[EVENTO] Sieben - Fábrica do Som, Porto - 29/06/2007
EVENTO: Sieben
LOCAL: Fábrica de Som, Porto
DATA: 29 de Junho de 2007, 23:00
A Fábrica de Som é um local excelente para este tipo de eventos, mais intimistas. Apropriado para um público algures por volta das 100 almas, consegue aliar um ambiente envolvente a uma maior proximidade público-artista, o que acaba por potenciar uma maior transmissão de energia entre ambos. Quando a coisa resulta bem, claro está.
E no caso de Sieben, resultar bem é pouco. O que se viveu ontem na Fábrica de Som foi um momento único, uma partilha entre músico e ouvintes e, acima de tudo, uma noite muito bem passada para todos. A organização está de parabéns, e esperamos que este não tenha sido apenas "um momento", mas antes um entre muitos outros.
Mas tinha sido a música do talentoso violinista que nos colocou todos naquele local, à mesma hora. Para quem conhece quer a sua obra a solo, em nome próprio ou sob a éfige Sieben, quer a sua colaboração com diferentes artistas e projectos (Sol Invictus, Tony Wakeford, etc.), não é novidade nenhuma que Matt Howden domina o violino como poucos. Mas entre ser um excelente músico e criar excelentes músicas, a distância é muito grande...
Felizmente que, neste caso, essa distância é virtualmente inexistente. Matt recorre a sequenciadores para ir criando camada após camada de ritmos, excertos de músicas e sons onde, sobre os quais, debita toda a sua sensibilidade melódica e técnica muito particular no manuseamento do seu instrumento. É inevitável que se perca parte do orgânico que representa um instrumento de cordas, mas a maquinaria é usada com mestria para criar a envolvência sonora que caracteriza os seus trabalhos. Particularmente curiosa é a forma como Matt usa o violino para criar toda a espécie de sons, desde dedilhar a madeira, raspar a barba nas cordas ou cantar para o pickup electrónico. Resultado: uma experiência muito mais gratificante ver um músico usar todo o reportório de recursos que tem ao seu dispor, do que apenas limitar-se a tocar em momentos por cima de uma palete sonora pré-gravada.
Com uma actuação de cerca de 1 hora, percorreu vários dos seus trabalhos com particular incidência nos mais recentes, mas cabendo na setlist algo capaz de agradar a todos. Depois de um encore já previsto no alinhamento, foi ainda "convencido" a tocar mais duas músicas para satisfação de todos os presentes. Também positiva a interacção com o público, claramente parecendo que estavamos mais numa tertúlia entre amigos do que num espectáculo típico.
Quando tudo corre bem, pouco mais há a dizer que não seja "repita-se!". Uma boa selecção sonora a cargo de alguns DJ's convidados ajudou a intensificar a experiência de uma noite muito bem passada. Apesar de todas as dificuldades, esta meia dúzia de horas (e todas as outras, em tantos outros locais) fazem-nos de facto reforçar a vontade de continuar a trabalhar por uma cena e uma sonoridade de que tanto gostamos. E quem corre por gosto, não cansa...
Até à próxima!
LOCAL: Fábrica de Som, Porto
DATA: 29 de Junho de 2007, 23:00
A Fábrica de Som é um local excelente para este tipo de eventos, mais intimistas. Apropriado para um público algures por volta das 100 almas, consegue aliar um ambiente envolvente a uma maior proximidade público-artista, o que acaba por potenciar uma maior transmissão de energia entre ambos. Quando a coisa resulta bem, claro está.
E no caso de Sieben, resultar bem é pouco. O que se viveu ontem na Fábrica de Som foi um momento único, uma partilha entre músico e ouvintes e, acima de tudo, uma noite muito bem passada para todos. A organização está de parabéns, e esperamos que este não tenha sido apenas "um momento", mas antes um entre muitos outros.
Mas tinha sido a música do talentoso violinista que nos colocou todos naquele local, à mesma hora. Para quem conhece quer a sua obra a solo, em nome próprio ou sob a éfige Sieben, quer a sua colaboração com diferentes artistas e projectos (Sol Invictus, Tony Wakeford, etc.), não é novidade nenhuma que Matt Howden domina o violino como poucos. Mas entre ser um excelente músico e criar excelentes músicas, a distância é muito grande...
Felizmente que, neste caso, essa distância é virtualmente inexistente. Matt recorre a sequenciadores para ir criando camada após camada de ritmos, excertos de músicas e sons onde, sobre os quais, debita toda a sua sensibilidade melódica e técnica muito particular no manuseamento do seu instrumento. É inevitável que se perca parte do orgânico que representa um instrumento de cordas, mas a maquinaria é usada com mestria para criar a envolvência sonora que caracteriza os seus trabalhos. Particularmente curiosa é a forma como Matt usa o violino para criar toda a espécie de sons, desde dedilhar a madeira, raspar a barba nas cordas ou cantar para o pickup electrónico. Resultado: uma experiência muito mais gratificante ver um músico usar todo o reportório de recursos que tem ao seu dispor, do que apenas limitar-se a tocar em momentos por cima de uma palete sonora pré-gravada.
Com uma actuação de cerca de 1 hora, percorreu vários dos seus trabalhos com particular incidência nos mais recentes, mas cabendo na setlist algo capaz de agradar a todos. Depois de um encore já previsto no alinhamento, foi ainda "convencido" a tocar mais duas músicas para satisfação de todos os presentes. Também positiva a interacção com o público, claramente parecendo que estavamos mais numa tertúlia entre amigos do que num espectáculo típico.
Quando tudo corre bem, pouco mais há a dizer que não seja "repita-se!". Uma boa selecção sonora a cargo de alguns DJ's convidados ajudou a intensificar a experiência de uma noite muito bem passada. Apesar de todas as dificuldades, esta meia dúzia de horas (e todas as outras, em tantos outros locais) fazem-nos de facto reforçar a vontade de continuar a trabalhar por uma cena e uma sonoridade de que tanto gostamos. E quem corre por gosto, não cansa...
Até à próxima!
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