sábado, 2 de março de 2013

[NOTICIA] Damos as boas-vindas a uma estrela

Não é muito habitual termos projectos virtualmente desconhecidos que nos arrebatam totalmente com a sua estreia discográfica, mas quando acontece é uma sensação sublime. Neste caso em particular, essa sensação é ainda reforçada pelo facto de estarmos a falar de um colectivo nacional. Meus senhores e minhas senhoras, dêem as boas vindas aos Ermo!

Pode parecer pomposo, mas basta darem uma audição ao seu EP homónimo de estreia (lançado pela Not About Sushi) para perceberem a excitação deste lado. Em apenas 5 faixas, os Ermo (que são oriundos de Braga) atiram uma pedrada no charco da sonoridade típica que habitualmente ouvimos, e posicionam-se imediatamente como um dos colectivos a seguir com maior atenção.

Talvez o paralelo com Mão Morta não seja descabido, até mesmo com a presença de Adolfo Luxúria Canibal como convidado, mas o que mais sentimos ao ouvir Ermo é uma reminiscência de um passado glorioso, quase um lamento de um Império há muito desaparecido. Nada melhor do que vos deixar com o prefácio do Dr. Canibal:

"Como chegamos até aqui? A nossa candura, a nossa inocência, não nos preparou para tanto breu, para tantas lágrimas. E, com o peso da fatalidade a tolher-nos a voz, mergulhados na auto-comiseração, complacentes com a dor, choramos por outrora, à espera de um qualquer redentor que nos devolva à terra fecunda, ao sangue e vinho dissipados."

O alinhamento completo é o seguinte:
  1. Sem nome
  2. Destronado
  3. Montalegre
  4. Dies Irae
  5. Concílio

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