamente a este novo disco, recorreste a algumas colaborações de artistas convidados. Foi uma questão de necessidade ou de vontade? E porquê estas pessoas em particular?

Foi uma questão de vontade e de se proporcionar. Foram convidadas pessoas que eu sabia que iriam adicionar algo ao disco. Só faz sentido ter convidados que acrescentem algo ao trabalho.

Uma das participações que despertou a minha atenção foi a de membros de Sangre Cavallum. Reconheces alguma afinidade entre ambos os projectos?

Existem algumas afinidades entre ambos os projectos. De contrário, não teria sido possível esta colaboração. Mas apesar das afinidades, são projectos conceptualmente bastante diferentes.

Que outros projectos a nível nacional te despertam interesse? Podemos falar de um movimento Folk nacional em ascensão?

Oiço mais recolhas etnográficas do que propriamente projectos Folk nacionais. Gosto bastante do que os Gaiteiros de Lisboa têm feito, mas já é um projecto com algum tempo.

Não faço mesmo ideia se haverá sequer um movimento Folk nacional.

Reparei também que fazes questão em não limitar Joy Of Nature ao mundo Folk, o que é também notório na tua música. Achas que essa etiqueta seria limitativa em relação à música que fazes?

Sim, seria limitativa, porque apesar de a Folk marcar frequentemente a sua presença, há uma estrutura e uma forma de compor mais próxima do psicadélico; várias vezes também aparece o interesse por música medieval e clássica; e não é também de menosprezar a influência que o que ouvímos na adolescência ainda exerce sobre nós, mesmo que de forma inadvertida.

Com o primeiro volume desta série iniciaste uma colaboração com a Ahnstern, uma das principais editoras deste estilo – estás satisfeito com o trabalho deles até ao momento?

A relação com as editoras é algo de que não falo publicamente. É algo do âmbito privado.

Até onde queres chegar com este disco? Algum objectivo particular que queiras concretizar?

O objectivo é sempre despertar qualquer coisa nas outras pessoas, mesmo sabendo que diferentes pessoas o sentirão à sua maneira. Este disco não é excepção.

Fazes música para ti ou para ser ouvida por outros?

Se fizesse música apenas para mim, não me daria ao trabalho de passar várias horas a misturar os temas ou a masterizá-los. Nem sequer faria sentido editar discos...

És também um compositor extremamente profícuo, para além de Joy Of Nature – Teatro Grotesco, Aquarelle, Moving Coil, Post Crash High são alguns dos teus projectos paralelos. Podes falar-nos um pouco sobre eles?

aquarelle é uma evolução de Moving Coil. Foram dois projectos que existiram principalmente entre 1999 e 2004, muito mais direccionados para sons "independentes", sendo também mais introspectivos e intimistas. Fez sentido fazer uma compilação destes dois projectos este ano porque muitos temas tiveram os arranjos alterados; foi possível este ano aproximar-me mais do que queria fazer na altura e sempre ficou a sensação de que tinha ficado algo por fazer.

Post Crash High surgiu em 2005 e continua como Teatro Grotesco. Em termos sonoros são principalmente usados instrumentos eléctricos e electrónicos, o que faz todo o sentido porque são um olhar para fora, para uma civilização que agoniza.

Porquê a necessidade de tantos projectos paralelos? Há assim tanta música a fluir na tua cabeça ao mesmo tempo, ou são reflexo de um determinado contexto / período temporal?

Cada projecto tem a sua própria identidade, o seu próprio conceito. Com o tempo, alguns deixam de fazer sentido. Outros simplesmente mudam, nem que seja de nome. Agora é tempo de não utilizar tantas máscaras.

Só este ano tiveste um volume de lançamentos notável – como consegues ter uma proficuidade de trabalho tão alta?

Sacrificando outras vertentes da vida. Também é preciso notar que há anos em que se compõe e grava muito, mas não se chega a terminar nenhum trabalho (caso de 2007) ou se termina pouca coisa (como foi em 2006). E há depois anos em que nos vemos com uma série de discos prontos, como foi este.

Uma pergunta provocatória: se só pudesses salvar um título de todos os que lançaste até ao momento, qual seria?

É uma daquelas questões que não tem resposta, porque a cada disco estão associadas memórias pessoais. Mas a escolha recaíria sobre um dos trabalhos mais recentes.

Continuam todos estes projectos activos, ou alguns são já capítulos encerrados?

Post Crash High e Moving Coil são projectos encerrados. aquarelle, em princípio, é também um projecto encerrado. Há coisas que, eventualmente, poderia voltar a assinar como aquarelle, mas a dispersão por muitos projectos diferentes traz uma série de inconvenientes. Parece-me preferível concentrar o trabalho a solo apenas em dois projectos: The Joy of Nature e Teatro Grotesco, mesmo arriscando algum ecletismo.

Que outros lançamentos estás já a preparar, dos quais nos possas adiantar algo?

A terceira parte da trilogia "The Empty Circle" está praticamente pronta: faltam as misturas finais e a masterização, mas como o disco só deverá ser lançado daqui a um ano, é muito possível que venham a ocorrer outras modificações. É novamente um disco com alguns convidados, desta vez estrangeiros, que muito contribuíram para o disco.

Há também outros dois discos de The Joy of Nature a serem preparados, mas não muito adiantados. Num deles estão a ser concretizadas algumas ideias antigas, como misturar música e declamação de poesia.

Também há vários temas inéditos de Teatro Grotesco prontos.

Tudo isto terá o seu tempo de sair, seja daqui a um, dois ou três anos.

Claro que um dos mais aguardados será a conclusão da trilogia “The Empty Circle” – já tem data de lançamento marcada? E quanto ao conceito, podes adiantar-nos algo?

Ainda não há data de lançamento marcada para a última parte da trilogia, mas o seu lançamento só deverá ocorrer a partir do segundo semestre do próximo ano. É um disco sobre a impermanência, mais oriental que os dois anteriores.

Pesem todos os lançamentos, actuações ao vivo é algo de que nunca ouvi falar – faz parte do teu plano levar este novo disco para o palco?

Não me vejo tanto como intérprete, mas mais como compositor, daí que as actuações ao vivo não tenham sido até agora uma prioridade. Também há dificuldades de várias ordens para levar The Joy of Nature ao vivo com a qualidade desejada. Ainda assim, é bastante possível que The Joy of Nature venha a actuar ao vivo no próximo ano.

Quais seriam para ti os parceiros perfeitos para um concerto de Joy Of Nature? Com quem gostarias de partilhar um palco?

Há uma série de artistas com quem gostaria de partilhar um palco e destacar uns poucos seria injusto para os outros.

Mudaste recentemente o logótipo de Joy Of Nature, para o símbolo hermético do sol – porquê esta mudança? Achas que este novo símbolo representa melhor o que é o projecto actualmente?

Havia um certo mal-estar com o logótipo anterior, devido aos símbolos utilizados. Os símbolos podem operar sobre nós a um nível subtil, mas raramente disso nos apercebemos. E o mesmo símbolo tem vários significados, alguns dos quais não são encontrados em livros. Ao conjugar dois símbolos diferentes há que ter em conta que as relações estabelecidas entre ambos podem revelar-se imprevistas.

A alteração para o símbolo hermético do sol foi quase intuitiva. Era simplesmente o símbolo que fazia sentido, um símbolo de estabilidade.

Qual é para ti o grande objectivo no futuro? Como vês a tua carreira e a tua música daqui a alguns anos?

Não há um grande objectivo para o futuro, nem faz sentido falar da música como uma carreira. A música irá seguir o caminho que fizer sentido.

Lurker

[Websites: http://joyofnature.221design.com/ | http://www.myspace.com/thejoyofnature ]

sábado, 7 de novembro de 2009

[NOTICIA] Um livro que interessa

Bruno Resende é um autor que merece ser conhecido - depois de ter editado "Subterfúgios", chega agora a vez de "Khaos Poeticum", desta vez com a chancela da Temas Originais.

Fiquem com o comunicado oficial, e apareçam!

"O autor, Bruno Miguel Resende e a Temas Originais têm o prazer de o convidar a estar presente na sessão de lançamento do livro “Khaos Poeticum” a ter lugar no Ateneu Comercial do Porto, sito na Rua Passos Manuel, 44, Porto, no próximo dia 14 de Novembro, pelas 16:00. Obra e autor serão apresentados pelo poeta Xavier Zarco e esta sessão contará com a leitura de poemas por Anaas e Tarnaa.

Sinopse: Do caos à consciência do nada, uma viagem em demanda das palavras exactas, num ambiente marcadamente notívago, sempre sob o pensamento nietzscheano."

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

[NOTICIA] Recuperar um pouco de história

Já foi lançado há algum tempo, mas só agora nos deparamos com este "Live @ An Club" por parte dos Antimatter. Como o próprio nome indica, estamos perante o sucessor de "Live @ K13" no que diz respeito a discos ao vivo por parte do projecto de Mick Moss.

Ao longo destas novas 9 faixas temos a possibilidade de apreciar a presença acústica ao vivo de Antimatter, numa mudança em relação ao seu passado capturada para a posteridade.

Temos no alinhamento algumas versões alternativas de clássicos da banda, assim como alguns tributos a referências assumidas, sempre com a ajuda preciosa de Danny Cavanagh com quem partilhou repetidas vezes esses mesmos palcos.

O alinhamento completo deste concerto em disco é o seguinte:
  1. Over Your Shoulder
  2. Black Sun
  3. In Stone
  4. Working Class Hero
  5. Leaving Eden
  6. Hope
  7. Saviour
  8. Legions
  9. The Power Of Love

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

[EVENTO] O fim do mundo aqui tão perto...

O fim do mundo passa perto da Suíça no próximo dia 5 de Dezembro, um Sábado, cortesia da associação Sonorités Obscures.

Ao palco do Citrons Masqués vão subir os Der Blaue Reiter, com a sua mistura de Neoclássico e Industrial, os Der Feuerkreiner, numa toada mais Marcial, e os locais Twilight Angelhood, revertendo para sonoridades Dark Ambient.

Para complementar as actuações dos colectivos em causa teremos a presença dos DJ's Nebel, Krieger e Midgard, e para além dos elementos sonoros, exposições de arte de D. e Nebel.

Tudo conjungado para uma noite intensa com boas bandas e demais motivos de interesse, por isso toca a trocar euros por francos suiços e rumar ao país dos chocolates, canivetes, relógios e boa música.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

[NOTICIA] Uma afirmação imperativa da Polónia

Lukasz Maj regressa com "Imperative", o segundo disco do seu projecto Sect, um trabalho maduro e que representa uma clara evolução desde a estreia em 2007.

Novamente pela mão da Rage In Eden, ao longo das 11 faixas que compõem o trabalho somos expostos a uma sonoridade bombástica, entre o marcial e o industrial, com elementos orquestrais compostos segundo uma linha clássica. Um trabalho mais majestoso e comparável aos nomes grandes do género, que promete colocar o projecto Polaco no mapa.

Apresentado num digipack em 3 painéis, o disco apresenta o seguinte alinhamento:
  1. Imperative
  2. Truth For Masses
  3. Doom
  4. The Wish
  5. After The Sunset Before The Dawn
  6. Grotesque
  7. Phantasmagoria
  8. Dancing With Snakes
  9. Modern Slavery
  10. Dusk II
  11. End Times Prophecy

terça-feira, 3 de novembro de 2009

[NOTICIA] E porque estamos numa de Prophecy

E porque estamos numa de Prophecy Productions, porque não continuar com outro dos lançamentos recentes desta excelente editora? Desta feita trazemo-vos Neun Welten e o seu mais recente trabalho "Destrunken" de seu nome.

Depois de três anos na forja, este disco leva-nos de volta ao mundo natural da Folk, na dicotomia das sombras da floresta e da luz do mundo da música, como este colectivo Germânico tão bem sabe fazer. O nome do disco é uma palavra imaginária, e representa bem o que vai no espírito dos Neun Welten - liberdade criativa, enraízada em composições melancólicas que tanto bebem influências da tradição ancestral pagã como das vertentes mais contemporâneas da Folk.

Há vários colectivos Germânicos que exploram a mesma sonoridade, entre activos e defuntos, mas os Neun Welten distinguem-se dos seus pares pela diversidade estilística que exploram, pela dinâmica que imprimem nas composições, pela míriade de instrumentos a que recorrem, mas acima de tudo pela emoção que conseguem transmitir nas suas músicas. Reflexo do empenho no trabalho é também o excelente trabalho gráfico, cortesia de Fursy Teyssier, que se enquadra perfeitamente no espírito da música.

O alinhamento completo é o seguinte:
  1. Frosthauch
  2. Destrunken I
  3. Destrunken II
  4. Jarknez
  5. Weites End
  6. Ewig Ruh
  7. Dämmerung
  8. Schein
  9. Der stille See
  10. Tau

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

[NOTICIA] França em força

A cena Francesa tem muitos motivos de interesse, o mais recente dos quais este novo lançamento repartido entre Les Discrets e Alcest, pela mão da Prophecy Productions.

Com data de lançamento marcada para o final do mês, este disco estará disponível em duas versões: em vinil 12'', limitada a 500 cópias, e em duplo CD, limitada a 1000 cópias. Esta última versão tem o atractivo adictional de contar com 3 faixas extra em relação à outra versão disponível, exclusivas desta edição.

Quanto ao resto, podemos esperar a mesma sensibilidade emocional e etérea que ambos os projectos conseguem criar, levando-nos para um mundo de fantasia muito próprio através de cada uma das suas sonoridades. Uma aliança bem conseguida, que esperemos que se possa repetir mais vezes.

O alinhamento completo é o seguinte:
  1. Les Discrets - L' Échappée
  2. Les Discrets - Après L' Ombre (exclusiva da versão CD)
  3. Les Discrets - Song For Mountains (demo) (exclusiva da versão CD)
  4. Alcest - Percées De Lumière
  5. Alcest - Circe Poisoning The Sea (exclusiva da versão CD)

domingo, 1 de novembro de 2009

[NOTICIA] Segundo single para Diary Of Dreams

Depois de terem editado "(if)" já este ano, os Diary of Dreams vêm agora surgir pela Accession Records o segundo single desse trabalho, sob a forma de "King Of Nowhere".

Depois de "The Wedding", este novo single apresenta-nos a faixa com o mesmo nome na sua versão álbum, quatro remixes bastante diferentes, o vídeoclip para o tema e ainda uma actuação ao vivo do concerto de Ekaterinburg, na Rússia, no dia 2 de Maio deste ano, novamente com enfoque na faixa em questão. Muitos pontos de vista diferentes para uma das melhores músicas do disco.

O alinhamento completo é o seguinte:
  1. King of Nowhere (Versão Álbum)
  2. King of Nowhere (Desert Mix)
  3. King of Nowhere (Club Mix)
  4. King of Nowhere (Phonecall from Nowhere Mix)
  5. Kingdom of Greed (Lonely Mix)
  6. King of Nowhere (Videoclip)
  7. King of Nowhere (ao vivo em Ekaterinburg, Rússia)