[EVENTO] Festival Entremuralhas - Castelo de Leiria - 28/08/2010
EVENTO: Festival Entremuralhas (Collection D'Arnell Andrea, Ordo Rosarius Equilibrio)
LOCAL: Castelo de Leiria
DATA: 28 de Agosto de 2010, 21:30
Depois de um primeiro dia de emoções fortes, o segundo prometia continuar pelo mesmo caminho. Com um pequeno atraso, os Collection D'Arnell-Andrea subiram ao Palco Alma, um pouco pequeno para todos os elementos do colectivo Francês. Com uma projecção feita por um autêntico cinematógrafo, os Collection D'Arnell-Andrea mostraram a quem ainda não os conhecia uma faceta importante.
Com uma sonoridade algures entre a melancolia do passado (expressa também nas próprias imagens de suporte) e a electrónica do futuro, foram desfilando temas da sua Coldwave característica, entre momentos mais animados e outros mais introspectivos. O elemento preponderante na sua composição é sem dúvida Jean-Christophe, mas na noite de ontem foi o violoncelo de Xavier e a magnífica voz de Chloé que se destacaram.
Aliás, a sua vocalista acabou mesmo por ser um dos pontos altos da noite, com uma excelente prestação, mesmo com alguns problemas a nível técnico no palco. Sempre bem disposta e simpática, mesmo não dominando o Inglês e expressando-se também em Francês, o seu timbre encantou o público que estava no castelo e mostrou que são um dos colectivos que merecem ser acompanhados com mais atenção. Uma excelente estreia no nosso país.
Mas a grande expectativa da noite estava centrada nos Ordo Rosarius Equilibrio. Muitos tinham-se deslocado a Leiria para ver Tomas Pettersson e o colectivo que o acompanha, e após as duas primeiras músicas temeu-se o pior. O espírito não estava lá, uma prestação algo sofrível, algumas dificuldades a nível técnico (os samples que tinham escolhido para fornecerem a base à sonoridade não estavam a funcionar na perfeição) e, acima de tudo, sem alma no palco que tinha esse nome, começou a instalar-se uma aura de desastre iminente.
Mas quem tem discos do calibre de "ONANI" ou "Satyriasis" tem a vida mais facilitada, e com a entrada de alguns dos melhores temas dos ORE a coisa foi ganhando ritmo e melhorando progressivamente. Foi uma actuação em crescendo, que culminou com algumas das melhores músicas que os ORE criaram na sua carreira, tendo "Three Is An Orgy, Four Is Forever" (talvez a sua melhor composição até ao momento, no que é sem dúvida o seu melhor disco) fechado a actuação com chave de ouro e proporcionado a todos os presentes o melhor momento da noite.
No entanto, torna-se claro que este não foi o melhor concerto que os ORE nos podiam ter dado, o que é uma pena dado que já se passaram 10 anos desde que estiveram no nosso país pela última vez. Ficam os melhores momentos, mas a falta de espírito (apenas eliminada na recta final) criou uma mácula na actuação que não devia existir. Seja como for, os ORE têm tantas boas músicas que o saldo final continua a ser positivo. Mas espera-se sempre um bocado mais de quem toca recorrentemente no patamar da genialidade.
Para acabar a noite, os Covenant subiram ao Palco Corpo, e duas músicas depois era claro que o momentum não estava com os Suecos. Era portanto hora para mais uns dedos de conversa e umas bebidas com os amigos, antes de rumar a casa e encerrar o que foi um excelente festival a todos os níveis. A Fade In está de parabéns, e esperamos que no próximo ano a experiência se possa repetir para gáudio de todos.
P.S.: Fotos cortesia do Fade In.
DATA: 28 de Agosto de 2010, 21:30
Depois de um primeiro dia de emoções fortes, o segundo prometia continuar pelo mesmo caminho. Com um pequeno atraso, os Collection D'Arnell-Andrea subiram ao Palco Alma, um pouco pequeno para todos os elementos do colectivo Francês. Com uma projecção feita por um autêntico cinematógrafo, os Collection D'Arnell-Andrea mostraram a quem ainda não os conhecia uma faceta importante.
Com uma sonoridade algures entre a melancolia do passado (expressa também nas próprias imagens de suporte) e a electrónica do futuro, foram desfilando temas da sua Coldwave característica, entre momentos mais animados e outros mais introspectivos. O elemento preponderante na sua composição é sem dúvida Jean-Christophe, mas na noite de ontem foi o violoncelo de Xavier e a magnífica voz de Chloé que se destacaram.
Aliás, a sua vocalista acabou mesmo por ser um dos pontos altos da noite, com uma excelente prestação, mesmo com alguns problemas a nível técnico no palco. Sempre bem disposta e simpática, mesmo não dominando o Inglês e expressando-se também em Francês, o seu timbre encantou o público que estava no castelo e mostrou que são um dos colectivos que merecem ser acompanhados com mais atenção. Uma excelente estreia no nosso país.
Mas a grande expectativa da noite estava centrada nos Ordo Rosarius Equilibrio. Muitos tinham-se deslocado a Leiria para ver Tomas Pettersson e o colectivo que o acompanha, e após as duas primeiras músicas temeu-se o pior. O espírito não estava lá, uma prestação algo sofrível, algumas dificuldades a nível técnico (os samples que tinham escolhido para fornecerem a base à sonoridade não estavam a funcionar na perfeição) e, acima de tudo, sem alma no palco que tinha esse nome, começou a instalar-se uma aura de desastre iminente.
Mas quem tem discos do calibre de "ONANI" ou "Satyriasis" tem a vida mais facilitada, e com a entrada de alguns dos melhores temas dos ORE a coisa foi ganhando ritmo e melhorando progressivamente. Foi uma actuação em crescendo, que culminou com algumas das melhores músicas que os ORE criaram na sua carreira, tendo "Three Is An Orgy, Four Is Forever" (talvez a sua melhor composição até ao momento, no que é sem dúvida o seu melhor disco) fechado a actuação com chave de ouro e proporcionado a todos os presentes o melhor momento da noite.
No entanto, torna-se claro que este não foi o melhor concerto que os ORE nos podiam ter dado, o que é uma pena dado que já se passaram 10 anos desde que estiveram no nosso país pela última vez. Ficam os melhores momentos, mas a falta de espírito (apenas eliminada na recta final) criou uma mácula na actuação que não devia existir. Seja como for, os ORE têm tantas boas músicas que o saldo final continua a ser positivo. Mas espera-se sempre um bocado mais de quem toca recorrentemente no patamar da genialidade.
Para acabar a noite, os Covenant subiram ao Palco Corpo, e duas músicas depois era claro que o momentum não estava com os Suecos. Era portanto hora para mais uns dedos de conversa e umas bebidas com os amigos, antes de rumar a casa e encerrar o que foi um excelente festival a todos os níveis. A Fade In está de parabéns, e esperamos que no próximo ano a experiência se possa repetir para gáudio de todos.
P.S.: Fotos cortesia do Fade In.
2 comentários:
Pelo teu comentário a Ordo Rosarius chego a pensar que até foi melhor não ter ido, dado que a primeira impressão de um concerto ao vivo conta muito! Ou então eles notaram a minha ausência da plateia e isso desinspirou-os! Sim, foi isso... =) Para o bem de todos tenho de aparecer para a próxima... lol Bem-hajas pelo post.
Abraço
Não fiques com essa ideia meu caro, o concerto acabou por ter um saldo bem positivo. Não começou bem, é certo, mas acabou em grande. Mas estamos a contar contigo para a próxima, disso não hajam dúvidas! ;)
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