[EVENTO] Sieben - Fábrica do Som, Porto - 29/06/2007

EVENTO: Sieben
LOCAL: Fábrica de Som, Porto
DATA: 29 de Junho de 2007, 23:00

A Fábrica de Som é um local excelente para este tipo de eventos, mais intimistas. Apropriado para um público algures por volta das 100 almas, consegue aliar um ambiente envolvente a uma maior proximidade público-artista, o que acaba por potenciar uma maior transmissão de energia entre ambos. Quando a coisa resulta bem, claro está.

E no caso de Sieben, resultar bem é pouco. O que se viveu ontem na Fábrica de Som foi um momento único, uma partilha entre músico e ouvintes e, acima de tudo, uma noite muito bem passada para todos. A organização está de parabéns, e esperamos que este não tenha sido apenas "um momento", mas antes um entre muitos outros.

Mas tinha sido a música do talentoso violinista que nos colocou todos naquele local, à mesma hora. Para quem conhece quer a sua obra a solo, em nome próprio ou sob a éfige Sieben, quer a sua colaboração com diferentes artistas e projectos (Sol Invictus, Tony Wakeford, etc.), não é novidade nenhuma que Matt Howden domina o violino como poucos. Mas entre ser um excelente músico e criar excelentes músicas, a distância é muito grande...

Felizmente que, neste caso, essa distância é virtualmente inexistente. Matt recorre a sequenciadores para ir criando camada após camada de ritmos, excertos de músicas e sons onde, sobre os quais, debita toda a sua sensibilidade melódica e técnica muito particular no manuseamento do seu instrumento. É inevitável que se perca parte do orgânico que representa um instrumento de cordas, mas a maquinaria é usada com mestria para criar a envolvência sonora que caracteriza os seus trabalhos. Particularmente curiosa é a forma como Matt usa o violino para criar toda a espécie de sons, desde dedilhar a madeira, raspar a barba nas cordas ou cantar para o pickup electrónico. Resultado: uma experiência muito mais gratificante ver um músico usar todo o reportório de recursos que tem ao seu dispor, do que apenas limitar-se a tocar em momentos por cima de uma palete sonora pré-gravada.

Com uma actuação de cerca de 1 hora, percorreu vários dos seus trabalhos com particular incidência nos mais recentes, mas cabendo na setlist algo capaz de agradar a todos. Depois de um encore já previsto no alinhamento, foi ainda "convencido" a tocar mais duas músicas para satisfação de todos os presentes. Também positiva a interacção com o público, claramente parecendo que estavamos mais numa tertúlia entre amigos do que num espectáculo típico.

Quando tudo corre bem, pouco mais há a dizer que não seja "repita-se!". Uma boa selecção sonora a cargo de alguns DJ's convidados ajudou a intensificar a experiência de uma noite muito bem passada. Apesar de todas as dificuldades, esta meia dúzia de horas (e todas as outras, em tantos outros locais) fazem-nos de facto reforçar a vontade de continuar a trabalhar por uma cena e uma sonoridade de que tanto gostamos. E quem corre por gosto, não cansa...

Até à próxima!

[EVENTO] Type O Negative + [f.e.v.e.r.] - Coliseu dos Recreios, Lisboa - 27/06/2007

EVENTO: Type O Negative + [f.e.v.e.r.]
LOCAL: Coliseu dos Recreios, Lisboa
DATA: 27 de Junho de 2007, 21:00

Parece-me inegável que os Type O Negative são uma das bandas mais influentes do espectro da música melancólico-pesada dos últimos anos. E também da pura bandalheira. É nesta dicotomia pérolas/porcos que a seminal banda Nova Iorquina assentou uma carreira tão recheada de polémicas e parvoíce como de puro génio e clássicos da música.

Por isso, e pela história que escreveram atrás de si, um espectáculo ao vivo dos Type O Negative é sempre um gigantesco ponto de interrogação. Já vi bootlegs de actuações quase perfeitas, assim como li relatos de serem vaiados pelo público para fora do palco depois de largos minutos de palhaçada sem se vislumbrar nem que fosse um ténue acorde de uma das suas músicas. Mas, acima de tudo, nunca os tinha visto ao vivo. Daí que esta primeira visita da banda a Portugal tenha sido a ocasião perfeita para vários milhares de fãs - que, diga-se, esperavam por este momento há muitos anos - se deslocarem ao Coliseu e viverem na própria pele o festival bizzaro que é um concerto dos Type O Negative.

Com um dia de distanciamento pelo meio, para solidificar as emoções e criar uma imagem clara dessa noite na minha cabeça, pessoalmente foi um concerto no mínimo "morno". Pelo que foi dito em cima, a expectativa também não poderia ser nunca muito alta, mas faltou aquela centelha ao espectáculo para o tornar emocionante. Não foi um desastre, longe disso, mas alternou bons momentos com outros no mínimo dispensáveis.

Foi um concerto dividido em três grandes partes, separadas por alguns momentos de pausa e de maior interacção com o público. Senti a primeira parte como quase um aquecimento - como se estivessemos a ver um ensaio da banda num qualquer estúdio em Brooklyn. Teve bons momentos, como a antémica "We Hate Everyone", mas aliada à fraca qualidade do som nos primeiros 10-15 minutos esteve uma banda que, em momentos, não sabia muito bem que música estava a tocar.

Pete Steele liderava um misto de emoção e confusão, com acordes ao lado, vocalizações sofríveis, um aspecto algo ébrio e um aparente desinteresse com o que se passava do outro lado do palco. O Aragonês devia estar a começar a "bater". :) Por outro lado, Kenny e Johnny (principalmente este último, com uma actuação de muito alto nível) compensavam o público com a energia que faltava ao seu frontman (com Kenny a assumir esse papel em vários momentos), e Josh mantinha-se alheado (como habitual) por detrás da sua maquinaria.

Depois de uma primeira pausa, a segunda parte do concerto tocou nos dois extremos referidos anteriormente: uma desinteressante demonstração de Pete de como simular vómito, acordes soltos de músicas de várias bandas (como Nirvana ou Beatles) - sem no entanto tocarem nenhuma delas -, uma demonstração que o Josh não sabe cantar e, quando tudo parecia perdido e se caminhava a passos largos para o abismo, finalmente a redenção. Quando se tem no reportório músicas como "Love You To Death" ou "Christian Woman", faz pouco sentido desperdiçar metade de um set já de si curto a (tentar) provar que são uns "gánda'malucos".

Depois da última pausa, e já com Pete movido a água, veio um dos momentos por que muitos dos presentes esperavam: "Black No. 1". Surpreendeu-me tocarem estas duas músicas do "Bloody Kisses", principalmente depois de terem dado entrevistas dizendo que estavam fartos de andar a tocar as mesmas músicas há mais de 10 anos, e deixarem de fora tantos clássicos quer do "October Rust" quer do "World Coming Down", mas uma escolha tinha que ser feita. Pena ter sido um pouco fraquinha, no cômputo geral.

Quando tudo acabou, não se pode dizer que tenha sido um mau concerto. Aliás, estive com várias pessoas para quem o concerto tinha sido fantástico. Pessoalmente, acho que não teve a atitude necessária para se tornar num momento memorável - faltou energia, emotividade, aquele edge que transforma algo banal em algo especial. A setlist foi bastante discutível, os momentos de devaneio mais longos do que o desejável, mas a magia dos Type O Negative também fez a sua aparição. Se, como disse Pete, estiverem de volta para o próximo ano, espero que superem em qualidade e duração este concerto.

A abrir, os [f.e.v.e.r.] demonstraram porque são um dos projectos nacionais a ter debaixo de olho. Uma actuação sólida, bem conseguida, plena de energia e com um público entusiasta, o que deixa prever uma boa recepção ao seu longa-duração de estreia. Foi uma excelente oportunidade para se apresentarem a um público mais vasto, e não a desperdiçaram.

Uma última palavra para o público, que acorreu em bom número mas longe de esgotar o recinto. Tivesse este concerto sido há 10 anos atrás, e o Coliseu teria esgotado em poucos dias. Faço minhas as palavras de Pete Steele: "gostaria de ter estado aqui há 18 anos atrás". Não digo tanto tempo, mas para quem chegou tarde, bem se podia ter esforçado um pouco mais...

[NOTÍCIA] Novidades dos The Joy Of Nature

Depois de uma ligeira mudança de nome, que acompanhou também um ajuste na sonoridade, os The Joy Of Nature têm estado bastante activos nos últimos tempos.

Já se encontra disponível uma sua faixa inédita, "Fire Only Rests When There's Nothing Left To Burn", na compilação gratuita disponibilizada pela Enough Records em cooperação com a Elegy Ibérica. Entitulada "Falésia", é composta por 26 faixas de projectos nacionais enquadráveis no Dark Ambient - uma proposta de qualidade e que pessoalmente recomendo a todos os que se interessam pela sonoridade e pela estado da nossa cena. Vão concerteza deparar-se com algumas surpresas.

Entretanto, a versão CDr do mini-álbum "The Shepherd's Tea" já não se encontra disponível, sendo no entanto possível continuar a obtê-lo em formato MP3 a partir da Woven Wheat Whispers. Continua disponível a versão vinil, para os interessados. Alguns excertos deste trabalho são possíveis de escutar no MySpace da banda.

Uma excelente notícia é a conclusão do alinhamento da primeira parte da trilogia "The Empty Circle", entitulada "Blood Traces and Fragments Of The Tradition". Mais perto do Folk tradicional e não tanto das raízes ambientais do projecto, opta também por abandonar o formato apenas instrumental que caracterizava os anteriores trabalhos. Para isso, Susana (a pessoa responsável pelas ilustrações dos The Joy Of Nature) foi recrutada para a voz, participando também com outros convidados em algumas partes instrumentais. O álbum está previsto ser gravado até ao final do ano, e conta com o seguinte alinhamento:

1. The mad woman who lives at the end of the woods
2. Horses are riding inside my veins
3. Ó Menino Ó (tradicional)
4. Shadows of Our Forgotten Ancestors
5. Absinthe, tea and the memory of Autumn leaves falling
6. From The Bowels of The Earth
7. Sete Cidades
8. Senhora do Almortão (tradicional)
9. Folia de Primavera
10. Tanchão da Maia (tradicional)
11. Terra de Lava e de Mar
12. Lira (tradicional)
13. O Cortejo Sinistro das Sombras
14. Por Tua Saudade

Para finalizar, Luís Couto está também a trabalhar num livro sobre A Tradição e a ilha de São Miguel (Açores), descrito pelo próprio como "um ensaio sobre música Folk, magia e esoterismo". Pela magia natural que o arquipélago encerra, antevê-se um resultado não menos mágico.

[EVENTO] Dois concertos em três dias

Este será certamente um ano profícuo em termos de promissores espectáculos ao vivo. Já vários tivemos oportunidade de presenciar (e sobre os quais aqui falar), e agora mais dois eventos de interesse se aproximam.

Já hoje será a vez dos Type O Negative, na sua primeira aparição por terras Lusas. Com a primeira parte assegurada pelos nacionais [f.e.v.e.r.], o Coliseu de Lisboa será o palco para um concerto há muito aguardado. Será que a seminal banda Americana nos presenteará com um excelente espectáculo, ou fará jus à sua fama não muito positiva nas aparições ao vivo? Amanhã por esta hora já saberemos...

Dois dias depois, será a vez de Sieben. Agendado para a Fábrica do Som, no Porto, a próxima Sexta-feira será a primeira de duas datas que o talentoso violinista fará em Portugal (no dia seguinte actuará em Sintra).

Numa actuação bastante mais intimista que a de hoje, espera-se que Matt Howden consiga recriar ao vivo a magia etérea e a intensidade da sonoridade gravada nos vários trabalhos que tem lançado, quer em nome próprio quer em diversas colaborações. Mais uma vez, dentro de alguns dias saberemos a resposta a essa pergunta.

E, para aumentar a expectativa, fica uma amostra do que nos espera logo:

[NOTÍCIA] Quatro novos lançamentos da Eibon Records

Nada como começar a semana (ou quase) com um quarteto de lançamentos da Eibon Records, uma das melhores editores independentes Italianas.

A primeira proposta é dos também Italianos Colloquio, com o novo registo "Si Muove E Ride". Lançado no decurso deste mês, no formato digisleeve, conta com mais de 53 minutos de música dispersa por 10 faixas, numa sonoridade que podemos enquadrar no domínio do Darkwave.

Liderado por Gianni, este colectivo tem no seu curriculum vários trabalhos com Canaan (e também participações pessoais em alguns dos seus trabalhos), para além de uma discografia extensa que se iniciou em 1993 com "Il Giardino Delle Lacrime". Poucas vozes como as de Gianni se podem encontrar no panorama musical actual, com a sua sensibilidade ímpar e capacidade lírica. Só por isto valeria a pena descobrir mais este projecto Italiano - não haverá fim à larga lista de propostas de qualidade oriundas do "país da bota"?

Mudando de continente, passamos a "Teratogenesis", a nova proposta dos Canadianos Bestia Centauri. Ao longo de 6 faixas somos brindados com mais de 63 minutos de música, numa média acima dos 10 minutos por faixa - interessante, no mínimo...

Embora muitas vezes classificada "apenas" de Dark Ambient, a sonoridade de Bestia Centauri é fortemente enraízada nas matrizes electrónica e acústica, com recurso aos computadores para criar a atmosfera caótica que caracteriza os seus trabalhos. Este é um trabalho conceptual sobre a génese e desenvolvimento de uma monstruosidade, desde um simples organismo unicelular até ao mutante que emerge das mandíbulas do dragão, das profundezas do abismo!

E se até agora tínhamos apresentado sonoridades mais pacíficas, a proposta dos Franceses Mourmansk 150 contraria essa tendência - o que aqui temos é Power Noise no seu nível mais abrasivo, violento, agressivo e duro!

Ao longo de 13 faixas e quase 54 minutos de ataque sonoro, somos bombardeados com camada após camada de ondas de choque. Uma ambivalência entre o Industrial old-school e a abordagem contemporânea ao Power Noise resulta, como o conceito gráfico ilustra, numa máquina bem oleada capaz de atropelar quem se cruze no seu caminho sem se precaver devidamente. E, no final, ainda fazer marcha-atrás para garantir que nada ficou incólume!

E o que acontece quando se mistura sonoridades Neo-Clássicas com outras tipicamente Power Noise? Basta colocar "Adamnation", a recente colaboração de First Human Ferro com Kenji Siratori para descobrir a resposta.

O colectivo Ucraniano recorreu ao insano artista Japonês para os ajudar a preparar uma receita sui generis: misturando sopranos femininos com ambientes sombrios, vocalizações Death Industrial abrasivas com melodias tradicionais, e um pouco mais de tudo o que tinham disponível, o objectivo é alargar os limites da música para além do experimentalismo e descobrir novos e inexplorados territórios. E provam ser capazes de o conseguir ao longo destes cerca de 48 minutos de puro devaneio musical.

[NOTÍCIA] Regresso dos Cataclyst

Curioso de ver o aparente reavivar do interesse no passado musical de Peter Andersson (dos Raison D´Être). Depois de um novo trabalho de Necrophorus (sobre o qual já tivemos oportunidade de falar), surge agora a reedição de "Monuments Of A Rubicund Age" dos Cataclyst, pela mão da Russa Tantric Harmonies.

Cataclyst foi um projecto temporário que Peter Andersson manteve activo em 1992-1993, juntamente com Johanna Rosenqvist (dos Institute). Aliando a melancolia bela dos trabalhos iniciais dos próprios Raison D'Être e mesmo de Necrophorus, com percurssões rítmicas industriais e a mesma agressividade maquinal que podemos ouvir em Institute, a sonoridade dos Catalyst fica completa combinando ainda um pouco da exótica atmosfera tribal de Svasti-Ayanam.

Editado originalmente na Yantra Atmospheres (a própria editora de Peter) numa edição limitada a 100 cópias em CDr, esta nova reedição apresenta ainda algumas faixas extra como bónus, totalmente remasterizadas, numa embalagem especial contendo alguns trabalhos fotográficos do artista Russo Pavel Bourchenko. Limitada a 600 cópias.

[NOTÍCIA] In Gowan Ring - "Exists & Entrances"

Este novo lançamento dos In Gowan Ring é uma retrospectiva dos anos 1994 a 2003 deste projecto fundamental no panorama musical Folk. Ao longo da sua carreira, Jon Michael B'Eirth e os seus companheiros de viagem ajudaram a transportar a música Folk do passado esquecido para o promissor presente, sempre na vanguarda de um movimento que ajudaram a criar, quais jograis de uma nova época.

Lançado pela Ahnstern, "Exists & Entrances" é composto por 2 CD's, 40 músicas e cerca de 157 minutos de música que nunca antes tinha sido oficialmente publicada. Entre outras participações, podemos contar com Michael Moinyhan e Annabel Lee (Blood Axis / Alraune) ou Markus Wolff (Waldteufel) ao longo deste trabalho, que conta para além de músicas tradicionais com algumas versões de bandas Folk dos anos 60 e 70 (como Strawbs, Nick Drake ou Fred Niel). Todas foram remasterizadas por Axel Frank (Werkraum) nos estúdios Blue Lounge em Berlim. Uma amostra do que podem ouvir neste trabalho está disponível no MySpace dos In Gowan Ring.

Como já é típico nas edições da Ahnstern (e da casa-mãe, a Steiklang Industries), também "Exists & Entrances" é disponibilizado em várias versões diferentes:

1. A edição regular, com um digipack produzido manualmente para albergar o duplo CD (na imagem de cima).
   


2. A edição especial, limitada a 100 cópias, numa caixa de madeira gravada (na imagem ao lado) contendo o duplo CD, um DVDr (contendo a gravação ao vivo do espectáculo de Birch Book em a 19 de Novembro de 2006 em Portland e também 2 vídeos de Francesco Paladino), e uma t-shirt (cinzenta com impressão em negro ou verde com impressão em bronze).
   

Fica um vídeo de outra actuação ao vivo dos In Gowan Ring, como amostra do que podem encontrar na edição especial:



E como a qualidade não era muito boa, aqui fica outro vídeo, desta feita de "Boat Of The Moon":

[NOTÍCIA] A revolução dos Stahlwerk 9

Os Alemães Stahlwerk 9 são daquelas bandas que não consegui deixar de gostar imediatamente quando os conheci. Quem usa uma frase de apresentação como "Disneyland Can Wait!" e cita como influência "Music, Martinis and Misanthropy" (numa óbvia referência) merece pelo menos que se ouça o seu trabalho com alguma curiosidade.

Mas isso também interessava muito pouco se a qualidade do seu trabalho não acompanhasse essa curiosidade. E, como podemos ver em "Revolution Of The Antichrist" (o seu mais recente trabalho editado pela Steiklang Industries) o Dark / Death Ambient praticado pelos Alemães é envolvente e cativante.

Num trabalho mais "calmo" e intensamente ritualista que os seus recentes registos (provavelmente mais perto de "Oradour" ou "1095"), paisagens sonoras hipnotizantes, ambiências Drone, percurssões subliminais e uma presença viva dos teclados compõem uma interessante e negra banda sonora para o final do mundo.

A componente visual deste trabalho é da autoria do pintor Russo Alexander Nemkovsky, que anteriormente tinha já trabalhado com Peter Anderson dos Raison D´Être.

A Steiklang optou por disponibilizá-lo em três edições diferentes:

1. Edição normal em CD com pasta de 7'' contendo 10 cartões com as pinturas de Alexander Nemkovsky, limitada a 666 cópias (representada na imagem de cima).
   


2. Edição especial em caixa de madeira de 7'' pintada a vermelho, com os mesmos 10 cartões da edição normal, limitada a 333 cópias (representada na imagem de baixo).


3. Edição de coleccionador numa enorme caixa de madeira com antigas dobradiças massiças, incluindo também uma t-shirt impressa de ambos os lados, limitada a 66 cópias.

Seja qual for a edição escolhida, vale a pena descobrir este novo trabalho dos Stahlwerk 9.

[NOTÍCIA] Novidades dos Waldteufel

Depois de mais de 3 anos de maturação, os Aústriacos Waldteufel vão lançar no próximo dia 15 de Julho, pela Beta-lactam Ring Records, o seu novo registo de originais, entitulado "Sanguis".

Inicialmente idealizado para ser um 12'', foi evoluindo até se tornar num longa duração completo. O conceito lírico de "Sanguis" é baseado no trabalho de duas quase esquecidas personalidades alemãs: Stefan George e Alfred Schuler, que podem ser considerados os pólos opostos no «Círculo Cósmico» (um grupo de autores alemães com inclinações místicas activos na Munique do fim do século), para além de outros fragmentos.

Musicalmente diverso, explora a sonoridade tradicional dos Waldteufel procurando expandi-la e aprofundá-la. As atmosferas densas estão lá, assim como as passagens ritualísticas, coros e percurssões dignas de hinos, tendo os Aústriacos recorrido a uma míriade de instrumentos para os criar, desde acordeão, violino, diferentes percurssões, guitarras, sintetizadores e, claro, a voz. Foi inteiramente gravado pelo famoso percurssionista Markus Wolff e Tyrsson Sinclair (outrora nos Warhate, agora explorando vários projectos a solo).

Para celebrar o evento, a Beta-lactam Ring vai lançar 4 (!) diferentes edições deste trabalho:

1. Edição em CD, com uma tiragem inicial de 900 cópias em caixa formato livro, contendo um livreto de letras de 8 páginas. As primeiras 50 cópias vão incluir um cartão numerado e assinado pela banda.


2. Edição em LP, limitada a 300 cópias em vinil de 200 gramas.


3. Edição especial LP + 7'', limitada a 100 cópias numeradas e assinadas, em vinil vermelho de 220 gramas. O invólucro do 7'' bonus será manualmente produzido pela banda. Para coleccionadores.
   


4. Edição ainda-mais-especial LP+7''+Artwork, limitada a 35 cópias numeradas e assinadas, apenas um exemplar disponível para encomenda por cliente, em vinil vermelho de 220 gramas. O invólucro do 7'' bonus será manualmente produzido pela banda. O artwork é uma peça de medidas 12''x12''x1'' em gesso e em relevo, criada por Markus Wolff. Especialmente dirigida aqueles para quem Waldteufel é muito mais do que apenas uma banda.
   

Ainda este ano, a Steiklang Industries reeditou "Rauhnacht", originalmente lançado na nacional Terra Fria. O mCD original continha 4 faixas perfazendo 28 minutos de música, e foi editado numa edição limitada de 500 exemplares em caixa de plástico com grafismo a preto e branco. Para esta nova versão, 2 novas faixas perfazendo cerca de 12 minutos foram adicionadas, 2 das faixas originais foram remisturadas e todas as faixas originais foram também remasterizadas.

Assim sendo, acabamos com 6 faixas e pouco mais de 40 minutos de música relativas aos rituais Rauhnacht da Aústria / Sul da Alemanha. O termo "Rauhnacht" provém do mundo rural, uma banda sonora arcaica para as sagradas noites de Verão, combinadas com melancólicas baladas Folk e hinos pagãos.

Todo o conceito gráfico para esta reedição foi criado por Markus Wolff em Maio de 2007, pinturas em placas de madeira, e a edição em CD (formato digipack) assim como a edição em LP (limitada a 500 cópias) contam com um livreto de letras em Alemão e Inglês. O trabalho foi masterizado por Axel Frank (dos Werkraum) nos estúdios Blue Lounge em Berlim.

[NOTÍCIA] Creo In Uno Deum

A editora Italiana Trinitas Productions, que se define como "selo dedicado a música sacra extrema com influências cristãs", lançou há algum tempo uma compilação conceptual acerca do cristianismo. Embora não tenha reparado nela quando foi publicada, cruzei-me com a notícia recentemente e pareceu-me de alguma forma relevante para trazer a esta casa.

Num conceito no mínimo pouco visto (daí o interesse), e evangelhismos à parte, temos aqui um CD perfazendo cerca de 73 minutos de (boa) música, incluindo alguns projectos muito bem conhecidos do panorama actual. Adicionalmente, o lançamento é acompanhado de um livro com 64 páginas a cores, incluindo escritos, pensamentos, imagens e artigos acerca do cristianismo, autoria de todas as bandas presentes na compilação.

Se ainda estão por aí, e consideram o conceito tão interessante como nos pareceu, fiquem com as bandas presentes na iniciativa:

• Von Thronstahl (Alemanha)
• The Days Of The Trumpet Call (Alemanha \ Reino Unido)
• Thorn-Agram (Polónia \ Croácia)
• Lonsai-Maikov (França)
• Rose, Rovine E Amanti (Itália)
• Kriegsfall.U (Hungria)
• Parzival (Rússia)
• Hidden Place (Itália)
• Zebaoth (Hungria)
• Gregorio Bardini (Itália)
• Kayno Yesno Slonce (Bulgária)
• Oda Relicta (Ucrânia)
• Our God Weeps (Hungria)
• Militia (projecto alternativo de Magnifiqat) (Itália)

[NOTÍCIA] TenHornedBeast na Cold Spring

Depois do novo trabalho dos Von Thronstahl (sobre o qual falamos há uns dias), a Cold Spring Records tem já um novo lançamento na calha para o próximo mês de Julho.

Desta feita a honra cabe a "The Sacred Truth", o novo trabalho dos TenHornedBeast. Neste 3º registo do projecto de Christopher Walton, a típica sonoridade Drone, com montanhas de feedback a catapultar-nos para ambientes evocativos, extende-se ao longo de 5 composições que tresandam a enxofre.

O alinhamento previsto para "The Sacred Truth" é o seguinte:

1. Oppression Sacrament
2. Our Lady Of The Lightning Bolt
3. Strength Through Fear
4. In The Teeth Of The Wolf
5. Christus Nox

Christopher Walton é conhecido por ser metade do genial duo que trabalhou desde os anos 90 do século passado no projecto Dark Ambient Endvra. Depois de anos de sucesso e de lançamentos seminais, TenHornedBeast é o seu projecto pessoal, trilhando um caminho ténue entre som e evocação.

[NOTÍCIA] War Office Propaganda muda de nome...

Nada de muito bom veio da mistura dos mundos da música e da política... como recentemente a War Office Propaganda veio a descobrir.

Devido à irascibilidade dos "censores do mundo" - ou seja, as pessoas sem mais nada para fazer -, a WOP viu-se compelida a mudar de nome para Rage In Eden Records. O epíteto WOP continuará a ser usado em contextos específicos, mas é melhor começarmos a desabituar-nos do familiar logo que acompanhou tantas edições de qualidade para nos começarmos a habituar a uma nova designação - e espera-se que pelo menos a mesma qualidade.

Fica o comunicado completo da Rage In Eden:

"The world of music is much better and beautiful than world of politics, religions, ideologies and social relations. That is why we have chosen the world of music for our activity. But politics, religions and other ideologies are envious creatures, don't let us to escape from them so easy, they interfere in every activity with their tentacles. War Office Propaganda wasn't created for any purposes other than promotion of music. We always have been only musical label. No hidden propaganda here. No left-winged, no right-winged nor whatever. But in this world of war, lies, famine, death, greed and propaganda, it seems that even such words are not welcome.

To have in mind the welfare and peace of all our friends all over the world, we have decided to change our name. Keeping the same spirit of War Office Propaganda we have just started new chapter. A chapter called RAGE IN EDEN. We hope all of you will stay with us. We don't say farewell to WOP forever. Some of our releases will be still marked this name, but actually it's just a name. We, who stand behind it, we still remain the same."

[NOTÍCIA] Novo lançamento dos Von Thronstahl

No dia 9 de Julho a Cold Spring Records irá lançar o novo trabalho dos Von Thronstahl. Entitulado "Sacrificare" será composto por 14 novas faixas, perfazendo pouco mais de 70 minutos do excelente Neofolk a que os germânicos nos habituaram ao longo dos anos.

Sendo considerado pelos próprios como o "lançamento mais comercial dos Von Thronstahl até à data", alterna a tradicional sonoridade intensa e poderosa com orquestrações românticas, mantendo sempre a melodia na fila da frente da textura sonora. Impressionante continua a ser a capacidade de composição de Josef K, que leva os Von Thronstahl a produzirem uma excelente faixa atrás da outra. Podem ouvir um tema deste mais recente trabalho no MySpace da banda.

A primeira edição será limitada a 3000 cópias, sendo apresentada num luxuriante digipack em tons preto e dourados (na imagem). O alinhamento proposto é o seguinte:

1. The Age Of Decay And Democracy
2. Molti Piu Onore
3. Gloomy White Sunday
   
4. Occidental Identity
5. Ganz In Weiss Und Ganz In Eisen
6. Dressed In Black Uniforms
7. Mother Of Mercy (Versão Alemã)
8. Demnezev Exista
9. Sacrificare
10. Palästina (Instrumental)
11. Undefinierbare Sehnsucht
12. Berg-Einsamkeit
13. The Four Horsemen Of The Apocalypse
14. Gloomy White Sunday (Versão Non-Rhythm)

Mas as boas notícias não se ficam por aqui. Adicionalmente a esta versão, a Cold Spring colocará no mesmo dia à venda uma versão dedicada especialmente a coleccionadores. Limitada a apenas 1000 exemplares, contém um CD 3'' bónus incluindo remixes exclusivos das faixas dos Von Thronstahl que foram originalmente publicadas no CD "Pessoa - Cioran".

O alinhamento do CD bónus é então o seguinte:

1. O Quinto Imperio (Pessoa)
2. Interregnum (Pessoa)
3. O Encomberto (Pessoa)
4. The Death Of The Trumpet (Cioran)
5. L'Amour De La Solitude

[NOTÍCIA] Ô Paradis - atraso rentabilizado

A italiana Punch Records irá lançar no dia 4 de Julho o lançamento do 7'' repartido entre duas das melhores propostas Catalãs dentro do panorama Pop / Electro / Folk: Comando Suzie e Ô Paradis.

Apesar do nome pouco original, "Split" apresenta uma faixa inédita de cada banda: "El Pequeño Tamborilero" foi a proposta do tresloucado duo Comando Suzie para a sua estreia na Punch (uma faixa mais Folkish com letra esquizofrénica), enquanto que "Pergamino" é a proposta dos Ô Paradis.

Devido a algum atraso na produção do lançamento, que terá uma edição limitada a 300 exemplares, a Punch não quis perder mais tempo e anunciou também para o mesmo dia 4 de Julho o lançamento de "Cuando El Tiempo Sopla", o novo registo de originais dos Ô Paradis.

A banda Catalã é reconhecida pela sensibilidade Pop das suas composições, e da envolvência que gera com o ouvinte nos ambientes sonoros que é capaz de criar. A brisa do tempo passa gentilmente, balouçando os cabelos de quem se deixa levar pelas novas 14 faixas propostas, numa edição complementada com um livreto de 16 páginas a cores.

O alinhamento de "Cuando El Tiempo Sopla" é o seguinte:

1. 6:30
2. Dias
   
3. Cuerda
   
4. Guarida
5. 14:45
6. Dejar de Correr
   
7. Tiempo
8. Olvido
   
9. Desnuda
   
10. Luz del Presente
11. Sexo a la Luna
    
12. Espacio
13. 3:59
14. 6:66 (H.V.)

[EVENTO] Dwelling - FNAC Coimbra - 15/06/2007

EVENTO: Dwelling
LOCAL: FNAC, Coimbra
DATA: 15 de Junho de 2007, 22:00

O auditório da FNAC de Coimbra foi ontem palco do primeiro de uma série de concertos dos Dwelling de apresentação do seu novo trabalho, "Ainda É Noite", recentemente editado pela Equilibrium Music.

O formato showcase foi o escolhido, apropriado para o evento. As condições proporcionadas pelas lojas FNAC são razoáveis, com um palco, sistema de som e luzes adequados a concertos de pequena dimensão e duração, mais intimistas e orientados à apresentação dos artistas e bandas que por lá passam a um público que muitas vezes não é o seu - embora alguns acabem por se tornar apoiantes depois de um evento.

Um pouco depois das 22h, e perante uma audiência bem composta, os 6 músicos subiram ao palco e apresentaram algumas das melhores faixas do seu recente disco aos presentes. Foram interpretados os temas "Da Minha Ausência" (uma das mais brilhantes composições dos Dwelling), "Acordar", "Fujo De Mi", "Ainda É Noite" e "Sou Eu!", com uma prestação muito bem conseguida por parte da banda.

Aliada à simpatia de Catarina Raposo, o dedilhar incessante de Nuno Roberto e Moritz Branco faziam as guitarras clássica e portuguesa vibrar com prazer, enquanto que Jaime Ferreira proporcionava o enchimento sonoro do grave do seu baixo (talvez um pouco alto demais no mix global) e Sílvia Freitas e Alexandra Bochmann proporcionavam momentos de grande sensibilidade com os seus violinos. Quando nos sentimos a arrepiar com alguns dos momentos mágicos criados pelos instrumentos que ouvimos, é sinal que o concerto está a correr bem e os músicos conseguem transmitir a emoção da sua sonoridade.

Dois pontos negativos a assinalar: a curta duração do espectáculo (que já era conhecida, mas mesmo assim sabe sempre a pouco quando o estamos a apreciar), e a falta de respeito de 3 indivíduos que resolveram discutir com a empregada do bar por não lhes servir café durante o concerto - mesmo depois de lhes explicarem que o som dos moinhos e máquina de café incomoda quer os músicos quer a assistência. Lamentável.

Pela nossa parte, estaremos presentes nas FNAC do Porto para assistir a mais dois belos concertos. E ficamos à espera de um "longa duração" ao vivo, para podermos alargar a aprazível experiência.

Esta é uma imagem promocional da banda e não do concerto de ontem.

[EVENTO] Dwelling - apresentações nas FNAC

Os Dwelling vão iniciar hoje, em Coimbra, um períplo por algumas das lojas FNAC em Portugal, realizando showcases de apresentação do seu novo trabalho, "Ainda É Noite" (já aqui analisado no passado).

Num formato já conhecido da banda, ao longo de pouco mais de um mês irão percorrer Coimbra, Lisboa, Faro e Porto em concertos mais curtos, mas também mais descontraídos, possibilitando a todos os interessados um contacto com os novos 11 temas, alguns dos quais também disponíveis para audição no myspace da banda.

A lista completa de datas é a seguinte:

• 2007-06-15: FNAC Coimbra, 22h00
• 2007-06-16: FNAC Chiado (Lisboa), 22h00
• 2007-06-30: FNAC Algarve (Guia), 17h00
• 2007-07-20: FNAC Gaia, 22h00
• 2007-07-21: FNAC Sta. Catarina (Porto), 17h00
• 2007-07-21: FNAC Norte Shopping (Porto), 22h00

[NOTÍCIA] Deine Lakaien - 20 anos de vanguarda

A Soulfood Music colocou no mercado no passado dia 8 um lançamento muito especial: trata-se da gravação de um concerto dos Deine Lakaien com a Neue Philharmonie Frankfurt (Nova Orquestra de Frankfurt), comemorativa dos 20 anos de carreira da seminal banda alemã, e uma das datas da tournée apropriadamente entitulada "20 Years of Electronic Avantgarde".

Disponível no formato CD duplo, com a totalidade das 21 faixas que Alexander Veljanov, Ernst Horn e a Nova Orquestra de Frankfurt tocaram nessa noite, e em DVD duplo, com alguns extras bónus, como filmagens do tour bus e versões cinemáticas da tournée, a experiência ganha uma nova dimensão com a edição especial de 5 discos. Contendo os 2 CD's e 2 DVD's das edições anteriores, é também incluído um DVD extra recheado de material adicional, com muitas surpresas a descobrir sobre os Deine Lakaien e esta tournée comemorativa em particular. Essencial para todos aqueles que se interessam pela cena Gótica com matrizes Electrónicas, versão alemã.

Quem ainda não estiver convencido da grandiosidade deste lançamento e da importância dos Deine Lakaien no panorama musical global, dê uma vista de olhos nos seguintes vídeos:

[NOTÍCIA] 3ª edição da compilação Steinklang

A Steinklang Industries lançou recentemente a 3ª edição da sua série de compilações, famosas por recolherem algumas das melhores propostas da editora a um preço muito reduzido.

Apropriadamente entitulada "Steinklang Industries III" e referente ao período 2006-2007, conta com 20 faixas em pouco menos de 80 minutos de música.

Metade do alinhamento é dedicado à cena Industrial, Noise e Dark Ambient, com participação das seguintes bandas:

• Indigo Larvae
• Stahlwerk 9
• Flutwacht
• Grimbergen
• Institution D.O.L.
• S.T.U.G.218
• Antracot
• Dissecting Table
• Maurizio Bianchi + Land Use
• A Challenge of Honour

A outra metade é dedicada à cena Folk e relacionados, com a participação das seguintes bandas (destaque para a presença dos nacionais Sangre Cavallum):

• Un Defi d'Honneur
• Allerseelen
• Werkraum
• Svarrogh
• In Gowan Ring
• Zlye Kukly
• Sangre Cavallum
• Phase II
• Sturmpercht
• Waldteufel

[NOTÍCIA] Edição dupla dos Blutengel

A Out Of Line prepara-se para lançar no próximo dia 13 de Julho (apropriadamente uma 6ª feira) uma edição dupla dos Blutengel.


O single "Lucifer" verá a luz do dia com duas «roupagens» diferentes: a versão "Blaze" (apresentada em cima) e a versão "Purgatory" (apresentada em baixo).


Cada edição será composta pelo tema principal do single, uma remistura diferente desse mesmo tema, uma nova versão de um clássico dos Blutengel e versões ao vivo de dois dos seus maiores sucessos.


Numa edição para coleccionadores, será também possível adquirir um pacote com ambas as edições do single, disponível nas lojas especializadas.



O alinhamento completo de cada uma das versões é o seguinte:

"Lucifer - Blaze":

1. Lucifer ( Versão Single )
2. Lucifer - The Tempter ( Remix de Rabia Sorda )
3. Black Roses 2007 ( Convertido por Eminence of Darkness )
4. My Saviour ( Ao Vivo 2007 )
5. Der Spiegel ( Ao Vivo 2007 )

"Lucifer - Purgatory":

1. Lucifer ( Versão Single )
2. Lucifer ( Remix de Necessary Response )
3. Seelenschmerz 2007 ( Convertido por Eminence Of Darkness )
4. Solitary Angel ( Ao Vivo 2007 )
5. Bloody Pleasures ( Ao Vivo 2007 )

Fica o vídeo ao vivo de "Solitary Angel", um complemento que seria bem-vindo a qualquer uma das edições.

[NOTÍCIA] Duas novas compilações dos Das Ich

Depois de "Cabaret" em 2006, este ano será provavelmente um ano de interregno no que diz respeito a edições originais dos Das Ich. No entanto, para compensar, teremos dois lançamentos retrospectivos da carreira dos ícones germânicos.

A Danse Macabre, editora de longa data dos Das Ich, prepara-se para editar "Addendum", um CD duplo com algumas das suas melhores faixas, versões demo, temas ao vivo e outro material interessante.

Recuperando quase todo o historial dos Das Ich, desde os primórdios até aos tempos mais recentes, percorremos ao longo das 33 faixas a evolução da sonoridade que os tornou conhecidos em todo o mundo.

O alinhamento proposto pela Danse Macabre é então o seguinte:

CD1

1. Mann und Frau gehen durch die Krebsbarracke
2. Kleine Aster
3. Saal der kreissenden Frauen
4. Schöne Jugend
5. Requiem
6. Negerbraut
7. Mutter
8. Der Arzt I – III
9. Erde ruft
10. Der Schrei (remix dos Lab X)
11. Das Ich Im Ich (remix dos And One)
12. Unschuld Erde (remix dos Funker Vogt)
13. Destillat (remix dos VNV Nation)
14. Das ewige Licht
15. Kokon
16. Zweisamkeit
17. Epilog
18. Bin ich es denn ?

CD2

1. Destillat (versão clube extendida)
2. Chroma (versão Soldano)
3. Kindgott (versão extendida)
4. Kindgott (Childhood)
5. Gott ist tot (Nietzsche Edit)
6. Von der Armut (versão extendida)
7. Von der Armut (edição invertida)
8. Der Schrei
9. Jericho (ao vivo)
10. Dein Leben (ao vivo)
11. Des Satans neue Kleider (ao vivo)
12. Irrlicht
13. Ein Tag vergeht
14. Gefallener Engel (versão demo)
15. Exorzist (versão demo)

Alternativamente, a Metropolis irá editar no próximo dia 10 de Julho uma compilação focada nos melhores momentos dos Das Ich.

Entitulada "Alter Ego", irá cobrir a carreira dos alemães desde "Satanische Verse" de 1990 até ao recente trabalho "Cabaret" de 2006, procurando focar os grandes temas que tornaram os Das Ich a instituição que hoje encarnam.

O alinhamento proposto pela Metropolis é o seguinte:

1. Gottes Tod
2. Kain Und Abel
3. Der Schrei
4. Von Der Armut
5. Unschuld Erde
6. Das Dunkle Land
7. Garten Eden
8. Destillat
9. Kindgott
10. Mann Und Frau Gehen Durch Die Krebsbaracke
11. Bin Ich Es Denn
12. Schwarzer Stern
13. Uterus
14. Schwarzes Gift
15. Opferzeit

Em qualquer uma das propostas, a mesma garantia: qualidade musical inusitada proporcionada por uma das maiores bandas alemãs da actualidade. Para o comprovar, um vídeo da actuação ao vivo dos Das Ich no Baroeg Open Air de Roterdão (Holanda), no ano passado, concretamente da faixa "Der Schrei" - presente em ambas as compilações.

[NOTÍCIA] 10 Anos de L´Âme Immortelle

Depois de 10 anos no activo, os L'Âme Immortelle vão editar uma compilação retrospectiva dos seus melhores temas, apropriadamente entitulada "10 Jahre". Para além de uma compilação pessoalmente elaborada por Sonja e Thomas, este trabalho apresenta ainda dois temas novos: "Come Closer" e "No Tomorrow".

Tudo começou em 1997 com o registo de estreia "Lieder Die Wie Wunden Bluten", em que o duo de músicos consegue recriar o sentimento vivido na cena Gótica da altura, com a sua sonoridade electrónica e letras emotivas. Ao longo da sua carreira conseguiram eficazmente manter-se na vanguarda da cena Electro-Goth mundial, graças a conceitos inovadores como em "Gezeiten" (2004) e "Auf Deinen Schwingen" (2006), onde o conceito gráfico assumiu uma preponderância central como complemento da sua sonoridade.

O alinhamento preparado por Sonja e Thomas é o seguinte:

1. 5 Jahre
2. Phönix
3. Nur Du
4. Tiefster Winter
5. Aus Den Ruinen
6. Fallen Angel
7. Stumme Schreie
8. Judgement
9. Lass Mich Fallen
10. Du Siehst Mich Nicht
11. Gefallen
12. Stern
13. Bitterkeit
14. Figure In The Mirror
15. Life Will Never Be The Same Again
16. Come Closer (faixa bónus)
17. No Tomorrow (faixa bónus)

Da faixa "Nur Du", que faz parte do alinhamento, fica o vídeo oficial:

[NOTÍCIA] Dark Water Memories & Verbum

Mais duas novidades da War Office Propaganda. "The Rejuvenation..." é o álbum de estreia dos Húngaros Dark Water Memories, e apresenta uma banda sonora para o oblívio. Matolcsy Kálmán, o mentor do projecto, descreve o sentimento de perca como inspiração para este trabalho, combinado com o ímpeto de traçar um caminho do imediato para um destino para além das estrelas. Se acham o conceito estranho, explorem a sonoridade presente em "The Rejuvenation...": camadas de drone psicadélico que se esbatem sobre ritmos etéreos, criando um ambiente propício aos sonhos. Recomendado ouvir na aurora de um novo dia.

Já os Verbum são o projecto paralelo de Roberto G., dos Espanhóis Fraktal Emotions. "Aevum" é também a sua estreia, caracterizado por uma sonoridade Neo-Clássica e Pós-Industrial, baseada em ambientes apocalípticos e passagens étnicas, com passagens spoken word em Espanhol e Latim. Cada Aevum a que o título faz alusão representa uma fase do conhecimento que aprendemos desde o nascimento até à morte, sendo este trabalho composto por 9 Aevums ao longo de mais de 1 hora de música. Diferentes instrumentos de diferentes partes do mundo, desde piano, violino, sons electrónicos e várias percurssões, transportam-nos para outra dimensão sonora.

[NOTÍCIA] Alcest, ou como passar de Black Metal a Atmosférico

Em 1999, Neige forma os Alcest como um projecto Black Metal. Lança uma demo em 2001 e um EP em 2005 - "Le Secret" - que causa alguma sensação no movimento underground Black Metal Francês. Até aqui nada de estranho, uma história igual a muitas outras. O que começa a ser diferente é o que acontece depois: muda completamente de sonoridade, assina pela Prophecy Productions e prepara-se para editar em Agosto deste ano "Souvenirs D'Un Autre Monde".

Neige descreve a sua nova sonoridade como "música de outro mundo". Sons atmosféricos e delicados, recheados de luz e esperança num mundo de beleza etérea, mas onde também podemos encontrar nostalgia. Podemos ouvir uma amostra do que será publicado no dia 6 de Agosto no MySpace da banda.

"Souvenirs D'Un Autre Monde" é composto por seis faixas, com o seguinte alinhamento:

1. Printemps emeraude
2. Sounvenirs d'un autre monde
   
3. Les Iris
4. Ciel errant
5. Sur l'autre rive je t'attendrai
6. Tir Nan Og

A faixa título pode ser ouvida na íntegra aqui - a porta de entrada de um mundo a descobrir.

[NOTÍCIA] Reedição e Concerto de Current 93

Os Current 93 vão reeditar em duplo Vinil a trilogia "The Inmost Light", já disponibilizada pela Durtro em CD triplo anteriormente. Esta versão em vinil terá também um livreto extenso contendo todo o texto e fotografias do grupo. Estará disponível nas próximas semanas.

David Tibet e seus pares agendaram um concerto muito especial, no próximo dia 8 de Setembro em Florença, Itália. No que promete ser mais uma noite inesquecível, convém ir marcando já na agenda para garantir a presença.

And now for something completely different... Que tal um vídeo de Doug Anson e Andrew WK numa road trip pelo Canadá rural, num Cadillac DTS ouvindo uma faixa de "Soft Black Stars", originalmente publicado em 1998 em CD e LP, com reedição em CD em 2005? Curioso, no mínimo. :)

[NOTÍCIA] Novo VAST para download

Os VAST são uma das melhores bandas que acompanho há muitos anos, mas infelizmente funcionam comercialmente e orientados ao cliente na forma inversamente proporcional à música que produzem. Certamente não será por vontade expressa de Jon Crosby, mas desde que a 2Blossoms (a loja oficial dos seus produtos) me ficou com o dinheiro sem nunca me enviar os discos que encomendei, a imagem nunca foi a mesma. Da loja, não da banda - não convém misturar indústria com arte.

Depois de pedaços de puro génio como foram a estreia "Visual Audio Sensory Theater" ou a experiência editorial tenebrosa de "Nude", regressam às edições de originais com "April" - 12 novas faixas, em que 5 são inéditas e 7 são versões alternativas da versão online de "April", já anteriormente disponibilizada.

VAST é também sinónimo de uma ligação preponderante a uma nova forma de chegar ao público - depois de uma experiência terrível com a 456 Entertainment, a 2Blossoms disponibiliza directamente para download as edições da banda, entre originais, actuações ao vivo e versões alternativas ou prévias de lançamentos. Discutível a opção, para quem (como eu) gosta particularmente de ter um produto completo nas mãos (a audição é apenas um dos sentidos), mas inegável a mudança que se sente na indústria discográfica. De qualquer forma, podemos também esperar uma edição em CD de "April" para meados de Agosto... isto assumindo que a 2Blossoms consegue despachar as encomendas a quem pretende apenas apreciar boa música.

[NOTÍCIA] Tenhi de regresso aos escaparates

Pouco depois da edição do seu mais recente trabalho, os Tenhi têm já planeada uma verdadeira pérola para todos os que apreciam a sua sonoridade. A 6 de Agosto, a Auerbach editará uma compilação que celebra os 10 anos de carreira da banda Filandesa, numa edição muito especial.

Entitulada "Folk Aesthetic 1996-2006", contém mais de 3 horas de material raro e inédito do período a que o título faz alusão. Foi Tyko quem desenhou toda a componente gráfica deste lançamento, que será composto por 3 CD's embalados num luxuoso digipack, incluindo ainda um livrete de 76 páginas contendo informação sobre cada música, letras e correspondentes traduções, e muito mais.

O alinhamento previsto é o seguinte:

CD 1

Kertomuksia (demo 1997)
1. näkin laulu
2. havuisissa saleissa
3. tenhi
Hallavedet (mcd 1998)
4. hallavedet
5. hiljaiseksi lampi jää
Airut:ciwi (mcd 2000)
6. tuulennostatus
7. kielo
8. ciwenkierto

CD 2

1. kausienranta (inédita)
2. suortuva (versão alternativa)
3. etäisyyksien taa (da promo 1997)
4. linnuit (inédita)
5. tuulenkaato (versão alternativa)
6. sydänvalkea (inédita)
7. kuoppa (versão demo)
8. korvenraivaajat (versão demo de jäljen)
9. kielo (música bónus do álbum Kauan de 1999)
10. niin auer hiljaa vie (música bónus do álbum Kauan de 1999)

CD 3 (álbum inédito da entidade denominada Kaski)

1. häie
2. luo varjo
3. koiranlainen peura
4. suruiksi soi
5. sarahdus
6. tuuli varista
7. laule
8. vasen
9. neidiie

Iniciando a contagem decrescente, já falta menos de um mês para o lançamento desta peça imprescindível para conhecer melhor a história dos Tenhi.

[NOTÍCIA] Novo trabalho de Vladimír Hirsch

Vladimír Hirsch é um dos mais profícuos compositores Checos contemporâneos. Para além do seu trabalho em Aghiatrias, Zygote e Skrol (que inaugurou as aventuras no mundo da edição da nacional Dagaz Music), ainda tem tempo para uma série de lançamentos em nome próprio, extravasando todas as suas qualidades enquanto músico.

Desta feita, "Concert Industriel Pour Orgue" chega-nos pelas mãos da Italiana Ars Benevola Mater. Como o próprio nome indica, Vladimír apresenta-nos um trabalho com uma raíz clássica, em que as teclas dos orgãos e sintetizadores são rainhas, com espaço também para a percurssão e orquestra, mas sem descurar a sonoridade base Dark Ambient / Industrial que tem sempre acompanhado os seus diversos trabalhos.

É um Opus que iniciou a sua construção em 1997, foi revisto pelo autor e em 2002 atinge finalmente a sua forma final, lançada agora em 2007 pela ABM. O que é particularmente entusiasmante é que este trabalho, para além de ser editado em nome próprio, será a primeira parte de uma caixa composta por 7 CD's, entitulada "The Assent To Paradoxon" que revisitará a obra de Vladimír Hirsch e que será lançada também pela editora Italiana. Imperdível!

Enquanto esperamos por esse momento, fica o alinhamento de "Concert Industriel Pour Orgue":

1. Part I. Ouverture
2. Part II. Essai
3. Part III. Intermėde
4. Part IV. Ensemble

[NOTÍCIA] Collide + Curve = The Secret Meeting

A Noiseplus Music vai lançar em Junho a estreia discográfica dos The Secret Meeting, nascidos da colaboração entre kaRIN & Statik dos Collide e Dean Garcia, o multi-facetado músico que faz parte do núcleo fundador dos Curve.

Combinando o passado Electro / Darkwave / Dark Rock das outras bandas dos criadores de The Secret Meeting, não é portanto de admirar que "Ultrashiver" seja uma incursão na mais obscura música alternativa feita nos últimos anos. Sensual e emotiva, mas também etérea e agressiva, são algumas palavras que podemos associar a estas 10 faixas, uma sonoridade sempre criada com base na electrónica e com uma fantástica voz feminina a coroar a ambiência. Embora sejam recorrentemente associados a Dead Can Dance, parece-me um som mais perto dos próprios Curve ou de um Massive Attack (nos seus momentos áureos) - mas nada como descubrirem por vós mesmos, certamente não será tempo perdido.