sexta-feira, 31 de agosto de 2012

[NOTICIA] Boas novas de Itália

Este regresso ao activo pós-férias está a ser recheado de excelentes lançamentos que nos irão acompanhar bastantes vezes nos próximos tempos. Desta feita temos para vos apresentar o novo trabalho dos Rose Rovine E Amanti intitulado "Giorni de Splendore e Sole" e lançamento pela RREA, o selo próprio do colectivo Italiano.

Ao longo das 10 faixas que compõem este disco somos brindados com algum do melhor Neofolk que se faz actualmente, bem longe dos clichés do estilo, misturado com influências Darkwave e elementos mais pesados no seu som.

Conceptualmente os Rose Rovine E Amanti percorrem temas como a ruína, beleza perdida, Mãe Natureza, traição, ódio e redenção, focando-se também no cenário da actual Europa. Tudo muito bem embrulhado num digipack de belo efeito, disponível apenas nos primeiros 300 exemplares. Depois disso têm que se satisfazer com a edição regular. Qualquer uma das duas deve estar na vossa colecção, naturalmente.

O alinhamento completo é o seguinte:

  1. Novembre
  2. Rain
  3. La Mia Germania
  4. My Black Europa
  5. Holy Mary Protect My Child
  6. Danza La Nostra Danza
  7. Europa Is Calling Me
  8. Versi Scritti Sul Golfo Di Lerici
  9. The Story Of The Tiny Pure Judith
  10. Giorni Di Splendore E Sole

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

[NOTICIA] Um tributo à memória do passado

Depois do lançamento de "Occhi Neri" no início deste ano, os Roma Amor apresentam-nos um novo trabalho e também uma nova editora. Chama-se enigmaticamente "17.3" e surge com selo da HauRuck! S.P.Q.R..

Neste vinil de 10'' o colectivo Italiano surpreende-nos mais uma vez com um disco que ao longo de 5 músicas revela a sua paixão secreta pelos primórdios da música electrónica, revisitando nomes grandes do movimento como Brian Eno ou David Bowie (do qual, aliás, apresentam uma cover de "I'm Deranged" muito bem conseguida).

Também de destacar a prestação do nosso amigo Devis dos Teatro Satanico nos teclados, que irá ainda por cima acompanhá-los em digressão. Tudo excelentes motivos para garantirem a vossa cópia, até porque a edição é limitada a 300 exemplares e certamente não durará muito tempo na lista de títulos disponíveis...

O alinhamento completo é o seguinte:
  • A-1 - 17.3
  • A-2 - I'm Deranged
  • A-3 - Scared
  • B-1 - Love To Say Goodbye For
  • B-2 - The Difference

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

[NOTICIA] A normalidade da anormalidade

Ainda ontem vos falamos de uma edição da Necrosymphonic Entertainment, e já temos uma nova para vos trazer, desta feita em parceria também com a Raging Planet. Estamos a falar de "Os Anormais - Necropsia de um Cosmos Olisiponense".

O nome pomposo encerra um trabalho em conjunto entre David Soares e Charles Sangnoir, em que o primeiro presta o seu spoken word à ambiência musical do segundo, dedicado a algumas figuras que marcaram as ruas da capital Portuguesa através das suas deficiências físicas.

Nas palavras do próprio David Soares: "atrevam-se a visitar os volutabros imaginais de Lisboa. Nunca mais os esquecerão. Uma viagem erudita, simultaneamente tenebrosa e luminosa, cheia de personagens reais e fascinantes, como o Anão dos Assobios e a Estanqueira do Loreto".

Podem comprar aqui o trabalho (disponível quer em versão física quer em versão digital), assim como ouvir uma das faixas que o compõem. E o alinhamento completo é o seguinte:
  1. Terra Incógnita
  2. O Plutão da Pena
  3. A Lua do Loreto
  4. Sol Invicto

terça-feira, 28 de agosto de 2012

[NOTICIA] A Mania do Aires Ferreira

Já há algum tempo que circulava deste lado uma cópia de "Mania", o mais recente trabalho de Aires Ferreira, mas foi na semana passada que o lançamento viu oficialmente a luz do dia (ou será das trevas?) através da Necrosymphonic Entertainment.

Quem não conhece Aires Ferreira devia ter vergonha na cara! Estamos perante o mais brilhante artista de spoken word a nível nacional, que neste seu mais recente trabalho nos descarrega 11 faixas de intensa mordacidade, poemas urbanos de decadência social, bem apropriados ao mundo em que vivemos.

Talvez a característica que mais distinga este trabalho é a sua musicalidade. Apesar da palavra ser rainha, várias faixas recorrem à música para fazerem passar de forma mais escorreita a sua mensagem, num formato que claramente resulta. Querem uma demonstração? Passem aqui, deslumbrem-se e comprem o disco. O Aires merece todo o apoio!

O alinhamento completo é o seguinte:
  1. Desdenho Inteligente
  2. Vossa Senhora de Fátima
  3. A Idade do Ferro
  4. Não Digo Nada de Jeito?
  5. Rai's Parta a Vida
  6. Vai-se Andando
  7. Fuma Que Isso Passa
  8. Drogaria
  9. Asco
  10. Que se Foda
  11. Revelação

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

[EVENTO] Entremuralhas 2012

Costuma-se dizer que "não há duas sem três", e o Entremuralhas confirmou este ano esse ditado popular. Depois de duas edições muito bem conseguidas, a terceira foi certamente a melhor e augura muito de bom para o futuro do melhor festival do género nas nossas paragens, e sem dúvida um dos melhores por essa Europa fora. A comprová-lo o crescente número de visitantes estrangeiros que começam a eleger o Castelo de Leiria como paragem obrigatória em Agosto de cada ano.

Com um equilíbrio bem conseguido entre número de dias do festival e número de bandas presentes em palco (talvez o ponto menos bem trabalhado nas edições anteriores), o Entremuralhas deste ano arrancou com a Britânica Joe Quail e o seu violoncelo eléctrico, no belíssimo cenário da Igreja da Pena. E começou logo bem, com um momento de divertida descontracção, com Quail a descobrir que o motivo pelo qual não tinha som em palco (depois de alguns minutos a tentar perceber o que se passava) era que um instrumento eléctrico não funciona... se não estiver ligado à ficha. Um episódio anedótico, mas que serviu para quebrar o gelo e aliviar um pouco a tensão da estreia.

E em bom momento aconteceu, já que o visível nervosismo deu lugar a uma excelente actuação e uma muito agradável interacção com o público. Quail recorre a uma fórmula semelhante à de Matt Howden (que esteve presente na edição anterior do festival) e com recurso a um sequenciador consegue montar camada após camada de sonoridades arrancadas ao violoncelo, construindo magníficas composições de uma complexidade invejável.

E o melhor de tudo é que resulta muitíssimo bem, principalmente nos momentos mais intensos e vibrantes - destaque particular para o tema que encerrou o concerto, novo e ainda sem título, que faz prever um futuro brilhante para o projecto. Foi uma actuação curta, dentro do que estava previsto, em que a simpatia de Quail foi por demais evidente, criando uma sintonia perfeita com o espírito do festival e de quem marcou presença. Uma abertura em grande!

Que infelizmente não teve uma continuidade à altura com os Stellamara. Não querendo ser mal interpretado, qualidade e virtuosismo são características que não faltam ao colectivo Norte-Americano, mas foi indisfarçável um sentimento de repetição nas músicas que nos apresentaram. Talvez devido a um alinhamento menos bem conseguido, ou a uma mistura de som algo desequilibrada (era difícil ouvir todos os instrumentos, por exemplo), mas o facto é que a actuação dos Stellamara não foi das mais consensuais.

De qualquer forma, a sonoridade inspirada nos Balcãs e Médio Oriente teve os seus momentos altos, com músicas bem conseguidas, a demonstrar (se preciso fosse) que há qualidade neste projecto. Talvez esta não fosse a noite ideal para a sua estreia em solo nacional, mas não se pode negar a frescura que trouxeram ao Palco Alma ao longo da sua actuação. Tivesse sido um pouco mais curta e talvez a imagem com que ficaríamos fosse melhor.

Mas a grande expectativa da noite estava centrada nos Rome, outra estreia no nosso país e de um colectivo que tem vindo a cunhar uma carreira ímpar no panorama musical que nos interessa. Pode-se dizer que a actuação foi boa, sem ser brilhante. Jérôme pareceu subiu ao palco um pouco contrariado, e toou a sua actuação com um espírito de reclamação que não ficou nada bem aos Rome. A piada maior do festival será porventura a sua queixa de ter o merchandise ao lado de uma banca de nazis (como lhes chamou), o que vindo de quem vem dá pelo menos para nos rirmos um bocado.

Mas adiante que era música que tínhamos ido a Leiria ver, e nesse aspecto os Rome cumpriram o seu papel e deram um concerto pleno de emoção e sentimento. Não faltaram alguns dos melhores momentos do colectivo Luxemburguês, mas como são realmente tantas as belas músicas com que nos têm brindado ao longo dos anos, ficaram naturalmente muitas por ouvir. Sentiu-se claramente que a actuação foi encurtada, e mais uma vez Jérôme fez sentir o seu descontentamento devido a esse facto. Não fossem estes "pormaiores" e a actuação teria sido ainda melhor.

Mas era altura de descer para o Palco Corpo e apreciar mais uma incursão ao nosso país dos Clan of Xymox. A sua sonoridade é por demais conhecida de quem aprecia a bela música, e não fizeram por menos ao dar um concerto ao seu nível. Pautada por alguns problemas técnicos, a actuação não deixou de visitar alguns dos melhores momentos do vastíssimo e excelente repertório que os Clan of Xymox dispõe, trazendo alguns dos mais conhecidos hits para o palco e proporcionando os primeiros momentos verdadeiramente dançáveis do festival. Ainda houve Suicide Commando depois, mas corpo e alma necessitavam de descanso e o espírito não estava virado para essas sonoridades.

Com o segundo dia veio o momento mais aguardado, pelo menos para quem vos escreve deste lado - a estreia em Portugal dos Dernière Volonté. O projecto liderado por Geoffroy Delacroix é presença assídua nestas paragens digitais e impunha-se a experiência ao vivo. Que foi magnificamente cumprida, diga-se desde já.

Acompanhado em palco por Andy Julia (senhor de uma grande actuação, tem que se referir!), Geoffroy levou-nos pelos caminhos electrónicos, ritmados e dançáveis desta "pele" que o seu projecto veste há já alguns discos a esta parte. E que bem que se partilharam alguns dos melhores momentos desses trabalhos na Igreja da Pena! Infelizmente alguns dos momentos mais aguardados aqui deste lado não tiveram ecos nas suas paredes, mas ficaram muitos mais para nos manter a memória viva, sempre muito bem executados. Estivesse a voz um pouco mais alta na mistura, e teria sido perfeito. Mesmo assim foi claramente o concerto do festival, o que não é dizer pouco.

Principalmente porque logo a seguir fomos brindados por uma actuação soberba dos Daemonia Nymphe. Devo confessar que tinha algum receio de como iria resultar a sonoridade do colectivo Grego em palco, dada a sua complexidade e multi-camadas que tem. Seria porventura complicado replicar toda a riqueza do trabalho em estúdio no Palco Alma, mas fizeram-no sem mácula! Terá sido inclusivamente o melhor som do festival aquele que os Daemonia Nymphe tiveram em palco.

E ainda bem que assim foi, porque fomos então brindados por um conjunto de magníficas odes mitológicas, reminescentes do seu passado riquíssimo, sempre superiormente interpretadas. Destaque em particular para o barbitos, um instrumento de cordas com uma sonoridade fabulosa e ímpar, que dá às composições do colectivo Grego um toque absolutamente distintivo. Uma grande estreia no nosso país, e não fosse a grande espera por ver Dernière Volonté teria sido certamente o concerto desta edição do Entremuralhas.

E para fechar o Palco Alma em beleza, Kim Larsen e os seus Of The Wand And The Moon voltaram mais uma vez a Portugal, mas desta vez com um concerto bastante diferente. No passado habituamo-nos a ver o projecto Dinamarquês com uma toada puramente acústica, quase com o protagonismo centrado em absoluto no seu mentor. Mas desta feita foi uma banda completa que subiu ao palco, com uma base eléctrica que assenta bem nas sonoridades dos seus mais recentes trabalhos.

Que aliás foram uma das bases das músicas escolhidas para o alinhamento. Foi uma proposta diferente, mas igualmente bem conseguida, aquela que Kim Larsen apresentou em Leiria. Quando se é francamente bom músico e compositor, como é o seu caso, qualquer proposta acaba por ter uma qualidade inerente que a faz destacar-se no meio das outras. Foi o que aconteceu com os OTWATM, a assinarem mais uma excelente actuação em solo nacional e a acabarem em estilo quase concerto de Rock uma noite que seria quase perfeita.

E o quase aplica-se porque a seguir vieram os Beauty of Gemina e os VNV Nation. Nada contra nenhum dos projectos em particular, mas depois de três bandas dentro de um estilo particular, o espírito não estava propriamente alinhado para receber propostas tão diferentes. Por isso rumamos a casa, plenos de satisfação por mais uma edição muito bem conseguida de um festival que, ano após ano, nos trás alguma da melhor música que se faz por esse mundo fora. A equipa do FadeIn está mais uma vez de parabéns! Um obrigado e um abraço deste lado, e até ao próximo ano!

domingo, 12 de agosto de 2012

[OPINIAO] Férias!


Este foi um ano anormal em termos de pausas, a maioria das quais forçadas e não desejadas, mas desta feita o cenário é diferente. Vamos para umas férias de Verão curtinhas mas que se perspectivam excelentes, e consequentemente iremos estar ausentes aqui do blog durante algum tempo. Voltaremos no próximo dia 27 de Agosto, com baterias recarregadas, e prontos para mais uma temporada de boa música. Se for esse o caso, boas férias! Se não for, bom trabalho! Em qualquer um dos casos, sempre com boa música à vossa volta.


sábado, 11 de agosto de 2012

[NOTICIA] Um café com gostinho nórdico

Ainda há uns dias atrás vos falamos aqui do novo trabalho de Eliwagar, e eis que podemos apreciá-lo devidamente em todo o seu esplendor na última emissão do Café Europa, o nosso programa de rádio preferido, já na sua 34ª emissão.

Tendo ido para o ar no passado dia 6 de Agosto, uma boa parte da emissão foi então dedicada a este belo disco, mas há muitos mais motivos de interesse. Como habitual, alguma da melhor música que se faz por esse mundo fora encontra o seu lugar nas duas horas da emissão, que podem descarregar livremente aqui e aqui.

O alinhamento completo da emissão é o seguinte:
    Hora 1
  1. SANGRE CAVALLUM – “Chamamos Os Teus Lobos” PT 
  2. SANGRE CAVALLUM – “Matanças e Vinho Novo” PT 
  3. SEDAYNE & RAPUNZEL – “Winter: Werewolf” GB
  4. BIRCH BOOK – “Werewolf’s Eyes” USA
  5. FURSAXA – “The Wolf Month” USA
  6. HEXVESSEL – “Vainolainen” FIN
  7. ELIWAGAR – “Tusen Løv I Høstvind” NOR
  8. ELIWAGAR – “Mellom Fjord og Fjell” NOR
  9. ELIWAGAR – “Nornene Som Vever Nordafolksagn” NOR
  10. ELIWAGAR – “Fjellfruen” NOR
  11. ELIWAGAR – “Rimnatt” NOR
  12. ELIWAGAR – “Når Havet Hvisker langt Fra Nord” NOR
  13. ALLERSEELEN – “Wir Rufen Deine Wolfe” AUT
  14. Ô PARADIS – “Wir Rufen Deine Wolfe” ESP
  15. KISS THE ANUS OF A BLACK CAT (KTAOABC) – “Waltz for Wolves” BEL
  16. FAUN FABLES – “A Fearful Name” USA
    Hora 2
  1. GAË BOLG AND THE CURCH OF FAND – “Magic And Ecstasy” FR
  2. OF THE WAND AND THE MOON – “I Crave For You” DIN
  3. FORSETI – “Eismahd” GER
  4. ELIWAGAR – “Høsten I Bakken På Fjellet” NOR
  5. ELIWAGAR – “Runer Om Forntid og Minner” NOR
  6. ELIWAGAR – “Huldra og Hardingfela” NOR
  7. ELIWAGAR – “Rittet Til Nordariket” NOR
  8. ELIWAGAR – “Vestenfjeldske Melankoli” NOR
  9. VIE SINÄ LEENA – “Kunnes Pyöreä Kuu” FIN
  10. KORP – “Varulven (Visa Frän Västergötland)” SUE
  11. ULVENS DÖTTRAR – “Varulvens Tid” FIN
  12. TONDURAKAR – “Visa Om Karolinen Anders Gräben” SUE
  13. HEDNINGARNA – “Varulnsläten” SUE
  14. RIHARC SMILES – “Wir Rufen Deine Wolfe” AUT

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

[NOTICIA] Música para noites mais escuras

Já referimos várias vezes aqui os Verney 1826 como parte de compilações, mas ainda não vos tínhamos falado dos seus lançamentos em nome próprio. Nada como começar com este "Silence Du Tombeau", um CDr lançado este ano pela Shelley Schellack, a sua própria editora. Regressaremos daqui a algum tempo com o próximo disco que está já na forja.

Mas para já concentremo-nos neste trabalho. Influenciados pela música clássica e pelos ambientes góticos dos contos de Mary Shelley, os Verney 1826 criam uma paisagem sonora lúgubre e tristonha, para criar o ambiente apropriado para se apreciar um disco como este.

Elementos de neoclásico, gótico ambiental e até folk noir podem ser encontrados ao longo das 14 composições deste trabalho, em que as vocalizações operáticas lhes dão também uma dimensão adicional. Sem dúvida um disco para ouvir numa noite fria de Inverno, mas que serve também para os momentos mais introspectivos e depressivos que possam acontecer nesta altura estival.

Numa edição limitada a 50 cópias, podemos encontrar o seguinte alinhamento:
  1. The Death Of Innocence
  2. Fiat Iustitia
  3. Sophia
  4. Ruins Of Udolpho
  5. Suum Cuique
  6. The Golden Age
  7. Choralshore
  8. Dormitorium
  9. Baron P.
  10. Sympathy
  11. Dorian
  12. Caputh, Sommer 1932
  13. Ulalume
  14. An Endlosen Gestaden Der Leere

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

[EVENTO] Como se Ulver não fosse suficiente...

Quem ainda não teve oportunidade de ver a gigantesca entidade que é Ulver ao vivo tem que procurar uma forma de redimir essa clara falha na sua experiência de vida. E se ver Ulver ao vivo não fosse suficiente, a parada aumenta agora com a adição de uma orquestra de câmara com 35 elementos!

Esse magnífico evento terá lugar no próximo dia 21 de Setembro, na Kulturhuset de Tromso. Será no seu país natal que o colectivo Norueguês apresentará este ritual intenso, mesclado entre electrónico e sinfónico, criado especialmente para este evento. E se uma vez não fosse suficiente, vão actuar duas vezes na mesma noite para gáudio de todos os que lá conseguirem marcar presença.

Se não conseguirem, ficam pelo menos com a consolação que toda a actuação será gravada para - provavelmente - ver a luz do dia mais tarde. Não é a mesma coisa, mas é melhor que nada.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

[NOTICIA] Em honra da Europa

Sempre a perseguir o seu propósito de recuperar a glória da velha Europa, os Legionarii apresentam com "Age Of Taurus" o seu mais recente EP, lançado em colaboração com a Alemã Castellum-Stoufenburc e a Russa UFA Muzak.

Inspirado na religião Persa de Mithras, num período da nossa história em que o espírito humano se elevou para além dos padrões da mediocridade. O indivíduo procurava a excelência física e espiritual, numa viagem incessante de auto-melhoramento e de elevação, onde valores primordiais eram os mais relevantes e onde a sociedade se regia por esses princípios.

Essa era a que o disco alude tem o seu fim com a aurora de uma nova era, em que o colapso de Roma e dos seus valores abriu a torrente de um conjunto de barbáries de que ainda hoje somos vítimas. Tudo isto enquanto procuramos pelo espírito de uma Europa repleta de glória.

A nível sonoro, o que aqui podemos encontrar é Industrial Marcial da primeira apanha, sempre incisivo nos seus momentos bombásticos e ambientais. O EP contém 5 faixas e é apresentado num elegante sleeve A5 com um soberbo trabalho gráfico.


O alinhamento completo é o seguinte:

  1. The Beginning Of Taurus (intro)
  2. The Giant Is Awake
  3. Historical Turnover
  4. Return To Aldebaran
  5. The End OF Taurus (outro)


terça-feira, 7 de agosto de 2012

[NOTICIA] Boas notícias dos amigos do Porto

Uma parte fantástica desta experiência no blog é que me permite conhecer algumas das pessoas cujos projectos por aqui passam, e em alguns casos inclusive desenvolver relações de amizade que vão para além da música. É o que se passa com os Terra Oca, que têm agora um novo trabalho disponível para nosso deleite auditivo.

"Ala Arriba" é um disco simples, apenas com duas faixas, disponível para digitalmente para download no bandcamp do projecto do Porto, mas que nos apresenta a dimensão sonora que os Terra Oca são capazes de gerar com os seus dotes de composição.

Música intensamente ritualista, introspectiva e com ambientes que nos fazem pensar, tudo exemplos do que podemos encontrar neste trabalho. Dêem alguns minutos de atenção aos Terra Oca que não vão sair defraudados - além disso, eles merecem.

O alinhamento completo é o seguinte:
  1. Ala-Arriba I
  2. Ala-Arriba II

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

[NOTICIA] Uma nova musa Italiana

O nome Verdiana Raw pode ainda não ser muito conhecido, mas desde 2010 que esta artista Italiana colabora com Anthony Bacchi (cordas) e Fabio Chiari (percussão) para criar o projecto a que dá o nome, que tem em "Metaxy" a sua estreia pela mão da Ark Records.

A nível sonoro, temos aqui influências que vão das sonoridades etéreas de Dead Can Dance, emoções vívidas alusivas a Diamanda Galás, mas também uma matriz mais clássica de música dita erudita. O piano abre um trabalho que se alonga sobre outros elementos acústicos, criando uma ambiência reminescente de outras épocas.

A mistura resulta num estilo particular, marcante e incomum, por vezes perturbante, mas sempre desafiante e demarcando-se dos muitos clichés que assolam outros projectos semelhantes. Um disco que nos vai convidar uma e outra vez a percorrê-lo e descobrir a cada nova passagem algo de novo. Como gostamos de fazer.

O alinhamento completo é o seguinte:

  1. Intro
  2. Dining Alone
  3. Big Eyed Dog
  4. The Japanese Garden
  5. Escaping From The Guards, Ascending To The Moon
  6. Corvus Psyché
  7. Headless Baby Bitch
  8. From The Sea
  9. Strega (La Loreley)
  10. Outro

domingo, 5 de agosto de 2012

[NOTICIA] Uma viagem ao Ocultismo do último século

O esoterismo e o ocultismo são temas recorrentes nas edições da Ufa Musak, e portanto não é de estranhar que o último disco dos Barbarossa Umtrunk, lançado pela editora Russa, tenha essa veia inspiradora. "Der Talisman Des Rosenkreuzers: La Mission Secrete Du Baron Sebottendorf" presta, como o nome indica, um tributo a Rudolf von Sebottendorf, um dos nomes fortes da Sociedade Thule, nascida na Alemanha do pós-guerra.

O que podemos encontrar neste disco do projecto Francês são cerca de 70 minutos de sonoridades Marciais, com toques Industriais, Neoclássicismo etéreo e uma influência Militarista que acompanham o percurso do Barão Sebottendorf na sua quimera pelos mistérios do oculto.

Batidas bombásticas, samples esotéricos, ritmos obscuros e hipnotizantes, e um ambiente subliminar, tudo isto num disco limitado a 400 exemplares numa edição em digipack de 6 painéis. Está também disponível uma edição especial, limitada apenas a 20 exemplares, que junta 6 cartões ao disco.


O alinhamento completo é o seguinte:
  1. Halgadom
  2. Veilleur, Où En Est La Nuit
  3. Arehisosur
  4. Der Talisman Des Rosenkreuzers
  5. Yenitcheri Ersen Faust
  6. Walvater
  7. Deutschland Erwache!
  8. Oberland Freikorps
  9. L'Hôtel Des Quatre Saisons
  10. Yenitcheri Ersen Faust
  11. Gotal Halgarita
  12. L'elu Du Dragon Vert
  13. Die Herren Vom Schwarzen Stein

sábado, 4 de agosto de 2012

[EVENTO] Altura das festas

Um pouco por todo o nosso país fora, Agosto é por excelência o mês das festas populares locais, em boa parte para juntar à festa também a romaria dos emigrantes. Ora pois bem, o nosso amigo Charles Sangnoir achou por bem juntar-se à farra e presentear-nos com uma bela festa para rivalizar com qualquer outra que se celebra em cada lugarejo.

Com organização da Necrosymphonic, a grande farra terá lugar no próximo dia 25 de Agosto, no Cine Incrível em Almada, e terá em palco os magníficos La Chanson Noire para prestar tributo a esse grande ícone nacional que é a farinha Amparo.

Sem ponta de ironia, haverá mais que muitos motivos de celebração e entretenimento nessa fatídica noite, que culminará certamente com ovações vibrantes e graças ao patrono das festividades. E para o ano há mais! Ou não...

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

[NOTICIA] Damos as boas-vindas a mais uma estreia

Um dos grandes motivos que estão na base da existência deste espaço é a descoberta de novos projectos de qualidade, que nos apresentam novas perspectivas e sonoridades. Esta constante exploração é uma paixão antiga, e a descoberta de um novo e entusiasmante projecto é sempre motivo de regozijo. Como acontece hoje.

O projecto em causa é os Last July, oriundos de Inglaterra, e que têm em "A True Story Of A Lie" a sua estreia em longa-duração (depois de um EP e um single anteriores). Fazem essa estreia com uma edição de autor, disponível directamente no seu site, reflexo também do contexto actual da indústria musical.

A nível sonoro, começam pela base do Darkwave ao qual lhe acrescentam camadas atmosféricas negras, guitarras bem abertas, mesclando electrónica e orgânica com vocalizações intensas para criar um disco pleno de emoção e com uma variedade estilística que não compromete a sua qualidade final. Um belo disco para uma banda a ter em linha de conta no futuro.

O alinhamento completo é o seguinte:
  1. Autumn
  2. A True Story of a Lie
  3. Scars
  4. Glamorous Paradise
  5. Alone Afraid
  6. Steal You Away
  7. Going Home
  8. Restless
  9. Muses
  10. Eyes
  11. Deadfall
  12. Steal You Away (Piano Version)

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

[NOTICIA] Regresso da beleza nórdica

Mantendo a sua média recente de um disco a cada ano, Eliwagar apresenta-nos via Great Turf Deluxe a sua mais recente proposta, "Fra Hjertet Av Norden" de seu nome (que se pode traduzir para algo como "Do Coração do Norte").

A mulher por detrás do projecto continua a dar-nos alguma da melhor música Folk Nórdica da actualidade, melancólia e até romântica, sempre inspirada na história arcana das suas origens e na natureza impressionante que a rodeia.

Num mundo muito negativista, esta é acima de tudo uma mensagem positiva de esperança. Enraizada em tempos em que os deuses nórdicos governavam o mundo, numa altura de prosperidade e paz antes do caos da guerra que se abateu sobre a região mais tarde, quase que é palpável a espiritualidade que emana deste disco. Uma audição bem agradável quando estamos menos satisfeitos com a vida.

O disco vem num belo digipack, acompanhado por um livreto de 20 páginas, um poster a cores (60 x 40 cms) e 4 autocolantes também a cores e resistentes à água. Uma edição apropriada para albergar um disco de qualidade superior.


O alinhamento completo é o seguinte:
  1. Isfell
  2. I deis Nordisken Vinterkleim
  3. Njarthar
  4. Melankoli i Skuvarigen
  5. Hdleygírlands
  6. Gryníngen
  7. El Norront Kjierlighet Sagn
  8. I deis Vakre Syldne Glog
  9. Nordlys

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

[NOTICIA] Ora diga lá 33

No passado dia 30 de Julho o Café Europa chegou à sua emissão número 33, continuando a brindar-nos com alguma da melhor música que se faz por esse mundo fora. Muitos dos projectos que falamos nesta página podem encontrar nos vários alinhamentos do programa, sendo por isso uma excelente forma de irem conhecendo novas propostas e de passarem duas horas muito bem acompanhados.

Desta feita temos uma emissão bastante ecléctica e variada, com propostas deste e do outro lado do Atlântico, de Leste a Oeste da Europa. Podem descarregar a primeira hora da emissão aqui e a segunda hora aqui.

O alinhamento completo é o seguinte:
    Hora 1
  1. JOY DIVISION – “Decades”  GB  
  2. KREUZWEG OST – “Thy Will Be Done” AUT 
  3. NATURAL SNOW BUILDINGS – “Spells” FR   
  4. AGNIVOLOK – “The Golden Skull” RUS
  5. STORMFAGEL– “Reach For The Sun” SUE
  6. HOROLOGIUM – “The Immoralist Creed” POL
  7. SUVERÄNA – “Tagen” ESP
  8. VOX POPULI! – “Herrvoragande” FR
  9. ALQUIMIA – “Danza De Xilonem” MEX
  10. BAIN WOLFKIND – “Tri-State Blues” AUT
  11. AIT! – “Il Mondo E Morto (Trent’anni Fa)” IT
    Hora 2
  1. CLAIR OBSCUR – “Decades” FR
  2. NAEVUS– “Idiots (let me in)” GB
  3. BADAWI – “Waves Of Conflict” USA/PAL
  4. JOY OF LIFE – “Hear The Children” GB
  5. COMMANDO SUZIE – “Glamour Y Background” ESP
  6. VAL DENHAM & Ô PARADIS – “You’re Not My Type” GB+ESP
  7. DERNIÈRE VOLONTÉ – “La Sentence Est La Même” FR
  8. HEKATE – “Ocean Blue” GER
  9. ARCANA – “As The End Draws Near” SUE
  10. L’EFFECT C’EST MOI – “Memoria, In Terris” IT
  11. STURMPERCHT – “Der Knabe Im Moor” AUT
  12. PAZUZU – “And All Was Silent” AUT
  13. THE OWL SERVICE – “The Two Magicians” GB
  14. BLOOD AXIS – “Exvocatio” USA
  15. STRIIDER – “Beelitz Heilsatten Sanatorium” NED