quarta-feira, 12 de junho de 2013

[NOTICIA] O que fica quando não há nada?

É uma pergunta filosófica, mas reflecte bem o sentimento com que ficamos deste lado quando ouvimos o trabalho de Simon Heath com os seus Atrium Carceri. Um mastodonte monolítico na forma de barreira sonora, que nos arrasta até ao abismo. Um enorme elogio, portanto.

Serve isto como introdução para o mais recente lançamento, que na prática é uma reedição em CD de um trabalho do ano passado. Falamos de "Void", que foi originalmente lançado apenas em formato digital e que ganha agora um merecido formato físico através de um selo também ele novo, a Cryo Chamber, gerido pelo próprio Heath.

Sempre a movimentar-se nos meandros do Dark Ambient, com pequenas ramificações para dar maior diversidade, este disco reúne um conjunto de intrépidos exploradores para a referida viagem ao abismo, onde a luz não existe e os deuses outrora se perderam, e tudo o que fica é o sentimento de vazio. Um trabalho recheado de pequenos detalhes que nos vão obrigar a repetir a audição. Só lhe podemos agradecer por isso.

O alinhamento completo é o seguinte:
  1. Dear Diary
  2. Humanity's Cradle
  3. A Curved Blade
  4. Reselected
  5. Victorian Meltdown
  6. Passage
  7. Endless Deep
  8. Debt
  9. Trembling
  10. Slower
  11. Ancient Past
  12. Reap

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