[NOTICIA] Memórias de tempos passados

O projecto Ô Paradis já foi motivo de várias conversas por aqui, mas hoje é um dia de estreias para eles. Primeiro, porque estamos a falar de um disco que nos leva de volta ao período entre 1997 e 1999. Depois, porque estamos a falar de músicas que contavam ainda com Rosa ao lado de Demian. Finalmente, porque é o seu primeiro trabalho em vinil de 12''.

"Mi Viejo Trono" é então esse trabalho de que falamos, lançado pela La Nébuleuse Pourpre (também ela uma estreante nestas andanças), que recupera um período no projecto Catalão anterior ao seu disco de estreia e anterior à saída de Rosa para criar o seu próprio projecto Circe.

A edição é limitada a 250 cópias, mas se acham pouco ainda há uma outra edição mais limitada, esta a 50 cópias, que para além do vinil lhe junta um CDr 3'' bónus, com duas músicas exclusivas, para podermos apreciar o lançamento na sua plenitude. Um bom disco para uma tarde de calor como as que se avizinham.

O alinhamento completo é o seguinte:

Vinil "Mi Viejo Trono"
1. El Verbo
2. Soltaría Las Cuerdas
3. Mi Viejo Trono
4. Partida
5. Un Cielo Inmóvil
6. Cantando En La Jaula
7. Tres Dioses
8. Sus Manos De Hielo
9. La Orilla De Invierno
10. Il N'Y A Pas Qu'Un Homme
11. La Muerte Del Pirata
12. J'Aimerais Tous Les Mondes
13. Cansado De Sonreir A Medias

CDr 3'' Bónus
1. Canción De Cuna Vacia
2. Angeles De Arena

[NOTICIA] Prenúncios de melancolia

O título do post de hoje bem poderia ser o nome de um livro de poesia ou de um daqueles romances melosos, mas é bastante apropriado para descrever o novo trabalho dos Unto Ashes que nos chega - como habitual - pelas mãos da Projekt.

"Burials Foretold" continua a manter o projecto Norte-Americano bem na vanguarda da melhor sonoridade Folk apocalíptica e Neo-Medieval, reunindo num ambiente de pura melancolia as extraordinárias vozes e visões de Michael Laird, Natalia Lincoln e Ericah Hagle.

Ora melancólica ora quase mística, esta experiência musical é em todos os aspectos magnífica, e reforça bem a noção que do outro lado do Atlântico também se faz música dita de matriz Europeia com qualidade superior.

O alinhamento completo é o seguinte:

1. Burials Foretold
2. Pilzentanz
3. She Binds Away the Night
4. Night is Coming Soon
5. Kathy’s Song (Apoptygma Berzerk cover)
6. I Remember Happiness
7. Spring Magic
8. Piper’s Song
9. Fire + Ice
10. Rubine
11. Worms’-Meat
12. Young Men Leave for Battles Unknown
13. Too Late to Begin
14. Ascent + Descent
15. Runnin' with the Devil (Van Halen cover)

[NOTICIA] Uma procissão há muito esperada

Outro regresso há muito esperado é o de Johan Levin e os seus Desiderii Marginis. Espera essa que finalmente acaba agora através de "Procession", cortesia da Cyclic Law que assim junta mais um nome de peso à sua muito respeitável carteira de artistas.

Este trabalho marca um acordar dos Desiderii Marginis de uma hibernação que durava já há 5 anos - qualidade antes de quantidade, não podíamos concordar mais. E de facto é isso que temos ao longo destas 8 composições - Dark Ambient de qualidade superior, da primeira liga do que de melhor se faz neste espectro musical, como aliás Johan sempre nos habituou.

A atmosfera central faz lembrar uma paisagem invernal, onde o nevoeiro torna difusa a neve, e a calma aparente esconde as sombras do que se move por detrás. Não sabemos muito bem se há luz ou escuridão a pintar esta sonoridade, mas o que sabemos certamente é que estamos perante mais um grande trabalho dos Desiderii Marginis.

A edição em digipack de 6 painéis é limitada a 1000 exemplares e apresenta o seguinte alinhamento:

1. Come Ruin And Rapture
2. Land Of Strangers
3. Her Name Is Poverty
4. Silent Messenger
5. In Brightness
6. Here Is To The Future
7. Adrift
8. Procession

[NOTICIA] Regresso ao início

Corria o ano de 1992 quando um muito mais jovem Peter Andersson lançava o primeiro trabalho de uma entidade que haveria de ficar nos anais da história da música. "Après Nous Le Déluge" é o primeiro trabalho dos Raison d'Être, e surge agora reeditado pela Eternal Pride Productions.

Pela primeira vez disponível em CD, o disco foi totalmente remasterizado e aditivado com um conjunto de material extra. Este é certamente um pedaço de história em formato CD.

Foi aqui que pudemos apreciar pela primeira vez a mistura energética e atmosférica de coros, cordas, efeitos sonoros, percussão poderosa e secções tribais que se tornaram na sonoridade de marca dos Raison d'Être ao longo de duas décadas.

O alinhamento completo é o seguinte:

1. Après Nous le Déluge - Acte I
2. Après Nous Le Déluge - Acte II
3. Raison d'Être
4. The Final Wagon
5. Moribund
6. De Profundis
7. Death Brightens with Sorrow
8. Paragon Sequence
9. Ignesco Comburo
10. Frigus Membra
11. Memento Mori
12. The Final Wagon
13. Moribund
14. Ignesco Comburo
15. Après Nous le Déluge - Acte III
16. Intercourse in the Garden of Delight When Evil Suddenly Appear and Disappear

[NOTICIA] Um dos discos mais aguardados do ano

Depois de uma espera de 4 anos, e antecedido do EP "Emerald" lançado já este ano, finalmente chega-nos o novo longa-duração de originais dos Arcana! "As Bright As A Thousand Suns" é o nome apropriado para um dos mais antecipados discos do ano, tão brilhante como se espera.

Lançado pela Cyclic Law, este sétimo disco dos Arcana não foge à sonoridade padrão que tão bem estabeleceram ao longo dos anos. As vocalizações solenes de Peter Bjargo entroncam-se nos sopranos de Ann-Mari Thim e Cecilia Bjargo, com toda a miríade de instrumentações a serem dadas pelos próprios acompanhados dos ritmos e percussão de Mattias Borgh e Sergio Martinez, com o violino emotivo de Núria Luis a abrilhantar mais o ramalhete.

Um disco acima de tudo maduro, fruto de uma evolução natural e da experiência do colectivo Sueco (agora enriquecido com sangue Catalão). Estas dez diversas composições vão certamente acompanhar-nos muito tempo, num disco para ser apreciado lentamente e que certamente nos dará muitos momentos de deleite puro.

Apresentado num digipack de 6 painéis numa edição limitada a 2000 exemplares, conta com o seguinte alinhamento:

1. Somnolence
2. As the End Draws Near
3. Inceptus
4. Medea
5. Leave Me Be
6. Infinity
7. In Memoriam
8. The Fading Shadow
9. As Bright as a Thousand Suns
10. Vinter

[NOTICIA] Canaan em formato duplo

De facto foi em 2010 que os Canaan lançaram o seu último trabalho, mas deste lado parece que foi há muito mais tempo. Talvez a sensação de longa espera esteja ligada à relação especial que nos une ao projecto de Mauro Berchi, mas seja de que forma for, é um trabalho muito bem-vindo!

"Of Prisoners, Wandering Souls and Cruel Fears" surge com selo Eibon Records (como não podia deixar de ser) e apresenta-nos ao longo de dois discos o material mais negro e agreste de sempre dos Canaan. Material que se apropria bem à época que vivemos, e que mergulha o projecto Italiano numa espiral descendente rumo às profundezas mais obscuras da sua sonoridade.

Destaque para a apresentação do trabalho, com 22 faixas albergadas em dois CD's, disponíveis num digisleeve de 3 painéis e acompanhado de um livreto de 32 páginas. Um excelente lançamento para nos acompanhar ao longo deste período estival.

O alinhamento completo é o seguinte:

Disco 1
1. The Lighthouse Keeper
2. The Memory Traveller
3. The Scream Painter
4. The Ghost Chaser
5. The Illusion Fugitive
6. The Mind Eraser
7. The Night Beggar
8. The Solar Enemy
9. The Fear Merchant
10. The Pain Sentinel
11. The Love Slasher

Disco 2
1. Prisoner #1
2. Prisoner #2
3. Prisoner #3
4. Prisoner #4
5. Prisoner #5
6. Prisoner #6
7. Prisoner #7
8. Prisoner #8
9. Prisoner #9
10. Prisoner #10
11. Prisoner #11

[NOTICIA] De volta ao Café Europa

Apesar do longo interregno de notícias, fomos acompanhando como sempre as edições regulares do Café Europa, um dos melhores programas de rádio por esse éter fora. E entre programas dedicados apenas a música nacional (altamente recomendado!) e outros mais heterogéneos, chegamos agora à emissão 23, que foi para o ar no passado dia 21 de Maio.

Nesta edição o especial destaque foi para o disco partilhado entre Marc Almond e Michael Cashmore, "Feasting With Panthers" de 2011, com um particular enfoque adicional no cantor Britânico detentor de uma das mais carismáticas vozes deste lado da música.

Como habitual, a emissão pode ser descarregada na íntegra, com a primeira hora disponível aqui e a segunda hora disponível aqui. Faltam poucos dias para a próxima emissão, aproveitem as anteriores enquanto não nos chegam as próximas!

O alinhamento completo da emissão 23 é o seguinte:

Hora 1
1. LEONARD COHEN – “Don’t Go Home With Hard-On” CAN
2. ANTONY AND THE JOHNSONS – “Swanlights” USA
3. BABY DEE – “Brother Slug And Sister Snail” USA
4. SCOTT WALKER – “I Threw It All Away” USA
5. MARC ALMOND & MICHAEL CASHMORE – “The Thief And The Night” GB
6. MARC ALMOND & MICHAEL CASHMORE – “Sonnet XI” GB
7. MARC ALMOND & MICHAEL CASHMORE – “Boy Caesar” GB
8. MARC ALMOND & MICHAEL CASHMORE – “The Lunatic Lover” GB
9. ROXY MUSIC – “In Every Dream Home A Heartache” GB
10. SOFT CELL – “Torch” GB  
11. MARC ALMOND & MICHAEL CASHMORE – “Crime Of Love” GB
12. MARC ALMOND & MICHAEL CASHMORE – “The Sleper In The Valley” GB
13. MARC ALMOND & MICHAEL CASHMORE – “The Song Of The Unwept Tear” GB

Hora 2
1. COIL – “Tainted Love” GB
2. MOMUS – “Platinium” GB
3. MARC ALMOND & MICHAEL CASHMORE – “Gabriel” GB
4. MARC ALMOND & MICHAEL CASHMORE – “El Desdichado” GB
5. MARC ALMOND & MICHAEL CASHMORE – “The Man Condemned To Death” GB
6. MARC ALMOND & MICHAEL CASHMORE – “Feasting With Panthers” GB
7. SIEBEN – “Shake The Tree” GB
8. SIOUXIE AND THE BANSHEES – “Not Forgotten” GB
9. MARC ALMOND – “Boulevard Of Magadan” GB
10. MARC ALMOND – “My Fire” GB
11. MARC ALMOND – “Brave Boy” GB
12. MARC ALMOND – “Day And Night” GB
13. NICK CAVE – “Tupelo” AUT
14. MARC ALMOND – “Letter From Magadan” GB
15. DAVID McCOMB & ADAM PETERS – “Don’t Go Home With Hard-On” AUT

[NOTICIA] Regresso ao passado

A carreira dos Rasthof Dachau é longa, mas não é muito profícua. No entanto, é a suficiente para lhes permitir gravar um marco na música mais agreste que se ouve deste lado.

"...Das Andere Licht" reúne pela primeira vez em CD dois LP's de culto, lançados em 1999 e 2002. "Exitus" marcou uma geração na música Industrial mais extrema e obscura, e recebe aqui finalmente a edição na rodela de plástico com a qualidade que merece.

Com selo Steinklang Industries, o digipack de 4 painéis em que é editado alberga mais de 1 hora de música, numa edição limitada a 350 exemplares.

O alinhamento completo é o seguinte:

1. Exitus
2. ...Das Andere Licht
3. Viva Santeria!
4. Kompression Der Gegenwart
5. Fenris' Erben
6. Nun Volk Steh Auf!
7. Multikultopia
8. Vor Der Flut
9. Endsieg
10. Krieger
11. Denn Dein Ist Das Reich...
12. Pfad Gottes
13. Kreuzweg

[NOTICIA] Como peixe fora de água

Não é muito normal termos registos de Dark Ambient a serem editados pela Rage In Eden, mas é bom variar de vez em quando. É o que se passa com este segundo trabalho dos Antikatechon, que leva à editora Polaca uma sonoridade fresca para a sua carteira de edições.

"Chrisma Crucifixorum" apresenta-nos cerca de 1 hora de música que apresenta um dinamismo acima do normal para um disco nesta sonoridade particular. Há aqui também melodia e espaço para a luz emergir da escuridão e nos brindar com momentos mais brilhantes - como aliás a capa muito bem alude.

Ao longo das 6 composições vamos percorrendo uma viagem que tem suficientes curvas para que o interesse não esmoreça. Não é um dos "pratos" tradicionais da Rage In Eden, mas o facto é que nos dá uma "digestão" muito agradável.

O alinhamento completo é o seguinte:

1. Altaria Expiationis
2. Delubra Vexatorum
3. Violatio Sigillorum
4. Convivium Vulturum
5. Cunabula Improbitatis
6. Chrisma Crucifixorum

[NOTICIA] Quentinho para apreciarmos em Leiria

Já a anteciparmos a há muito tempo esperada estreia no nosso país de Geoffroy D., temos agora o novo disco de originais de Dernière Volonté para nos alegrar a espera. "Mon Meilleur Ennemi" surge pela mão da Hau Ruck!, com uma dúvida associada - será o último lançamento da editora?

Seja como for, depois de 2 anos de silêncio entremeado com uma excelente compilação, temos 12 novas composições que o levam a combater o seu melhor inimigo - talvez ele próprio. Um disco poderoso, com uma raiz na poesia Francesa, que certamente nos irá acompanhar por muito tempo ao longo deste ano (e vindouros).

Para além da edição em CD está também disponível uma edição em LP limitada a 600 exemplares, a que se junta um vinil 7'' bónus com uma faixa adicional. Uma boa oportunidade para continuar a apreciar alguma da melhor música que se faz deste lado da Europa. E até Leiria!

O alinhamento completo é o seguinte:

1. Exhibition
2. Invisible
3. J'oublie Que Tu Existes
4. Loin Du Brouillard
5. La Fete Est Finie
6. Le Chant De La Pluie
7. Le Quai De La Gare
8. Un Claquement De Doigt
9. Mon Meilleur Ennemi
10. La Sentence Est La Meme
11. Je Tuerai Qui Tu Voudras
12. Que Toi

[NOTICIA] Europa em chamas

Há algum tempo atrás falava com um amigo sobre o efeito que a situação actual da Europa teria na música produzida no Velho Continente. Numa situação financeira pré-apocalíptica, em que os valores e as glórias de outrora se perderam, a Europa vê-se em risco de implosão e, com é natural, tenta um regresso às origens. Mesmo no mundo da música.

Um bom exemplo é este "Europa Rex", o disco de estreia dos Legionarii lançado pela Rage In Eden. Somos levados de volta ao tempo do Império Romano, numa toada de tumulto de guerra, em que é a própria identidade e renascimento espiritual da Europa que estão em jogo. Soa familiar?

A nível sonoro não podia deixar de estar presente a matriz marcial, com referências aos mestres do estilo. Um disco poderoso, com grande dinâmica e vigor, militarista e agressivo, para ouvir com vontade de lutar pela identidade de quem somos. Presumo que veremos mais discos na mesma toada ao longo do resto do ano...

O alinhamento completo é o seguinte:

1. The New Era
2. Power In Our Hands
3. Europa Rex
4. Stahlpakt - Blac Sun March
5. Iron Will
6. Total Propaganda
7. Blood Dawn

[NOTICIA] Regresso com Atomtrakt

Depois de uma longa ausência - a maior de sempre desde que esta viagem se iniciou - e ainda por cima forçada (não dá para ultrapassar as limitações deste frágil invólucro físico em que estamos envolvidos), é com particular agrado que regressamos deste lado às lides musicais que tanto nos agradam.

E fazemo-lo com o novo trabalho de Atomtrakt, "Artekakte Des Verderbens" de seu nome, que dá seguimento ao muito bem recebido último trabalho editado em 2010. Novamente com selo Steinklang Industries, Christoph Ziegler apresenta aqui algumas das suas melhores composições dentro do espectro particular do projecto Suíço.

O disco tem o conceito centrado na batalha de Estalinegrado durante a II Guerra Mundial, e apresenta um ambiente compatível com esse conceito. Frio, lúgubre e heróico, a sonoridade apresentada não podia deixar de ser épica e bombástica, recheada de percussão marcial e ritmos militaristas. Um trabalho bastante diversificado mesmo sujeito a uma temática central, dá-nos uns Atomtrakt no topo da sua forma e com um dos melhores trabalhos do ano.

Apresentado num digipack de 6 painéis e limitado a 400 exemplares, este disco apresenta o seguinte alinhamento:

1. Triumphzug
2. Trümmerfelder
3. Todeszone
4. Gräben Der Isolation
5. Stacheln Der Vernichtung
6. Festungsschlacht
7. Heimkehr Der Verwundeten
8. Hungerwinter