[NOTICIA] Tão actual hoje como no passado
Foi já há 14 anos que "The Empty Hollow Unfolds" foi editado pela Cold Meat Industry. Este disco dos Raison d'Être foi votado como o lançamento mais importante da agora defunta editora, para perceberem melhor a sua importância. Por isso nada melhor do que apreciá-lo numa versão melhorada e alargada, cortesia da :retortae:.
Este disco continua a quimera pessoal de Peter Andersson sob o tema da desolação, à nossa volta ou no nosso mundo interior. Nunca são discos alegres, mas antes intensos e introspectivos os que Peter nos propõe, adequados para colocar os phones nos ouvidos e largar o mundo que nos rodeia para nos lançarmos numa viagem interior durante a duração de cada um dos seus trabalhos.
A importância deste disco reflecte-se também na sua qualidade, sendo quase palpável a atmosfera lúgubre que Peter consegue criar. É como se estivéssemos a olhar para a nossa alma através de um espelho partido, sendo o reflexo que vemos uma distorção da realidade. Mas que nos obriga a reflectir sobre quem realmente somos e do que somos capazes nos nossos recantos mais obscuros.
A edição é limitada a 400 exemplares e é apresentada num digipack de 6 painéis. O primeiro CD, para além da versão original do disco, apresenta duas faixas bónus até ao momento inéditas. O segundo CD apresenta um conjunto de material ao vivo, a maior parte do qual registado em 2001 na Rússia, mas com momentos também de 2000 na Bélgica e de 2001 mas num local desconhecido.
O alinhamento completo é o seguinte:
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CD 1
- The Slow Ascent
- The Hidden Hallows
- End Of A Cycle
- The Wasteland
- The Eternal Return And The Infinity Horizon
- The Wasteland II (faixa bónus)
- The Eternal Return (faixa bónus)
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CD 2 - Live
- The Slow Ascent
- The Hidden Hallows
- The Verge Of Somnolence
- Mouldering The Forlorn I
- The Mournful Wounds
- The Wasteland
- Mouldering The Forlorn II
- The Wasteland
- In Emptiness
- Mouldering The Forlorn II
- The Eternal Horizon
2 comentários:
Se um dia me pedissem para escolher o disco da minha vida, sem hesitar, eu referiria este “The Empty Hollow Unfolds”. Recordo-me perfeitamente do dia em que o adquiri, em Maio de 2000, após encomenda prévia efectuada na Division House, de Oliveira de Azeméis. Ao longo desta década e meia escutei este disco centenas de vezes. Actualmente, e como escreves muito acertadamente, escutar este disco «É como se estivéssemos a olhar para a nossa alma através de um espelho partido, sendo o reflexo que vemos uma distorção da realidade. Mas que nos obriga a reflectir sobre quem realmente somos e do que somos capazes nos nossos recantos mais obscuros.»
Na actualidade, revisito-o sempre com muita prudência, mas também com a reconfortante sensação de alguém que sabe que vai dar início a uma bela viagem através dos lugares mais recônditos da psique. Uma verdadeira obra-prima que nem o próprio tempo consegue lapidar!
Um grande abraço!
Obrigado pelo teu comentário meu amigo, foi um prazer ler as tuas palavras e acima de tudo partilhar dessas magníficas recordações. Division House, ao tempo que já não me lembrava deles! :)
Percebo o impacto que o disco teve em muitas pessoas. Eu não o conheci na altura em que foi lançado, mas apenas mais tarde. Assumo que o impacto tenha sido já menor, mas não deixou de ser forte, por isso posso apenas imaginar a "bomba" que foi na altura. Não foi por acaso que o reconheceram como o "lançamento mais importante da CMI", o que para mim é dizer muito.
Concordo totalmente com a tua abordagem "prudente" às novas audições. Apesar da intensidade, o sentimento é algo frágil que deve ser manuseado com cuidado. Afinal, estamos a falar da nossa vida quando o disco começa a rodar...
Grande abraço e até breve!
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